O preço da Rainha

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N/A: Olá queridos (as) sinto muitíssimo pela demora na atualização, mas queridos, a escola te suga. Bom, o capítulo é curto porque eu realmente irei superar isso no próximo. A estória está começando o seu auge e eu espero realmente que vocês estejam gostando. Alguma sugestão? Comentem!
                                                                ***


"Pensávamos ter todo o tempo do mundo quando, na verdade, já não tínhamos mais nada"
Marcos Filipe. (Tumblr)



Dois meses depois:

Era manhã de inverno e os ventos fortes e gélidos chicoteavam nas janelas do castelo, trazendo consigo uma leve camada de flocos brancos de neve que batiam delicadamente contra o vidro ornamentado e depositavam-se calmamente no parapeito. Era uma triste, bonita e gélida manhã de inverno.

Eu adorava o inverno, mas desde o casamento, nada era como antes. Em dois meses eu havia me tornado Rainha e concretizado o desejo do Rei Nathaniel de tornar Robert governante das terras do Leste, mas não era exatamente como eu planejara.
Como Rainha eu possua deveres, embora o Rei fosse a pessoa que tomava decisões, ao meu lado, Robert não parecia deter vontade alguma de governar, dando opiniões apenas quando era extremamente necessário; quando a Rainha não estava por perto. Era um casamento de aparências, não conversávamos, não detínhamos qualquer interação – Desde a noite de núpcias a qual tivemos que concretizar para que o casamento fosse oficialmente consumado e legalizado pelos nobres.
Suspirei enquanto olhava pela janela. O Leste continuava lindo, mesmo no inverno, era de admirar.
"Algum problema?" – Ouvi uma leve voz atrás de mim, embora não detivesse qualquer preocupação visível com meu estado.
"Não" – Respondi calma.
"Achei que estaria nos jardins com Louis, ouvi dizer que ele está guerreando com bolas de neve. Temos atualmente dois atingidos" – Ele sorriu tentando o humor, mas eu apenas o olhei.
"Achou errado. Eu apreciaria se parasse de tentar ser amigável. Depois de dois meses não será tão fácil assim" – Falei e virei para andar novamente até a saída do castelo.
"Ashley, eu estou tentando. Pelo bem do Reino, devemos ficar pelo menos sociáveis" – Suspirou ele.
"Irônico vindo do homem que evitou a esposa por dois meses" – Ri em resposta.
"Diga-me isso quando eu ameaçar matar a pessoa que você ama e te forçar a casar comigo por meus próprios motivos egoístas" – Explodiu ele. Eu havia me acostumado a sua amargura, mas não a dor acompanhada dela.
"Eu estarei fora por algumas horas, não precisa me esperar para o almoço" – Eu forcei as palavras a saírem enquanto lutava contra as lágrimas.
"Eu sinto muito" – Ele sussurrou.
"Não sente não" – Eu tentei sorri em resposta, mas a dor era visível e seu olhar aliviou um pouco enquanto ele tomava alguns passos até estar em frente a mim.
"Eu... Não fique fora até tarde, ouvi dos nobres que uma tempestade se aproxima" – Ele disse e este foi o mais próximo que ele chegaria a se importar.
"Não ficarei. Com licença" – E com mais um olhar eu me virei e fui embora sentindo seus olhos queimarem nas minhas costas.
***
É claro, eu havia mentido.
Haviam se passado horas desde minha saída do castelo. Eu estava sentada no chão gelado de mármore encostada a uma parede dentro do mausoléu do reino, olhando fixamente para a única gardênia branca que enfeitava o caixão de mamãe.
'Gardênia significa gratidão, são umas das mais belas flores que já vi. Eu acho que em algum reino, se eu pudesse escolher uma flor para ser, seria ela' – Dissera mamãe anos atrás. Eu era pequena, colhia flores com ela na floresta enquanto Rafael estava fora. Uma única lágrima desceu pelo meu rosto enquanto eu olhava para a flor.
