Silvia

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Meu pai sempre me dizia que só tinha duas regras para ser feliz na vida" primeiro: nunca se apaixone, isso é coisa de pobre, se divirta, mais nunca deixe a paixão tomar conta de você ou será o seu fim. Segundo: dinheiro, o dinheiro é a chave para a felicidade eterna, quando você ouvir que dinheiro não trás felicidade, ignore, isso é coisa que só os pobres falam." E eu aprende que isso é a mais pura verdade, e hoje sou uma pessoa blindada para o amor ou a paixão, sou uma mulher independente, bem-sucedida, e muito, mais muito feliz.

Na vida todos tem um lema, o do meu pai, o grande Luiz Navarro é: mulheres, dinheiro e sucesso, isso sim é felicidade. Antes da minha mãe nos abandonar,ele tinha outro lema: família em primeiro lugar. Mais depois que ela foi embora, ele mudou completamente, e isso fez com que eu também mudasse meus pensamentos sobre a vida, e sobre as pessoas, aprendi querendo ou não, que ninguém nunca vai te amar cem porcento, e foi assim que criei meu lema: o amor é para os pobres, os ricos se divertem.

(...)

E aqui estou eu, em uma boate, conversando com um completo estranho, no qual não parava de olhar pros meus seios, e tinha um belo par de olhos cor de mel, um sorriso arrebatador, um cabelo em corte militar, pedindo para ser bagunçado. E esperando dois " boquetes", mais parece que o barman, esta com raiva dos clientes, porque nunca vi ninguém demorar tanto.

- tem certeza que você aguenta dois "boquetes", e ainda ficar em pé, depois deles?- o estranho fala, e da um sorriso  a, ainda sem tirar os olhos do meu decote.

- tenho certeza que sim- falo encarando o mesmo- acho que você é quem não parece aguentar.

Ele sorrir, e encara a pista de dança, por fim o barman chega, pego os dois drinque, e antes de ir embora falo:

- aproveite seus três dedos com moderação, estranho.

Ele riu.

- aprecie também seus " boquetes".

Caminhei pela multidão, e antes de me perder por eles, olhei para trás e vi que o estranho ainda me observava, sorri para ele e me virei, quando cheguei na mesa em que estava com a Jessie e a Dillon coloco os drinques em cima da pequena mesa, em que estavamos.

- você demorou- Jessie grita perto do meu ouvido, a música estava muito alta e tive um pouco de dificuldade para escutar.

- o barman esta de mal humor- explico.

- só isso mesmo?- Dillon fala- então por que desse sorriso?

- conheci um cara gostosão- eu disse sem pensar, não sabia se realmente deveria falar isso em voz alta- ele é realmente gostosão, e tipo, com uns dois metros de altura.

-então por que você está aqui tomando boquetes de mentira com a gente?- Jessie perguntou.

Eu ri, balançando a cabeça. Não sabia o que responder.

-vou dançar- falei apenas isso e me levantei.

Quando cheguei na pista de dança que estava repleta de gente, comecei a dançar como uma louca, como se não houvesse amanhã, eu precisava disso, precisava fechar os olhos e aproveitar o momento. Quando abri os olhos vi o estranho me observando ainda do bar, ele estava bebendo seus três dedos de uísque com um amigo, sorri para ele, que por sua vez levantou o copo oferecendo um brinde, tomou um gole e sorriu. Eu só queria fazer uma coisa agora.

Eu queria dançar para ele.

Nunca em toda a minha vida, eu havia me sentindo tão sexy, tão completamente no controle de tudo. Eu sou uma mulher madura, mais estou me deixando levar por um olhar obsceno de um completo estranho, que esta me devorando só com os olhos.

O EstranhoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora