Capitulo 6

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Louis xingou-se mentalmente quando colocou o feio, moletom azul que Harry tinha lhe dado com um conjunto composto por 
uma jaqueta xadrez que Louis já o tinha visto usando. Era grande demais para ele, mas Harry tinha dito que: "É a coisa mais quente que eu tenho agora, então eu quero que fique com ela", então aqui esta ele, vestindo-o no meio do quarto. O próprio Harry estava esperando do lado de fora na varanda, Louis sentindo o cheiro de fumaça do cigarro pela janela. Ele fez uma careta; odiava pessoas que fumavam, mas ele não podia fazer muita coisa a respeito. 
Louis olhou-se novamente no espelho, se virando para um lado e para o outro para ver como ficava o caimento das roupas e seu corpo. O jeans estavam bem, o suéter horroroso, a jaqueta ia até a metade de suas coxas. Os sapatos, na verdade, pareciam decentes, mas eles eram muito grandes. Harry devia ter pés gigantescos, Louis pensou.
Ele suspirou quando saiu do quarto e desceu as escadas, tropeçando um pouco logo a frente em razão dos sapatos grandes demais para seus pés. Era um dia ensolarado, Louis fechando a porta atrás dele quando saiu para a varanda. Assim como ele previra, Harry se inclinou sobre o corrimão da mesma, cigarro pendurado entre os dedos. Ele fez uma careta de novo e decidiu ficar lá até que Harry terminasse, inclinando-se para a parede com uma pequena carranca no rosto. Ele conhecia pessoas que haviam morrido por conta do cigarro, então talvez fosse por isso que odiasse tanto. Ele encarou as costas de Harry em vez disso, não reclamando, porque realmente - era problema de Harry se ele fumasse ou não. Começou a observar o moletom de Harry. Parecia fino. Ele iria começar a congelar, se não vestisse um casaco por cima também.
Demorou cerca de 15 minutos para Harry terminar o cigarro, os olhos verdes fechados o tempo todo. O cigarro sendo jogado ao chão e Harry respirando uma última nuvem de fumaça, balançando a cabeça para mover os cachos pra longe de sua testa. Ele suspirou um pouco, voltando-se para Louis. O de olhos azuis estava surpreso. Ele não sabia que Harry ainda tinha consciência de que ele estava ali.
"Pronto para ir?", Perguntou Harry, já a três passos de onde estava inicialmente, descendo os degraus da sacada. Louis apenas o seguiu a poucos metros atrás envolvendo o casaco em torno de si como um cobertor quando percebeu o frio que realmente estava fazendo. Ele olhou para Harry de novo, seguindo-o até um pequeno galpão ao lado da casa. Ele ficou do lado de fora aguardando. Ele ainda não confiava nele o suficiente.
"Você não vai usar um casaco?", Ele perguntou quando Harry voltou pra fora, carregando uma espingarda reluzente carregada com balas. Louis quase imediatamente sentiu que ia desmaiar. Harry olhou para ele e balançou a cabeça. Ele sorriu um pouco.
"Nah, eu aguento", disse ele, jogando a arma em suas costas. "Além disso, você ta com ela."
"To com o que?"
"A minha jaqueta," Harry sorriu. Louis olhou para ele por um momento.
"Por que não usa ela então?", Ele murmurou. "É sua."
"Mas ai você ia ficar com frio."
Louis balançou a cabeça, ele era impossível. Ele ergueu as mãos, assim como Harry tinha feito no dia anterior, antes do jantar. Ele desviou o olhar. "Vamos embora", disse ele andando mais rapidamente ultrapassando-o, tropeçando quando Harry pegou seu pulso. Ele caiu para o lado de Harry e rapidamente se levantou de novo, quando recuperou o equilíbrio. 
"Não toque em mim.
"Nós estamos indo pra lá", explicou Harry e apontou para outra direção, Louis indo sem dizer uma palavra. Os sapatos de Harry roçavam a grama enquanto ele caminhava e Louis achou um pouco chato e um pouco assustador, que alguém com uma espingarda andasse atrás das costas. Ele parou e olhou para Harry por um momento.
"Posso andar atrás de você?", ele perguntou, Harry tirando o rosto do chão olhando para Louis. Suas sobrancelhas franzindo um pouco, uma pequena ruga aparecendo em sua testa.
