Capítulo 19

34.4K 3.1K 88
                                    

Minutos depois Melissa sai do banheiro enxugando o cabelo.

-Não precisava daquilo! - sua voz estava alterada.

-Foi a única coisa que consegui pensar! - ela bufa e Joseph cai na risada.

-Para de rir Joseph, não foi você quem ele jogou naquele banheiro ainda vestido. - olhei Melissa e pisquei para ela.

-Então que seja! - Joseph para de rir e nos olha.

Ele corre para fora do quarto fazendo Melissa e eu irmos atras dele, rodamos todo o apartamento atras dele, o garoto era rápido.

-Peguei! - agarro ele pelo braço e o puxo virando-o de ponta cabeça.

-Pai não! - Melissa grita e olho para Joseph ficando sem ar.

O coloco no chão e ele se segura em mim recuperando o ar. Seus olhos se encontram com o meu e vejo que seu desespero sumiu, um sorriso surgiu em seu rosto e se joga em meu pescoço.

-Foi legal! - ele fala ainda em meu pescoço.

-Desculpa... - ele se afasta e me olha.

-Você não sabia, não se preocupe! - Joseph me abraça.

-Vocês precisam tomar café!

Tomamos o café e assistimos televisão, eles me contaram mais sobre Declan, realmente eu queria ter conhecido esse cara, ele era um pai e marido maravilho para Samanta e as crianças.

O meu celular toca e atendo sem ver que é.

-Pode dizer o que quiser, mas esse filho é seu sim, e não quero que assuma, vou cuidar dele sem tua ajuda, mas quero que saiba que se quiser conhecê-lo eu não irei impedi-lo. - Clara desliga na minha cara me deixando filtrar tudo que ela jogou na minha cara.

-Quem era pai? - Joseph pergunta colocando uma garfada de bolo na boca.

-Nada importante!

Realmente não era importante, aquele filho não era meu, e seria impossível ser meu.

Samanta veio buscar os gêmeos e somente falou o necessário comigo sempre fria e distante, nem parecia que nós algum dia tivemos algo.

********************

-O senhor já falou para ela? - Alice sentada e agarrada a sua pasta fala calma.

-Ela não me deixa Alice! - ela sorri de lado me deixando confuso.

Ela se levanta, da a volta na mesa e me agarra pela gravata me puxando para cima, segurou bem firme no nó da minha gravata e me arrastou pela sala, Alice ficou me puxando de um lado para o outro sem eu conseguir pará-la.

-Chega Alice! - tento pará-la mais ela é rápida e me puxa mais forte fazendo segui-la.

-Me pare! - tentei pará-la mais ela não deixava.

-ALICE! - ela me olha e sorri de lado me puxando novamente.

Consegui agarrar seu braço e a puxo fazendo bater seu corpo contra o meu, seguro sua cintura e puxo para mim.

-Você está louca Alice? - falo bem perto de seu rosto.

-Pare de ser o que não é senhor Ryan e vá atras dela!

-E o que eu não sou? - ela se afasta e me puxa pelo braço até o banheiro que havia dentro do meu escritório.

Ela me colocou diante do espelho e segurou meu queixo me fazendo olhar meu reflexo.

-Isso! - ela aponta para o que refletia no espelho. -Você é lindo, inteligente e gentil. Nunca conheci um homem que fosse tal gente boa como o senhor, mesmo que seja mulherengo, mas eu o conheço... - ela me vira de frente para ela e sorri, coloca a mão no meio do meu peitoral e levantou meu queixo para olhá-la. -Vá atras dela e pare de arrumar desculpas! - me deu beijo em minha bochecha e saiu.

Me observei no espelho e Alice tinha razão, eu estava arranjando desculpas, eu tinha que ir atras de Samanta, eu precisava fazer ela entender que eu não estava mentindo.

Fui a sala de Alice.

-Tem alguma reunião? - ela sorri quando me olha.

-Desmarquei todas, agora, tira essa barba e vai atrás dela! - eu sorri e sai correndo para casa.

Entrei em casa e sorri vendo os tapetes ainda empilhados na sala com a barraca, arrumei a sala e tomei um banho, quando me olhei no espelho a ficha caiu, aquele não era eu. Me barbeie e me senti aliviado com minha antiga imagem refletida no espelho.

Vesti uma calça social e sapatos social, coloquei uma camiseta polo preta e peguei as chaves do carro.

Parei em frente ao grande portão da família Scalert, mas não interfonei, Samanta não me atenderia. Coloquei o carro na caçada e com o apoio do veículo pulei o muro, tinha alguns cães de segurança, mas por ter vivido três meses ali, os animais já me conheciam e não foi difícil passar.

Tive que dar a maior volta pois o quarto de Samanta tinha a janela virada para o portão.

Cheguei na grande porta de madeira e bati. Era agora ou nunca.

********************
Não resisti!

Votem e comentem.

Bjs

Somente MinhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora