Capítulo 8 - Cindy e Leandro

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- Olha bem pra mim. – ele me diz e eu o encaro. – Ele não vai encostar um dedo em você, porque pra isso ele teria que me matar, e morrer não é algo que esteja nos meus planos por agora, então solta a respiração, Cindy.

Tento controlar meu ar e faço que sim com a cabeça. Olho de novo para frente e Allison ainda nos olha, mas depois vira o rosto e se afasta com outros caras. Leandro puxa a minha mão e a leva até a boca, beijando delicadamente suas costas e eu me arrepio.

- Não fica assim, vai. Ele não merece.

- Ele me dá medo, Lê. Eu acho que ele vai pular em cima de mim e me estrangular na primeira oportunidade que ele tiver.

- Ele não é burro, Cindy. – Leandro balança a cabeça. – Ele sabe que estaria morto se fizesse uma coisa dessas. O que mais tem é gente nessa universidade doida pra dar um corretivo nesse idiota. A Sam deixou isso bem claro pra ele.

Ao mencionar sua prima, Leandro estampa um sorriso orgulhoso e sem perceber também sorrio.

- A sua prima é doida! – respondo.

- Aprendeu comigo. – ele dá uma piscadinha sexy. – Agora vem, vou te deixar no seu corredor e te olho até você entrar no seu quarto.

- Não precisa, Lê. Vou ficar bem.

- Não discute. Vamos. – ele empurra as rodas da sua cadeira, que hoje não é a motorizada e seguimos até o meu lado do dormitório.

- Obrigada, Lê.

- Não me agradece de nada. Te espero sete e meia lá no quarto.

- Estarei lá! – sorrio e pego os materiais das mãos dele e vou para o meu quarto. Quando chego, Rox está tocando violão, ensaiando alguma música nova.

- Oi, baby girl!

- Oi, Rox. – jogo as minhas coisas em cima da nossa cômoda e me sento em uma cadeira vazia.

- Caramba. Que cara é essa? – ela larga o violão e presta atenção em mim.

- É que eu acabei de encontrar com o Allison no corredor e...

- Ele não te fez nada, não é? – Rox pula da cama e me levanta, me olhando inteira, procurando algum machucado ou coisa assim.

- Não, ele não fez. O Leandro estava comigo. Mas não sei se ele não teria feito se eu estivesse sozinha, sabe? Ele me olhou de um jeito que me deu muito medo. Muito mesmo.

- Por que você não denuncia esse garoto para a reitoria, Cindy? O que ele fez foi grave, sabia disso? – ela bota as mãos na cintura como se fosse minha mãe e eu me sento de novo.

- Eu sei que foi! – levanto minhas mãos. – Mas eu meio que deixei, né?

- Como que é? – ela arregala os olhos e faz que não com a cabeça. – Você beijou ele, você não disse que queria transar com ele. Ele é um tarado psicopata, Cindy. Você não tem culpa dele ser um louco. Pode ir parando por aí. – ela balança um dedo na minha cara. – Da próxima vez que eu ver esse menino, eu mesma vou ter uma conversa com ele.

- Você também não, Rox. Para com isso! Chega. Eu vou ter que aprender a conviver com isso, e sei lá... – paro e respiro fundo. – Se ele tentar alguma coisa, vou tomar uma providência, prometo.

- Eu tenho amigo em todos os cursos que você imaginar dessa universidade, basta você me falar uma palavra e ele aparece quebrado amanhã.

- Você até parece o Lê falando assim! – dou uma risada e ela balança suas mechas coloridas.

Enquanto Você Respirar (DEGUSTAÇÃO - Completo na Amazon)Where stories live. Discover now