É Fogo!

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Capítulo VII É Fogo!

"Lembre-se hoje
Não tenho nenhum respeito por você"
(Silverchair - Miss You Love)

Janaína Mendes

Dependendo da minha resposta minha vida mudaria completamente, eu ainda sentia algo pelo homem ajoelhado aos meus pés, silenciosamente pensei se aquilo ainda era amor, ou apenas medo dos novos caminhos que se formariam diante de meus pés se eu dissesse não para ele. Olhei para as flores sobre o criado mudo, para o violão escorado na entrada do quarto, e o som de um aspirador sendo usado em algum cômodo da sala pela equipe de limpeza que ele havia contratado. Voltei a encará-lo e suspirei pesadamente.

Um sorriso se formou em seu rosto com se antecipasse minha resposta.

Fechei os olhos por uma fração de segundos tentando contar mentalmente quantos aniversários havíamos perdido, e o principal, quando deixei de encontrar aquele olhar apaixonado, os toques carinhosos, a paixão e o amor havia chegado ao fim.

— Espero que sua nova garota goste de rosas.— Respondo abrindo os olhos para observar sua reação.

Desvencilho-me de seu toque e agarro o pequeno arranjo vermelho com as duas mãos e deixo que caia no chão. O vidro transparente se estilhaça entre nós.

— Estou indo embora Nando. Vou conversar com os meninos hoje a noite.

Ele fica de pé com um misto de frustração e raiva estampados no rosto.

—É por causa daquele play boy? É? — Indagou , estalando os dedos nervosamente.

— É por mim! Única e exclusivamente por mim. — Rebati levantando o tom de voz. — Meu amor morreu quando descobri sua traição. Foi a gota d'água!

Virei de costas e fui em direção ao banheiro.

— Se você for, não vai levar nada, sairá com uma mão na frente e outra atrás! — Vociferou aos berros.

Parei na soleira da porta e virei o tronco para olhar para ele.

— De você eu só quero uma coisa. — Retruquei sentindo a fúria crescer dentro de mim. — Distância.

Deixei que ele ficasse ali remoendo minha sentença e fui para o banheiro batendo a porta atrás de mim. Me despi e abri o registro do chuveiro, deixando que a cortina de água morna relaxasse meu corpo dolorido e exausto.

Depois de um longo banho, voltei enrolada em uma toalha, não havia rastro de Fernando, nem das rosas

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Depois de um longo banho, voltei enrolada em uma toalha, não havia rastro de Fernando, nem das rosas. Melhor assim. Abri o meu lado do guarda roupa e fiquei olhando para as pilhas dobradas a minha frente, nada dali parecia adequado para o meu primeiro dia. Eu precisava de roupas novas. Espiei no celular que Doutor Dimitri me dera para que pudesse mesmo a distância organizar sua agenda de atendimentos.

Meu Doutor ***Degustação***Where stories live. Discover now