Cap. 01,1

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Peguei a Dani e a levei junto comigo

para o supermercado que havia no shopping.

Levei-a ao pet shop para tomar banho e até comprei umas roupinhas para ela. Na

volta pra casa coloquei um CD e comecei a ouvir música em alto volume. Fui cantando e

dançando enquanto dirigia. A Dani subiu no meu colo e foi com a cabeça para fora da

janela como ela gostava de fazer.

O dia estava lindo, ensolarado. Tudo estava se tornando perfeito até que no

cruzamento da Avenida Angélica apareceu um cachorro na minha frente. Para não atropelálo

eu desviei bruscamente e acabei batendo em outro carro. A batida foi tão forte que meu

carro girou três vezes até bater contra um poste do outro lado da rua, deixando as marcas

dos pneus no asfalto. O vidro ao lado do motorista se partiu na hora, voando estilhaços para

todos os lados e o volante do carro por pouco não comprimiu meu peito.

Era bom demais para ser verdade. Quando achei que tudo em minha vida começara

a dar certo, tinha que acontecer alguma coisa para estragar meu dia.

O motorista do outro carro não sofreu nada, em compensação, tive uma luxação no

braço e um corte na cabeça. A minha camisa que era branca estava molhada de sangue. Só

percebi que havia cortado a cabeça quando senti algo quente escorrer pelos meus olhos.

Saí do carro para ver o estrago que a batida havia feito. O lado do passageiro ficou

completamente destruído, a sorte era que a Dani estava no meu colo, caso contrário ela não

teria escapado.

- Caramba...

- Você precisa prestar mais atenção no trânsito...

- Desculpa, você se machucou?

- Graças a Deus, não. Mas você está ferido...

- Não foi nada.

- Sua cabeça está machucada, você precisa de socorro urgente...

Com o celular na mão ele começou a chamar ajuda, depois disso não vi mais nada.

Acabei desmaiando, acordei no hospital, um pouco atordoado ainda, me lembrava

vagamente do acidente. Está certo que eu fechei o carro do rapaz sem querer, mas ele

poderia ter evitado o acidente se não estivesse distraído falando ao celular em alta

velocidade.

Quando acordei ao meu lado estava ele, andando de um lado para o outro com a

mão esquerda apoiada na cintura e a outra na cabeça.

- Não tente se levantar, pode afetar sua coluna.

- O que estou fazendo aqui...?

- Você desmaiou, tem algum parente seu para vir aqui ficar com você?

- Não, eu moro sozinho em São Paulo.

- Mas você precisa de um acompanhante... Vamos fazer o seguinte, eu vou buscar

Uma  história de amor - escrito por SalémOnde as histórias ganham vida. Descobre agora