Leather Jacket | l.s

It hits him like a third shot

P.O.V HARRY

  — Já se passou mais de um mês Louis! — falei decepcionado. — De quanto tempo você vai precisar para estar preparado?

Já fazia algum tempo que Louis estava "morando" comigo e Niall. Nós havíamos conseguido um colchão onde o nosso novo hóspede poderia dormir, e nos finais de semana em que Niall não estava em casa, os quais eram a maioria, Louis ficava na cama dele.

O problema é que Louis ainda se recusava a ir visitar sua família. Nos primeiros dias eu evitei tocar no assunto, mas agora já estávamos próximos o suficiente para eu saber que o motivo dele não ter feito isso ainda era por medo.

— Olha, se você quer que eu saia daqui é só falar ok? — ele respondeu.

— Ei, não é isso... — falei olhando fundo nos seus olhos. — Eu só acho que quanto mais você demorar para visitar os seus pais, mais difícil vai ser.

Eu estava sendo sincero. Não queria que Louis fosse embora, tanto eu quanto Niall adorávamos tê-lo ali, essas últimas semanas tinham sido as mais divertidas desde que a faculdade começou a ficar séria.

— Eu sei disso, mas... — Ele olhou para mim e fiz um olhar de súplica com direito até a um beicinho. Ele demorou alguns segundos para voltar a falar e após um suspiro continuou:

— Eu vou pensar, tudo bem?

E apenas isso foi suficiente para que eu abrisse um grande sorriso.

-x-

P.O.V LOUIS

Precisava fazer isso e precisava ser agora.

Harry e Niall tinham ido para a faculdade e iriam ficar lá até o final da tarde.

Tinha que aproveitar enquanto os dois não estavam no dormitório, seria vergonhoso ter uma crise de choro (o que provavelmente acabaria acontecendo em algum momento) na frente deles.

Peguei o telefone e disquei o número que a essa altura já sabia de cor.

Agora não tinha mais volta, iria terminar com Liam.

Sim, eu sei que terminar um relacionamento por telefone é algo cruel e covarde, mas não tinha outra opção.

Não sabia quando que iria voltar para Londres, e não podia continuar dando falsas esperanças ao pobre Liam, ele merecia alguém que o amasse de verdade.

— Alô? — disse a voz familiar.

Naquele momento, toda minha coragem foi embora. Queria desligar o telefone, entrar embaixo das cobertas e passar o resto do dia vendo filmes em que os personagens principais vivem felizes para sempre.

— Liam... Oi... É o Louis... — respondi hesitante.

— Louis! — disse animado. — Eu já estava ficando preocupado, você nunca mais ligou, achei que talvez tivesse acontecido alguma coisa. Como você tá? Conseguiu falar com seus pais? — Liam soltou tudo de uma vez.

— Desculpa, eu devia ter te ligado antes, não queria ter te deixado preocupado comigo — falei, me sentindo pior a cada frase. — Sobre os meus pais, ainda não fui ver eles, estou ficando na casa de um amigo — acrescentei.