"Não há um dia sequer, que eu não sinta sua falta" – Sussurrei derrotada enquanto me levantava – "Eu te amo" – Completei dando uma última olhada e saindo do mausoléu.
"Se eu fosse você querida, eu correria para o castelo. Está vindo uma tempestade aí" – Uma voz estridente me parou e eu olhei para enfrentar Rumple.
"É o que eu estava tentando fazer até você me parar" – Rosnei e continuei a andar.
"Oh querida, mas eu tenho que parar você ou já se esqueceu do nosso... pequeno acordo" – Riu ele.
"O preço" – Sussurrei. – "Está na hora de pagá-lo?"
"Sim e não" – Sorriu caminhando para mim e tocando meu casaco roxo. – "Eu sou uma pessoa muito amável quando você é boazinha e você Ashley, foi muito boazinha comigo" – Disse.
"Ora não me amole e diga logo o que quer" – Esbravejei.
"Vamos para outro lugar" – Respondeu e em uma nuvem de fumaça mágica estávamos de volta ao castelo, mas em meu escritório. Sentei no sofá de couro enquanto o esperava.
"Como havia dito antes, cara, você foi uma pessoa... esplêndida, então como cortesia – Refira-se como um bônus – você terá um ano para realizar o trabalho" – Sorriu e eu concordei.
"Qual é o preço?" – Perguntei.
"Você vê, eu estou planejando algo magnífico, mas infelizmente preciso de um ingrediente primordial para tal feito, o problema é que não posso pegá-lo" – Suspirou dramaticamente – "Mas você pode. Eu preciso do pó do coração de um amor verdadeiro" – Riu ele apreciando.
"Ora, e como espera que eu faça isso? Quer que eu vá pelo mundo para encontrar o amor verdadeiro de alguém e matá-lo?" – Eu ri.
"Oh não, nem eu sou tão cruel. Para que cansar-se usando transportes cansativos de um lado para o outro se você tem um amor verdadeiro ao longo de três corredores de distância? Afinal de contas, por que você mataria o amor verdadeiro de alguém? O preço é seu, não deles" – Riu ele histericamente.
E foi aí que algo clicou em minha mente e eu me levantei imediatamente tomada por fúria e medo.
"Não" – Eu rosnei com o coração batendo a mil.
"Não?" – Perguntou.
"Por favor, não. Eu não posso fazer isso. Eu... Eu farei outra coisa, qualquer coisa, mas isso, isso não" – Eu implorei enquanto lágrimas se formavam em meus olhos.
"Mas eu não preciso de outra coisa" – Ele zombou se aproximando – "Eu preciso de você Ashley, preciso do meu pagamento, eu preciso do pó do coração do príncipe ou Rei agora e você irá fazer isso por mim. Você irá matá-lo" – Riu.
"EU NÃO FAREI" – Gritei.
"FARÁ SIM" – Gritou ele tomado por ódio e eu recuei instantaneamente – "Você matará o príncipe, pagará meu preço ou eu vou jogar você aos lobos. Vou desfazer nosso acordo e advinha? Sua irmã será Rainha, seu príncipe estará casado com ela, você será banida do reino e Rafael... Oh... ele te encontrará e quando ele te encontrar, você vai implorar por estar morta" – Sorriu ele segurando-me pelo pescoço impedindo que o ar entrasse. – "Você tem um ano" – Ele sorriu e em um instante se foi.
Eu fui deixada no chão em uma bagunça de lágrimas e gritos e com uma súbita dor minha magia explodiu fazendo toda a mobília em chamas.
"ASHLEY" – Ouvi a voz de Robert gritando ao entrar na sala e ao ouvi-lo eu apenas chorei mais fortemente.
"Eu não posso, eu não posso fazer isso" – Eu gritava cada vez mais enquanto sentia seus braços me levantarem e me levarem para fora da sala enquanto eu chorava mais e mais.
"Você está bem... Está tudo bem" – Ele sussurrava enquanto eu me agarrava a sua blusa – "Louis chame alguém, eu acho que ela está ferida" – Rosnou ele enquanto me levava ao meu quarto.
"Eu não posso" – Chorei e com um súbito lapso eu apaguei.

E na extremidade da floresta encantada Rumple sorria em delírio.
E em breve a Rainha má do Leste nasceria.

The Queen (REESCREVENDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora