O Amor Que Eu Te Dei (Degustação)

Prólogo

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"Os sonhos são como imagens projetadas pelo sub-consciente daquilo que se deseja, daquilo que se perdeu ou ainda não foi concluído..."

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Sinto meu corpo arder de desejo. As luzes do meu quarto estão apagadas e algumas velas espalhadas pelo chão iluminam o ambiente. Eu me reviro na cama de um lado para o outro. Lençóis de seda envolvem meu corpo. Sinto calor. Desejo imensamente ser amada nesta noite. Meu corpo anseia por isso.

Sinto um toque suave em minha nuca. São lábios sedentos que percorrem pelas minhas costas nuas. Sorrio ao notar que sua voz é rouca, quando pronuncia meu nome em meio a gemidos.

– Laura...minha Laura. - Ele sussurra em meu ouvido e meu corpo todo estremesse... um forte arrepio me assola. Sua mão afasta meus cabelos e sinto o peso de um corpo sobre o meu. – Esta noite você será minha...como nunca foi um dia. - Ele diz e eu permaneço de olhos fechados.

Ele me vira e então entrelaço meus braços sobre ele. O quero mais perto de mim do que já está. Quero-o dentro de mim. Urgente!

Sua boca toma conta da minha, em fúria. Temos pressa em possuir um ao outro. Há tempos não fazíamos isso!

– Ama-me! – Abro os olhos e peço enlouquecida de desejo, ele me atende prontamente.

Ele toca em pontos estratégicos, em lugarem já conhecidos, que despertam em mim a mulher que eu fui um dia. Apaixonada! Eu desejo tanto...

– Eu quero você, Laura. Agora. – Ele diz em meu ouvido em sinal de que está pronto.

Sinto meu corpo ser invadido por amor antes adormecido. Estou sendo tomada por sentimentos que nem sabia que ainda sentia. É muito bom estar nos braços dele. Seus movimentos são firmes e constantes, e em cada investida, fecho meus olhos na tentativa de intensificar aquele ato. Não quero que ele se afaste de mim. Nunca mais!

– Nunca mais! – Digo em voz alta. Ele me olha curioso sem entender nada.

– Que queres dizer, meu amor?

– Nunca mais se demore a retornar para dentro de mim. - Falo com voz rouca.

– Eu te prometo! - Ele diz e nesse momento um gemido alto ecoou em meu quarto quando o ápice do amor me alcançou. Eu estava trêmula e suada. Minha respiração estava irregular então fechei os olhos afim de que tudo se acalmasse.

- Laura?! - Ouço quando ele me chama com uma voz grave, totalmente mudada.

Assusto-me e então abro meu olhos. A claridade da luz no ambiente ofuscava minha visão. Espera. Já é manhã? Essa luz... Assustei-me novamente quando foquei e vi a expressão nada agradável do meu marido ao me ver naquele estado de euforia respiratória. Eu estava trêmula!

– Laura? Acorde! – Santiago diz um pouco impaciente.

– Hã? O quê? Eu estava sonhando? Mas... – Pergunto olhando-o atentamente com intuito de encontrar nele, o homem dos meus sonhos.

– Estava. Ao que me parece estava bom, creio. Mas isso não me interessa. Vá beber água e torne a dormir. E por favor, não faça barulhos, preciso estar cedo na empresa. Boa noite. – Ele diz seco.

Um sonho? Meu Deus, apenas um sonho? Mas parecia tão real... Penso frustrada. Eu estava nos braços do meu marido. Aquele homem sedutor pelo qual me apaixonei um dia. Porque é que ele mudou tanto? Porque ele não toca mais em mim?

Essa resposta talvez eu não tenha. Mas quem sabe eu torne a dormir e sonhar com ele outra vez? É a única maneira de tê-lo em meus braços...

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