"Por quê?", Questionou.
"Você ta com a espingarda. Se alguma coisa aparecer..., você pode atirar nela mais rápido, "Louis mentiu. Ele não quis dizer que estava com medo. Harry pareceu acreditar, porém, apenas diminui um pouco o passo passando por ele, Louis andando atrás dele.
A floresta pareceu ficar cada vez mais espessa, por algum motivo. Louis se lembrava de ter muito menos árvores e arbustos, mas a floresta podia não ser a mesma em todos os lugares. Harry conseguia facilmente escalar todos os obstáculos, mas Louis tinha que subir e pular ao longo de muitas pedras e esquivar sob galhos baixos, enquanto Harry apenas as empurrava de lado.
Louis olhou para baixo encarando o chão, chutando em torno das folhas coloridas por um momento. Deve ser no início do outono. Ele havia perdido completamente a noção. Ele estava aqui há uma semana, talvez duas. Ele realmente não tinha contado. Ele olhou para Harry de novo, os cachos saltando um pouco na parte de trás do pescoço. Eles pareciam recém-lavados. Deve estar muito frio para tomar banho no lago agora. Ele deve ter aquecido um pouco de água e tomado banho na banheira - assim como ele tinha feito com Louis há poucos dias. Louis corou levemente, ainda envergonhado com o fato de que realmente tinha acontecido, Harry lavando seu corpo nu como se não fosse nada. 
"Cuidado, há um buraco ali", disse Harry e Louis imediatamente tropeçou, caindo de cara no chão. Ele lamentou, rastejando de joelhos entre as folhas amarelas e vermelhas. Cuspiu, provando sujeira na boca. Sentou-se. Harry já estava de joelhos também, tirando a sujeira pra longe de Louis '- bem como casaco, mãos e joelhos.
"Você está bem? Você não se machucou, né?"
"Como se você se importasse" Louis murmurou, levantando-se sobre os joelhos doloridos. Ele tirou o último vestígio terra úmida longe de seus braços.
"É claro que eu me importo. Por que eu não iria?" Harry perguntou genuinamente confuso. Louis cuspiu no chão novamente, tossindo. Ele suspirou.
"Esquece", disse Louis, quando Harry passou por ele, começando a caminhar pelo caminho estreito novamente. Suas mãos encontraram seu caminho para os bolsos do casaco; Harry correu até ele. "Você não quer que eu ande na frente?", Ele perguntou.
Louis sacudiu a cabeça. "Não precisa." Harry deu de ombros, espingarda caindo em suas costas novamente. Ficaram em silêncio depois disso.
Demorou uma hora para que eles chegassem ao rio, Louis andando até ele e mergulhando as mãos no mesmo, limpando as mãos. Estava frio, os peixes pulando da água em quase toda parte. Louis tirou as mãos e sentou-se mais pra trás, acenando as mãos na tentativa de secá-las. Ele enxugou na jaqueta de Harry logo depois.
Eles estavam mais perto das montanhas, o sol se pondo atrás deles. As florestas eram coloridas por laranja e amar, e as águas cristalinas refletindo tudo. Louis achou lindo. Harry sentou-se ao seu lado. Louis afastou-se um pouco, um metro mantendo-os afastados.
"Bonito, não é?" Harry perguntou.
"Sim", disse Louis baixinho, apoiando o queixo com seus próprios joelhos. Ele começou a contar as árvores, isso porque estava entediado e logo fechou os olhos apenas escutando o barulho das águas.
"É aqui que eu pego todo o peixe que eu e você come.", explicou o encaracolado e Louis revirou os olhos debaixo de suas pálpebras, ficando cada vez mais entediado.
"Cadê as águias?" Louis murmurou.
"Elas vão parecer daqui a pouco. Paciência.”
Louis suspirou, apoiando a testa de seus braços. Se alguém os visse caçando águias eles iriam acabar na cadeia. Mas, em seguida, Louis poderia dizer-lhes o que estava acontecendo e ele seria capaz de ir para casa. Longe de Harry. 
O de olhos azuis cuidadosamente olhou para o outro novamente, vendo que ele estava olhando para o céu. Para as águias, obviamente. Os antebraços de Harry pareciam pálidos e frios, o garoto enrolando as mangas como se estivesse lendo a mente de Louis. Louis lentamente brincava com uma mecha de seu cabelo, mordiscando o lábio.
