Capítulo 20

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Amber Narrando

Eu não estava acreditando, na verdade eu não queria mesmo era acreditar. Como o Lorenzzo tinha uma namorada e conseguiu me esconder depois de tudo que tivemos. Em nenhum momento pensou em mim, estava fazendo tudo apenas por prazer, fetiche ou qualquer outra coisa menos por amor a mim. Sai do apartamento dele completamente sem rumo e sem saber pra onde ir. Não queria voltar pra casa, já havia passado tempo demais ali durante um mês sem sair pra lugar nenhum e ter que olhar pra cara do meu pai esbanjando felicidade com a namorada dele pra mim estava fora de cogitação. Entro em um táxi e apenas peço ao taxista que ande, na verdade ainda não sei pra onde ir. Depois de rodar por pelo menos 15 minutos sem saber aonde ir peço ao motorista que me leve ao cemitério onde minha mãe esta enterrada. Sem duvidas esse é um dos momentos em que mais preciso dela aqui comigo. Choro e choro muito sem conseguir me controlar, deito sob sua sepultura em busca de aconchego. Perco a noção do tempo que estive ali deitada, acho até que cheguei adormecer, ouço o barulho do celular tocando e é isso que me desperta. Tiro-o da bolsa e olho o nome dele no visor. O que será que ele quer comigo agora? Dá-me uma desculpa furada, dizer que não é o que estou pensando? Que entendi errado o que os meus olhos viram? Olho novamente e ignoro a chamada desligando que pra ele saber que eu não atendi porque não quero falar com ele. Mais foi inútil, ele continuava insistindo em me ligar, cheguei a perde as contas de quantas ligações dele tinha no celular ate que eu bloqueie o numero dele. Já se passava da uma da tarde eu não podia mais ficar ali, tiro novamente o celular da bolsa e ligo pra Meg, por sorte ela esta em casa, não penso duas vezes e vou pra lá, afinal ela é a única pessoa com a qual eu posso conversar sobre isso.

- Amiga que bom que você esta aqui. – digo entrando na casa dela e a abraçando. Ela retribui ao abraço preocupada.

- O que aconteceu Amb? – pergunta ela olhando o meu estado. Olhos inchados de tanto chorar, maquiagem borrada. – Brigou com o seu pai de novo? Você fugiu? Sabe que ele virá te procurar aqui não é.

- Não tem nada a ver com meu pai, foi o Lorenzzo.

- O que ele fez? Ele te machucou te bateu? Vamos me diz? – disse ela me checando pra vê se eu tinha algum hematoma.

- Não é nada disso, vamos para o seu quarto que eu vou te contar tudo. – dito isso saímos em direção o quarto dela que tranca a porta.

Conto exatamente tudo que aconteceu, o que vi e o que aquela vagabunda me disse. Meg não acredita de inicio, acha inclusive que eu estou brincando com a cara dela, mais olhando minha situação eu não estou com cara de quem esta com qualquer tipo de brincadeira né.

- Tô Chocada. – Meg disse por fim com uma cara de espanto. – Não acredito nisso, ele estava todo preocupado com você e tudo, como ele teve coragem de fazer isso com você? Ter uma namorada assim e te esconder, não posso acreditar.

- Mais foi que aconteceu e foi isso que ela me disse: "Namorada dele" em alto e bom som e vamos combinar ela estava deitada na cama dele nua e bem a vontade, não estava com cara de que estava ali apenas aquela noite.

- Mais você ligou pra ele, falou com ele, o que ele disse? – perguntava eufórica.

- Não, ele não estava la, ela disse que ele havia saído mais ela deve ter contado que eu fui lá porque ele já me ligou um milhão de vezes e eu bloqueie ele.

- Isso não é legal, você deveria conversar com ele.

- Ele não quis conversar comigo quando teve a oportunidade. Agora sou eu que não quero saber.

- Mais como ele ia te contar se ele não podia nem falar com você?

- Ta do lado dele agora? – digo sem entender a atitude da Meg de defender ele.

Querido Professor (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now