Cena 24

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Rosinha: Lá no Recife é ao contrário, todo mundo só quer saber da praia, dizem até que tem mulher que entra solteira e sai casada.

João Grilo: Eu nunca vi o mar...

Rosinha: Eu li que há milhões de anos atrás o Sertão, também já foi um mar...

João Grilo: Ia dar gosto ver o sertão cheinho d'água!

A.M: ROSINHA! Você já está uma mocinha e eu tenho que tomar providências para proteger a sua honra, eu quero que você volte pro Recife casada!

Rosinha: Eu meu pai?

A.M: Sim, você, não se faça de lesa! Aqui está o seu dote, essa porca pertenceu a sua bisavó Rosa Benigna Varras de Medeiros. Todo santo dia Sinhá Rosa botava uma moeda na porca, quando ela morreu deixou essa porca de presente de casamento pra você que recebeu o nome de Rosa em homenagem a ela.

João Grilo: Eu rogo a Deus que essa santa senhora tenha tido uma vida longa!

A.M: Ela viveu até quase 100 anos. Essa bicha tá cheia de dinheiro agora só falta você arranjar um homem que seja doutor e valente pra você se casar.

Rosinha: Como meu pai, se eu não gosto de ninguém?

A.M: Besteira, com o tempo você se acostuma e acaba gostando!

Rosinha: Ah minha Nossa Senhora, agora eu vou ter que casar obrigada!

João Grilo: Se aperrei não Dona Rosa, a senhora vai encontrar alguém que lhe queira bem. Com a ajuda da sua beleza e dessa porca aqui, pretendente é o que não vai faltar.

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[ROTEIRO] O Auto da CompadecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora