Capítulo 1: Uma nova jornada se inicia!

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Aquela era uma tarde ensolarada. O céu vermelho-alaranjado pouco antes do Sol se pôr por completo. As andorinhas voando em busca de abrigo para passar a noite que se aproximava.

Podia-se avistar um grande casarão em meio às muitas árvores do lugar. Era um dojo, com duas estatuetas de tigres feitas de prata, de um metro de comprimento cada, sentados em frente às suas portas de madeira.

Dentro do dojo, em torno de 16 crianças, empunhando cada uma um bastão fino de madeira, praticavam artes marciais umas com as outras.

Diversos eram os tipos de chutes, socos e esquivos. A cada segundo podia-se ouvir o barulho da madeira dos bastões se chocando.

O salão era amplo, com piso de madeira. A iluminação era feita por uma grande lareira em um dos cantos do lugar.

De longe, um homem que aparentava ter em torno de 30 anos, observa as crianças, próximo a uma pilastra, com os braços cruzados.

Uma criança investiu um golpe com seu bastão em outra, que defendeu. O som quase ensurdecedor do choque das madeiras maciças.

– Boa defesa, Nezu! – disse o jovem.

– Cale-se, Kojiro! Continue lutando! – disse o outro, enquanto trocavam golpes com os bastões.

Ambos atacaram simultaneamente, e travaram seus bastões um contra o outro. Faziam força para tentar empurrar o outro para trás.

Kojiro recuou e saltou em seguida, para aplicar um chute com o pé esquerdo. Nezu defendeu com o braço direito, com dificuldade.

Os dois pararam, e largaram os bastões no chão. Ofegantes, trocavam olhares.

– Fizemos bons golpes. – disse Kojiro, ofegante, com o rosto coberto de suor.

Nezu respirava pela boca, tamanho o cansaço. Apoiava as mãos sobre os joelhos.

Estavam ali havia duas horas.

O homem que os observava aproximou-se dos dois.

– Vocês tiveram um grande desempenho. – disse ele. Aparência madura, cabelos escuros desgrenhados. A pele parda ficava mais evidente quanto mais próximo da lareira.

– Agradecemos – Kojiro tomava fôlego para falar, olhando nos olhos do homem – sensei.

O suor de Nezu escorria por seu rosto e acumulava em seu queixo, caindo sobre o chão de madeira polida.

O homem começou a andar em direção ao centro da grande sala. Mas, antes resolveu aconselhar rapidamente seus dois alunos.

– Kojiro, não abra o punho quando for socar. Desse jeito, perde-se força no golpe.

– Sim, sensei!

– Nezu, utilize mais seus pés. Você não tem ideia do poder de um chute, se bem aplicado.

– Certo. – retrucou, olhando para o fogo consumindo a lenha na lareira.

À medida que o sensei se aproximava do centro da sala, as crianças presentes aos poucos iam parando tudo o que estavam fazendo.

– Crianças, vejo que pouco a pouco, vocês estão progredindo no treinamento. – começou – É uma grande honra saber que estou ajudando a formar uma futura geração de samurais do País do Tigre, que são vocês. – seus olhos começavam a encher de lágrimas, a voz embargada e o nariz começando a escorrer.

Muitos alunos também começavam a encher os olhos de lágrimas, como Kojiro.

– Osanai-sensei, não comece... – soluçou – a falar desse jeito! – Kojiro tentou dizer.

Fighter Samurai in BattleWhere stories live. Discover now