"Você não ta com frio?", Perguntou Louis.
"Sim", Harry riu, balançando a cabeça. "Muito. Mas eu já to acostumado"
"Você não vai ficar doente?"
"Talvez, eu não sei," Harry suspirou, sua cabeça virando para o lado para que ele pudesse olhar para Louis. "Você cuidaria de mim se eu ficasse?”
"Não", Louis rosnou, olhando para longe novamente. "Cuide de si mesmo."
"Não é nada mais justo, eu to cuidando de você."
"Eu estaria melhor na Inglaterra, com um chuveiro."
"Você continua com isso do chuveiro?" Harry riu, balançando a cabeça e cruzando os braços. Louis não poderia vê-lo, mas ele tinha um milhão por cento de certeza de que ele ainda estava sorrindo e olhando para ele.
"... É nojento tomar banho no lago, e você sabe disso."
"É por isso que primeiro eu fervo a água e tomo banho na banheira.”
Louis olhou pra ele com as sobrancelhas franzidas e teve pequeno arrepio, o ar frio soprando sua camisa e nas mangas. Ele mordiscou o interior de sua bochecha.
"Você disse que tomava banho no lago," ele sussurrou.
"Talvez eu tenha dito errado” Harry sorriu, olhando para o céu, quando ouviu um som. Louis ouviu também. Águias. "Eu uso a água do lago e a fervo para remover as bactérias, e então eu uso ela para tomar banho no banheiro.”
Louis viu-o e, em seguida, olhou para o céu também, vendo dois grandes pássaros voarem em círculos acima deles. Louis desejou que pudesse vê-los mais de perto. Ele nunca tinha visto uma águia de perto antes.
"Vamos lá, levante-se", disse Harry e Louis primeiro agora notando que ele tinha ficado pra trás, Harry com a espingarda já pronta nas mãos. Louis fez o que lhe foi dito, de repente, ficando nervoso. E se ele errasse? "Você quer que eu te mostre como fazer primeiro?”
Louis balançou a cabeça lentamente, dando um passo para o lado, observando quando Harry levantou a arma, o cano apontando diretamente para os animais que voavam no céu. Louis ainda se sentia mal por fazer isso.
Demorou alguns segundos para Harry, um de seus olhos se fechando, quando ele apontou. Louis ergueu a mão para os seus ouvidos para cobri-los, mordendo o lábio quando todo o corpo de Harry se contorceu quando ele puxou o gatilho, o som ecoando em toda a floresta. Os pássaros voaram para fora da floresta e do céu. De fato, uma das duas águias começou a cair, o pobre pássaro fazendo um som estridente. Louis sentiu que ia vomitar.
O pássaro pousou sobre as rochas do outro lado do rio, tanto Louis e Harry assistindo. Louis respirou fundo. Ele não estava muito certo sobre isso. Harry deixou escapar uma pequena risada e afastou alguns fios de cabelo da testa, olhando para Louis. Ele sorriu.
"Foi muito alto?", ele perguntou e Louis concordou, descobrindo seus ouvidos. Harry recarregou a espingarda. "Eu sei, sinto muito. Eu não posso fazer muita coisa a respeito."
Louis trêmulo pegou a espingarda, quando foi entregue a ele, o metal frio queimando entre seus dedos. Ele tomou uma respiração profunda. "O outro voou para longe", disse ele em voz baixa. Harry balançou a cabeça.
"Eu sei", disse ele, acenando com a cabeça mais uma vez para o céu. “Mas haverá outros daqui a alguns minutos”
Louis olhou para cima novamente, quase surpreso com quantas aves apareceram no céu apenas um segundo depois. Era como se eles fossem atraídos pelo perigo.
"Então, segure a arma assim", disse Harry, aparecendo atrás dele e começando a guiar o braço de Louis, os de olhos azuis logo o segurando exatamente como Harry tinha feito.
"Mantenha o dedo no gatilho."
Louis fez como Harry disse, seu coração batendo rápido em seu peito. Seus olhos estavam fixos em uma das aves que voava acima deles.
