Efeito plástico

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Máscaras invisíveis
Árvores de plástico falsas
Não consigo olhar nos teus olhos de borracha.

Amor artificial de plástico
Sentimento inexistente
Meus pés de lata, sapatos não calço
Braços enferrujados
Minha boca de vidro sorridente.

Um homem de isopor se aproxima
Ele se desgasta ao vento
Chuvas ácidas acabam com o clima
Árvores derretem em meio ao tempo
Eu sofro aos rangidos sem controle
Da minha aberração natural
Cada parte do meu corpo falso
Sente a dor real.

Autor: Henrique Andrade

Poesia em forma, Poesia informaWhere stories live. Discover now