Epílogo: No melhor estilo Rachel Berry

987 71 20
                                    

A neurocirurgiã, Dra. Quinn Fabray, olhava para a mão esquerda com uma careta cansada. A loira estava há mais de minutos olhando para aquela aliança, até que se entediou e colocou a mão sobre os olhos, tentando diminuir a claridade do quarto e dormir um pouco. Estava cansada, muito cansada.

Tinha uma cirurgia importantíssima dali a algumas horas. Era a cirurgia mais importante de toda a sua carreira médica e ela não estava feliz com aquilo. E por que não estava? Porque era noite de Oscar e ela deveria estar há algumas milhas de distância, no Kodak Theatre acompanhando certa ex-diva da Broadway que concorria ao Oscar de Melhor Atriz por um filme que não era um musical.

Quinn bufou descontente. Rachel estava muito brava com ela. Naquele um ano de união estável e madura, as duas nunca haviam discutido da forma que discutiram, com direito a ameaças de separação e alguns dias separadas. E o que mais irritara a loira foi que, os reflexos egoístas da antiga Rachel Berry tomaram a conversa e a morena sequer pensou nas prioridades da médica... Assim como a antiga Quinn Fabray deixou o orgulho sobressair-se em relação ao amor que sentia pela morena.

Quinn chegou cansada em casa, era madrugada e seu tradicional plantão de 48 horas acabara. Ela sentia-se um peso morto e sua cama lhe chamava, assim como o corpo quente de Rachel Berry era exigido pelo seu. O apartamento das duas era enorme, muito bem localizado próximo ao Central Park.

A loira colocou a mochila próxima a mesinha da porta e foi até a cozinha, apanhar alguma coisa para beber. Encontrou uma garrafinha de suco de laranja e a tomou quase de um gole só, depois voltou para a sala e ficou observando a iluminada NYC pela imensa janela de vidro do apartamento.

Seu relacionamento com Rachel ainda era encoberto, a mídia sabia que as duas tinham uma relação muito próxima, mas desde os acontecimentos envolvendo Finn Hudson e Jesse St. James, os repórteres nada mais perguntavam. Quinn tinha certeza que o agente de Rachel mexera os pauzinhos e abria um sorriso enorme quando via que sua pequena estava lhe protegendo da gana assassina da mídia.

No hospital, as coisas não podiam estar melhores. Depois que se defendera no Conselho de Ética, Quinn voltou a trabalhar após conseguir nota máxima em sua prova de residência. Como a Dra. Hopkins pedira, as duas estavam trabalhando juntas e Quinn estava cada vez mais próxima do cargo de Chefe do Departamento de Neurologia. Quem sabe, daqui uns cinco anos, seria seu nome na porta do escritório da Dra. Hopkins?

A loira sorriu colocando as mãos nos bolsos da calça jeans que usava, não podia estar mais feliz, Rachel entrara em sua vida e iluminara tudo, como uma legítima estrela. A SUA estrela.

- Amor? – Pela voz, Quinn pode entender que sua morena estava dormindo e com certeza, mal abrira os olhos direito, as chances de algo ser acertado pelo caminho eram altas. A loira virou-se e encontrou a pequena diva caminhando a esmo pelo escuro, muito sonolenta. Quinn não pode conter uma gargalhada, ela pegou a morena em seus braços e beijou seus cabelos dizendo:

- Olá, minha pequena.

- Achei que nunca mais fosse chegar. O que aconteceu? – Rachel estava despertando aos poucos, ela agarrou-se ao pescoço de Quinn e o contato do hálito quente dela na pele da loira fez com que a médica tremesse. Quinn afastou-se dela e as duas rumaram para a poltrona, Rachel sentou-se em seu colo e fechou os olhos, aninhando-se em seu peito.

- Tenho certeza que se eu começar a contar, você vai adormecer. – Quinn murmurou no ouvido da sua morena, provocando arrepios na mesma e afagando os cabelos cheirosos da pequena diva. Rachel soltou uma gargalhada rouca e beijou o pescoço da médica para dizer em seguida:

You Are My Star [FABERRY]Where stories live. Discover now