— Vamos! — ela fala.

Saio de trás da parede e corro atrás dela. Olho para o corpo do homem e percebo que há uma poça de sangue se espalhando pelo chão. Passo por cima de seu corpo me perguntando se ele está vivo ou morto.

— Onde estão os outros? — pergunto.

— Zayn liderou um grupo para salvá-los. — Lena explica.

Sinto um peso sair de cima de mim. Eu estava preocupada com eles. Não vejo a hora de revê-los.

Quando viramos um corredor, somos surpreendidos por dois soldados que estão olhando em nossa direção. Eles levam um susto e apontam suas armas para nós. Rapidamente, Clarissa aponta seu lança-granadas. Antes que ela pudesse apertar o gatilho, dois tiros são disparados de trás deles e seus corpos caem. O som dos disparos faz meus ouvidos arderem, pois o corredor produz eco.

Zayn se aproxima com a arma erguida. Ele passa por cima dos corpos e eu percebo que está liderando um grupo com diversas pessoas.

Meu coração falha uma batida quando reconheço algumas das pessoas que estão nesse grupo.

Corro e quase esbarro em Clarissa para passar. Meu peito se exprime cada vez mais que eu me aproximo. Abro os braços e praticamente pulo em cima de Harry. Eu o abraço com toda a força que eu tenho, sem medo de usar força demais.

Sinto algo dentro de mim. Algo que eu nunca havia sentido antes. Eu não sei o que é. Sinto meu peito arder. Meu coração bate muito forte.

Talvez o Parasita não me deixava sentir isso. Talvez o Parasita bloqueava esse sentimento. E agora, eu posso senti-lo. Eu posso. E é tão bom.

Sinto-me segura em seus braços. Sinto-me confortada. Eu me grudo nele. Não quero soltá-lo. Eu quero sentir isso para sempre. Eu quero ter isso para sempre.

— Eu te amo — digo.

— Eu te amo mais — ele me aperta.

Lembro do que Max disse. Que sua tosse sangrenta estava o levando para a morte, por ser um dos bebês testados para o Projeto Escolhido. Será que a LPB deu a cura para ele? Eles disseram que a cura seria capaz de salvá-lo da doença. Espero que tenham o curado. Quando sairmos daqui com a cura, eu irei pergunta-lo se já foi curado.

Sou praticamente arrancada de seus braços e colocada no meio de quatro braços. Niall e Demi.

E então, eu sinto novamente. Eu os sinto. Tudo o que eu quero nesse momento é ir embora com eles. Eu preciso deles.

Eu os aperto. Sinto vontade de chorar. Meu peito dói de tão forte que bate meu coração.

— Não me abandonem. Nunca. — Digo.

— Nunca faríamos isso — fala Niall.

Quando ele me aperta, sinto os curativos do seu ombro encostarem no meu. Lembro-me do tiro que levou quando caímos do trem.

— Precisamos de você para não morrermos — fala Demi.

Eu dou risada e nós três nos afastamos. Dylan e Ari sorriem para mim e eu retribuo. É tão bom estarmos juntos novamente.

Percebo que Louis está bem lá no fundo de todos os outros recrutador de Zayn. Ele olha para o chão.

Sinto uma mão em meu ombro e me viro. Então, me surpreendo com Tomás. Ele segura um fuzil enorme e sorri para mim. Seu rosto está cheio de feridas recentes. Provavelmente do combate no trem.

Escolhida || Livro 2 da Trilogia SinistraWhere stories live. Discover now