Cidade das Asas

Capítulo 3- Uma senhora um tanto estranha...

O dia amanheceu. O sol bateu pelas janelas e a claridade fez com que Agatha abrisse os olhos. Camille continuava a dormir.

Olhou em volta e percebeu que o ônibus havia parado. E aquele homenzinho bobo alegre havia ido embora também.

"Cam. Acorde, Camille." Falou, sacudindo-a.

"Oi..." Disse se espreguiçando. "Tive um sonho muito estranho, que fomos para a Cidade das Asas..." Riu.

"Não foi um sonho, Camille. Chegamos." Respondeu.

"O quê? Loucura isso." Levantou-se, pegou a mochila e desceu do ônibus.

As meninas olharam em volta e parecia uma cidadezinha comum. Estavam em uma praça vazia.

Logo em seguida, avistaram uma pequena pousada de madeira e decidiram se hospedar lá. Até que o local não era feio. Parecia uma antiga casa de bonecas.

"Tem alguém aí?" Chamou Agatha.

A resposta foi apenas uma caixa sendo derrubada e um grunhido de dor. "Ai!" E mais uma caixa foi derrubada.

"Stanley! Pare de fazer bagunça e vá limpar o quarto 23. Temos visitas!" Disse uma voz grossa de mulher.

As duas meninas se entreolharam. Quem havia dito aquilo? Uma senhora apareceu de trás do balcão. Era baixa, aparentava estar bem acima do peso e parecia ser bem velha. Por fim, falou: "Não se preocupem meninas, Stanley não é um duende mal. O que as traz aqui? Querem um chá? Um cafezinho? Ora, são sete da manhã ainda." A velha riu. Esperou trinta segundos. Nenhuma resposta. "Queridas, o gato comeu a língua de vocês?" Perguntou.

"D-duendes?" Por fim Camille se pronunciou, quebrando o silêncio.

"Ah, minha querida, filha de Lucy, não sabe sobre o mundo mágico?" Indagou a mulher.

"Como você sabe que sou filha dela?" Perguntou.

A velha riu novamente. "Minha querida, Lucy é uma das mais famosas feiticeiras da Cidade das Asas. Sou feiticeira também, para sua informação."

"Acho que vou desmaiar." Camille desmaiou.

***

Acordou em um quarto, sendo observada por três... Duendes.

"O quê? Meu Deus, quem são vocês?" Berrou, assustada.

"Stanley." Disse o primeiro, sorrindo. "Stuart." Disse o segundo, sorrindo mais ainda. "Steven." Disse o terceiro, com um sorriso de orelha-a-orelha. "Estamos aqui para ajudá-la." Foi o primeiro, novamente. "Quer um chá?"

"Calem a boca, vocês três!" Apareceu Agatha.

"Desculpe, madame." Disseram em uníssono.

Agatha sorriu e sentou-se em uma cadeira ao lado da cama de Camille. "Você não vai acreditar. Enquanto dormiu durante as últimas três horas, fiquei conversando com Dália, a feiticeira dona dessa pousada. Duendes, fadas, feiticeiros... Tudo isso realmente existe. Sua mãe não é louca. Infelizmente, Dália não sabe onde ela está, mas disse para nos encontrarmos com a Fada da Música em uma lanchonete. Ela era muito amiga de sua mãe."

"Uau!" Foi tudo o que conseguiu dizer durante um tempo. "Vamos conhecer essa tal Fada da Música, então." Falou, por fim.

Então, as duas meninas saíram de seu quarto na pousada e seguiram o caminho até a lanchonete onde Dália tinha dito que a Fada estava.