CP 1 - Vida Confusa

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Aos 2 anos Bruno Augusto perdeu os pais, e foi encaminhado ao orfanato,onde passou boa parte de sua vida, sofrendo bullyng o tempo todo,não apenas pelo seu físico diferenciado dos demais internados, pois Bruno tinha decência hispânica, e a maioria dos garotos eram negros, seus olhos claros e o fato de estar acima do peso, mas também por conta de seus surtos pois de vez enquando acordava no meio da madrugada pedindo silêncio, enquanto todos dormiam.
  Quando fez 18 anos sua vida adulta começou, com uma trouxa de roupas, alguns livros e um endereço, de seus avós paternos, que o visitaram apenas uma vez, e que sem explicação alguma nunca mais o visitaram, fazendo contato apenas por carta, cartas estas que ele também já não recebia há um certo tempo.
O maior problema é que seu orfanato ficava no interior do Paraná, e a casa dos seus avós ficava na zona leste de São Paulo.
Bruno passou alguns dias pegando papelão, lata e outros recicláveis para conseguir dinheiro para a passagem, que custava 100 reais , uma vez que sua criação e caráter não o deixava cometer crimes
  Bruno conseguiu 85 reais, passou mais alguns dias mendigando na cidade mas não conseguiu o suficiente, para ficar mais próximo da sua família, Bruno decidiu pegar um ônibus até a cidade de Campinas, no interior de São Paulo e de lá tentaria uma carona até a capital.
Após uma viagem de 4 dias e 3 noites de ônibus, Bruno desceu na rodoviária de Campinas, meio atordoado e sem saber ao certo pra qual lado ir, pegou 5 dos seus últimos 10 reais comprou pães  um refrigerante e sentou a beira da estrada, tentando pensar em como chegar ao endereço dos seus avós.
  Ele resolveu seguir a estrada a pé, até conseguir uma carona a beira da estrada, e assim ele fez, após uma caminhada de quase 3 horas, ele passa por um cruzamento na estrada onde avista de longe algumas garrafas, um prato e velas acesas, Bruno não deu muita atenção, até por quê tinha um certo repúdio com aquele tipo de manifestação religiosa, para evitar um desconforto maior ele resolveu passar do outro lado do cruzamento, longe daquele"trabalho"  e mesmo à distância Bruno ouviu alguém gritando:
- "Você pode fugir do seu caminho o tempo que quiser, mas ele voltará à sua frente, sempre."
  A voz vinha próximo de onde estavam as velas acesas, Bruno olhou para trás, para os lados, apertou os olhos para tentar ver se havia alguém na outra ponta, mas não viu ninguém.
  Decidiu então seguir seu caminho, alguns minutos depois passou uma caminhonete, a qual ele sinalizou pedindo carona w o motorista disse que estava indo para Santo André,  em São Paulo, praticamente na divisa da região onde a casa de seus avós se encontrava.
Mais algumas horas de viagem e muita conversa jogada fora, Bruno conseguiu chegar em Santo André, muito mais próximo de seu destino, para conseguir de fato começar sua vida nova.
  É manhã em Santo André, e Bruno ainda não chegou na casa da sua família, após uma longa caminhada de 2 dias, ele chegou à Cidade Tiradentes, bairro no extremo leste e onde fica a casa de seus avós.
  Em uma de suas cartas, Bruno recebeu uma chave, para que segundo sua avó, entrasse sem bater, para que se sentisse em casa.
Enfim, após quase 2 semanas de estrada Bruno está de pé em frente à porta que em sua cabeça irá lhe dar uma nova vida.

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⏰ Last updated: Sep 26, 2016 ⏰

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