Quem Vê Cara, Não Vê Coração

Capítulo 1

Era fim de tarde quando a camionete parou diante de sua casa, dela desceram três homens e dentre eles um belo jovem que lhe chamou a atenção. Gabriella estava tão focada no visitante que nem se deu conta de que sua mãe lhe chamara.

- Gabriella, ei Gabriella! - sua mãe lhe sacudiu.

- Passe um café o mais rápido possível e sem bagunça por favor, sim?

- Pode deixar mãe, estou indo. - A menina saiu em direção a cozinha para passar o café que sua mãe havia lhe ordenado.

Gabriella era uma menina baixinha e gordinha, seus cabelos eram castanhos longos e seus olhos castanho escuros e com apenas 17 anos. Ela morava com seus pais em uma chácara proxima a cidade de Goiânia sendo  a mais velha de três irmãos, e única menina. Fazia o último ano do ensino médio , seu sonho era ser uma agrônoma de  sucesso e ajudar o pai na fazenda, e era considerada uma  nerd só por usar óculos e também roupas largas para disfarçar a gordura, afinal de contas ela era chamada de orca na escola por onde passava. Nunca havia namorado de verdade apenas alguns beijos nos colegas de sala aula e nunca passou disso. Naquele momento em que preparava o café via que sua vida era muito sem graça, pois já era adolescente e nunca havia namorado. Suas amigas do Colégio já não eram mais virgens e incentivavam Gabriella a se entregar a alguém mesmo sem amor,com tudo o que elas não sabiam é que esse tipo de relação para ela era uma coisa sagrada a ser feita por um homem e uma mulher. antes disso para era errado na sua opiniao, considerado ate um pecado!
Quando terminou o café o colocou em uma bandeja com alguns pedaços de bolo que ela tinha preparado mais cedo, adentrou a sala sentindo todos os olhares sobre ela e ruborizou, não estava acostumada com essa atenção, tentava ser invisível para não ser humilhada, mas naquele momento não conseguiu o anonimato pois seu pai lhe apresentou aos homens a sua frente.
-Gabriella esses são nossos novos vizinhos, os Oliveira. O filho mais novo dele irá para a escola junto com você! Disse seu pai.
Seu pai era um homem rígido e ao mesmo tempo amoroso, mas a sua educação ficou para sua mãe que era uma mulher que tentava chegar a perfeição em tudo que fazia, ela sempre dizia a Gabriella que se ela não fizesse um regime jamais conseguiria um bom marido e ficaria para a titia, essa frase sempre machucava a menina, pois tentava ao máximo agradar a mãe mas isso era impossível!
Quando ela ouviu a fala de seu pai respondeu:

- Que legal, mais um para a lata de sardinha! Respondeu aos risos mas somente ela havia achado graça da piada, os outros estavam sérios e sua mãe lhe olhava com um olhar mortal reprovador, se recompôs e deixou a bandeja sob a mesa do centro da sala e apenas disse antes de sair:
- Prazer sou Gabriella, bem vindos a região! Ao dizer essas palavras foi direto para o seu quarto matar a sua vergonha sozinha. Ela se lembrou do jovem rapaz a quem ela estava hipnotizada e tinha certeza de ter visto uma sombra de um sorriso dançar em sua face, e se atreveu a dizer em voz alta como ele era perfeito, com esse pensamento acabou pegando no sono, pois sua cama era o único lugar onde podia sonhar!