"Abra um pouco suas pernas," Harry instruiu e Louis corou, lento, mas seguramente, afastando os pés um do outro. Ele olhou para Harry de novo, observando seus olhos vagueiam corpo Louis. Louis engolindo seco, as mãos de Harry em sua caixa torácica. Louis teve que rir, rapidamente parando. Harry pareceu parar também, olhando para ele com curiosidade. Ele lutava contra um sorriso.
"Você tem cócegas ali?" Harry perguntou e Louis ficou vermelho, olhando para as aves de novo, como se elas, de repente fosse à coisa mais interessante do universo.
"Vamos logo", Louis murmurou, tentando acalmar seu rosto ardente. Ele tomou algumas respirações profundas.
"Certo, desculpe" Harry riu, colocando as mãos na cintura Louis, o virando um pouco para o lado. "Feche um de seus olhos para que você possa ver em linha reta."
Louis fez exatamente assim, com as mãos tremendo um pouco. Ele iria se atrapalhar. Ele sabia disso.
"A ave deve estar bem acima da extremidade do tubo," Harry informado. "Quando estiver, você continua firme e puxa o gatilho."
Louis acenou com a cabeça. Na verdade, ele tentou, porém, levando mais de três minutos para apontar. Ele puxou o gatilho e gritou, tropeçando para trás por causa da forte pressão, os olhos se arregalando. “Eu acertei?", ele perguntou.
"Não", Harry sorriu. "Sua mira é horrível."
"Ah, vai se foder", Louis murmurou e deu a Harry a espingarda, cruzando os braços. Harry colocou a arma em suas costas novamente, sorrindo um pouco. Ele começou a caminhar para longe dele e Louis se perguntou para onde estava indo, imaginando que ele estava indo para pegar sua próprio águia. Louis fez beicinho e o seguiu, correndo através da água quando Harry cruzou o rio, seus sapatos e calça jeans se molhando. Ele observou Harry quando ele se abaixou ao lado da águia, estudando-a por um momento. Louis queria vê-lo também, mas ele realmente não queria estar perto de Harry logo depois que ele o havia tocado assim. Então ele ficou lá, olhando apenas como Harry pegou-a, movendo o dedo perto dos olhos do pássaro.
"Cubra seus ouvidos", ele disse de repente, Louis franzindo as sobrancelhas.
"Por quê?”, Questionou.
"Só cubra logo.”
"Você ainda não pode me dizer o que fazer”, disse o mais baixo cruzando os braços. Harry virou-se para ele e o encarou. Mas ele não cobrir os ouvidos.
“Fique à vontade”, então disse Harry, seus dedos longos indo sobre as penas do pássaro, Louis se perguntou o que ele estava fazendo. Quando Harry virou o pássaro para o lado e envolveu ambas as mãos em torno de seu pescoço, ele descobriu e correu para cobrir seus ouvidos, mas era tarde demais.
O som do pescoço da águia se quebrando encheu os ouvidos de Louis e ele estremeceu, as pernas tremendo tanto que ele teve que sentar-se, de repente, tudo girando. Ele sentiu-se mal, a sua visão vai embaçada. Ele deixou escapar um pequeno som que poderia ser qualquer coisa entre um soluço e uma risada, e Louis classificaria como um gemido. Ele sentou-se e quase caiu completamente, mas conseguiu se sentar reto, olhando como Harry amarrava algo em torno dos pés e asas do pássaro, colocando-o em suas costas também. Seu pescoço enforcado mole, seus olhos mortos olhando diretamente para Louis. Ele desviou o olhar.
"Eu te disse", disse Harry e estendeu a mão para Louis para ajudá-lo, mas Louis recusou e levantou por conta própria, mas o mundo estava girando tanto que ele caiu de novo, seu corpo apenas em colapso na água.
Agora ele sabia como iria soar se Harry quebrasse o pescoço de Louis.
Louis levantou-se quando se acalmou, fechando os olhos pra floresta novamente. Ele começou a rastejar em direção a ela. Mas ele se levantou e começou a lutar, chutando nas pernas de Harry.
"Acalme-se, puta que pariu", disse Harry e largando Louis novamente, quando eles estavam do lado direito do rio de novo em terra firme, Louis respirando com dificuldade contra as rochas. "Qual é o seu problema?"
