Talvez mudar seja meu erro, e não quero cometer esse erro novamente. Talvez ela tenha razão, sou eu que mudo e desmorono tudo. Assim como já mudei por pessoas e no fim me tornei pior do que elas queriam. Eu não sei por que as vezes ando perdido, se poderia simplesmente continuar de mãos dadas com ela e me segurar sobre seu ombro quando eu cair, mas parece que quando eu mais preciso, eu prefiro sofrer sozinho. Eu me mostro imparcial em relação a tudo, mas as vezes eu preferia não ser mudo com as coisas. Eu as vezes mantenho meus olhos fechados para não ver os erros que me cercam, somente para nada mudar, até prefiro ser surdo para que nada aconteça. Porém parece que eu mudo sem perceber e quando vejo já estou farto, mas não das pessoas, farto de mim. De ser errôneo, desnaturado, lerdo, incansavelmente idiota, egocêntrico um babaca, de exigir o que não posso, de acreditar que os erros simplesmente não existem. Eu sinto raiva do que sou, mas também me aceito como se fosse o suficiente. É estranho o quão confuso eu posso ser não é? Eu sou assim, vivo em constante mudança, em constante evolução e regressão em meus pensamentos. Mas existe algo que jamais muda aqui dentro de mim, a não ser que deem motivos o suficiente, o meu amor. Talvez seja à única qualidade que realmente tenho, saber amar. Por quê de alguma forma isso se perdeu até mesmo pras mulheres que costumavam ser as românticas em qualquer caso.
Mudar e se aceitar é uma condição necessária, difícil é aceitarem minha mudança. Porém continuarei a ser mudo, cego, surdo e imparcial com muita coisa. Mas deixarei de ser errôneo aos poucos, idiota desde já e egocêntrico babaca com o tempo. Porém as vezes acho que meu romantismo forma essas características em mim, pois sou assim por falta de carinho, atenção e bondade.
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Sobre: Desinteresse e outros Malés
Historical FictionLivro de Crônicas. Escreverei uma crônica por dia sobre as tragédias da vida, sobre os males que alguns não sabe, entre outras coisas que entre a vida e a morte, desconheço.
