Capitulo 3

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Capitulo 3

Cage narrando:

Eram 02:00 da matina quando meu telefone começou a tocar. Apalpei cegamente o criado até encontrar o aparelho sobre ele, e com os olhos ardendo graças a claridade do dispositivo móvel, toquei na bolinha verde na tela.

_Mas que merda!? Alguém morreu? – Atendi.

_Oi...

Uma voz feminina e meio tímida me fez estranhar a ligação.

_Ah, não... Toda vez essa porra... – Bati a mão na testa. – Olha, eu não sei como conseguiu o meu número, e pra ser honesto, eu nem sei quem você é. Mas foi só uma noite, tá? Admiro seu bom gosto, mas não estou disponível.

A linha emudeceu e eu respirei fundo.

_Não tem nada disso. Só quero te oferecer uma...

_Puta que me pariu!! Telemarketing?! As Duas da manhã?! Mano, na boa...

_Lachowski!! Não seja mal-educado! E para de me interromper.

Precisei de um segundo.

_Espera um pouco... Não brinca comigo! É a Sweetie do Pitty? – Silêncio – Enfim, não importa. A pergunta ainda é a mesma: Como conseguiu meu número?

_Foi o Pitty. Ele me passou quando foi pagar a conta.

Sorri. Aquele filho de uma égua... Então esse era o favor sobre o qual ele comentou.

_Tá, que seja. Vou trocar em breve mesmo... Então não importa. Mas manda aí, o que quer comigo?

_Uma noite? É só o que quer?

_É só o tempo que costumo gastar. – Apoiei minha cabeça sobre meu braço, deitado encarando o teto.

Silêncio na ligação.

_Ok. Encontre-me na casa de uma amiga. Ela mora...

_Não, não. Nem pensar! Está louca? – Gargalhei. – Nós vamos nos encontrar num lugar público. Não sou assim tão descuidado. Aliás, te vejo amanhã à noite no motel Millenium.

_Hoje.

_O que? – Gritei em protesto.

_É como ouviu, Lachowski. Só vou se for hoje.

Choraminguei, olhando para o relógio. Mas aí me lembrei do belo porta-malas que ela tem e... Droga.

_Legal. Encontro-te em meia hora.

Ela desligou sem nem se despedir e olhei o celular fazendo beicinho. Essa seria uma foda muito boa. Sorri totalmente malicioso.

_Ah, as coisas que eu sou forçado a fazer pelas minhas fãs... – Sorri comigo mesmo.

Levantei-me da cama, tomei um banho e me vesti, descendo as escadas pulando os degraus e arrumando a jaqueta de couro. Meus olhos passaram rapidamente por alguém sentado no sofá, e isso me fez voltar para ver melhor.

_Porra, Clark! Vai dormir na cama, caralho!

Ele estava pingando de bêbado, andando feito um zumbi, levantando e sentando em lugares diferentes do sofá.

Eu o peguei pelo braço e o conduzi até seu quarto, jogando-o na cama, onde ele ficou. Limpei as mãos e fui novamente rumo a saída da mansão.

De uma forma ou outra, eu nunca consigo evitar o Clark. Eu jamais faria por outra pessoa o que eu faço por ele. Nunca vou saber explicar sobre a conexão que temos. Desde sempre, eu por ele e ele por todos. Porque o senso de empatia do Clark é o maior que existe, e se eu não o apoiar, quem o apoiaria enquanto ele se doa a todo mundo?

Broken - InterrompidoWhere stories live. Discover now