"Não me toque de novo", Louis resmungou, ainda se sentindo doente. 
Harry ficou em silêncio, apenas ali com as pernas gotejamento e mangas. Louis se levantou, olhando para ele. 
"Por quê?", perguntou Harry em voz baixa. Ele então riu. "Eu não vou quebrar seu pescoço, se é isso que você está pensando."
Louis resmungou e virou, indo para a floresta de novo, batendo pé durante todo o caminho. Harry o seguindo com as mãos nos bolsos.
Louis não disse nada a ele em todo o caminho de volta, assim que chegaram em casa correu até as escadas, as mãos tremendo todo o percurso. 
Levou muitas horas antes que Louis saísse novamente, dois dias para ser exato, sempre se esgueirando até a cozinha para beber água ou comer alguma coisa, quando Harry saia para o estábulo ou para o jardim. O medo de Harry estava começando a acumular-se, novamente, a pequena parte dele que tinha desaparecido aparecendo novamente. Foi na segunda noite que eles se viram novamente, Louis foi para baixo para comer uma maçã quando Harry saiu do banheiro, com os olhos vermelhos e sua pele pálida como um fantasma. Louis pensou que ele estava chorando, mas ele não disse nada. Louis também não, pegando uma laranja na tigela na mesa da cozinha, antes que ele corresse até as escadas novamente, e foi isso.
No terceiro dia, Louis foi acordado por uma pequena batida na porta, rolando e esfregando a luz do sol longe de seus olhos. Seus olhos se encontraram com os de Harry, o garoto mais alto de pé ali em nada além de um par de calças de moletom cinza e parte superior de seu cabelo em um rabo de cavalo novamente. Louis estava prestes a amaldiçoá-lo quando o encaracolado abriu a boca para dizer alguma coisa, mas definitivamente não era o que ele esperava que fosse. 
"O que você quer de Natal?", Perguntou Harry, as pontas dos dedos tamborilando na coxa. Louis piscou; surpreso que ele iria mesmo perguntar uma coisa dessas.
"A gente ta em setembro", disse em voz baixa, com as mãos apertando os lençóis brancos que tinha dormido por algum tempo. Ele queria mudá-los, mas ele decidiu que, se alguém fosse troca-los, seria Harry.
"Eu sei", disse ele "Mas se eu vou economizar dinheiro para alguma coisa, eu preciso saber quanto”. 
Louis não podia acreditar no que ouvia. Harry? Poupar dinheiro? Para um presente de Natal para Louis? "Eu, uhm ...", ele começou, se mexendo um pouco na cama. "... Eu quero uma passagem de avião para Londres."
"Eu vou ver o que posso fazer."
Harry desapareceu e Louis ficou sozinho novamente, um pequeno ronco no estômago. Ele limpou a garganta. 
"Harry", ele chamou, o garoto logo enfiando a cabeça pela porta novamente.
"Sim?"
"Eu quero café-da-manhã."
Harry sorriu. "Torrada ou ovos mexidos?"
Louis engoliu. seu estômago roncando de repente mais alto. Harry riu. "Vou levar isso como “os dois”. 
Louis olhou para Harry quando ele recebeu um pote de água fumegante mais tarde naquele dia, juntamente com uma toalha branca, também uma menor e uma barra de sabão.
"Shampoo e o resto estão no armário ao lado da banheira", disse ele "Se você precisar de mais água, basta me chamar, ta?”.
"Você não vai entrar", disse Louis, olhando para a água fumegante e sabão. Ele mordiscou o lábio inferior. "Certo?"
"Claro que não. Eu nunca faria isso”, garantiu ele. Louis se virou e olhou para ele, cuidadosamente entrando para que a água não queimasse suas coxas, quando Harry saiu.
Então, aqui estava ele, despido até que estivesse completamente nu e sentado na banheira, começando a lavar-se como se nunca tivesse feito isso antes. Toda a sujeira da floresta foi pelo ralo. 

Ele respirou novamente. Sentindo a água em seus cabelos e em suas costas e coxas. A última vez que ele esteve aqui, ele estava com Harry. Isso era algo que Louis prometeu nunca, jamais acontecer de novo, suspirando um pouco quando se inclinou para trás, olhando para o teto, encarando a tinta que continuava a descascar.

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