Capítulo 7

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Pov - Leon

Não sei o que me deu, perdi a paciência, aquilo não pode ser verdade, ela não pode ser verdade. Me arrependi dez minutos depois e tive que controlar para não bater em sua porta implorando por desculpas.

Ela pareceu tão assustada, aquilo não pode ser mentira, sua tristeza e medo pareceram tão reais. Nada daquilo se encaixa, hora acho que é tudo uma grande mentira, hora acho que não tem como ser, porque ela me convence, porque quando estou perto fico tonto com sua beleza e timidez, com aquele sorriso e olhos brilhantes.

Além disso o desejo, ele é tão intenso, nunca desejei tanto uma mulher, não é apenas sexo, desejo os beijos, desejo ela apenas encostada em mim, me sinto um garoto tolo, um adolescente vivendo seu primeiro romance.

Ariana cuida para que coma como pedi, espero que tenha sido gentil, depois do jeito que a tratei ela merecia um pouco de atenção.

O helicóptero está em revisão, decido não ir para Atenas, tenho muito para fazer em Kirus e saio como de costume muito cedo, Cristus me deixa no porto e volta para casa, me reúno com alguns trabalhadores, depois tenho uma pequena reunião com alguns comerciantes que me pediam a tempos para ouvi-los.

Falamos sobre as mudanças que eles querem, os imóveis são todos meus, e qualquer mudança depende da minha aprovação.

São quase meio dia, olho para a balsa, disse a Cristus que depois eu talvez fosse a Atenas, mas penso em Melissa. Sempre fiquei curioso para saber como ela se comportava sozinha, aquela era uma ótima oportunidade.

Sem o barulho do helicóptero, sem aviso, eu a pegaria completamente desprevenida. Pego carona com um dos homens que me deixa no portão.

Talvez ela esteja na piscina, ou quem sabe dormindo como bem caberia a filha de Quiron, olho no relógio. Meio dia, talvez esteja almoçando, vamos ver como trata meus funcionários quando não estou por perto.

A sala está silenciosa e vazia, a sala de jantar também, mas posso escutar conversa vinda da cozinha e caminho sem ser notado até a porta entre aberta. Fico observando boquiaberto. Lá está ela, no meio deles, cozinhando, rindo, tão delicada como sempre, ela pode fingir comigo, mas ali, porque ela fingiria? Não era preciso.

Melissa está apenas feliz. Descubro pela conversa que o que ela faz quando não estou é cozinhar, cuidar do jardim e conviver com meus empregados. Lissa, eles a chamam assim, eu gosto, é carinhoso e combina com sua delicadeza.

Sorrio quando a vejo pedindo torta de limão. Eu podia passar horas ali, olhando para ela, mas decido fazer melhor que aquilo, decido fazer parte daquilo e quem sabe dar um jeito de me desculpar.

Eles ficam surpresos quando entro, ela mais do que todos, um leve medo, não gosto disso, não é preciso, nenhum deles precisa se preocupar com isso.

─Senhor Leon, não sabia que viria para o almoço, vou colocar a mesa, é só um minuto.

─Não precisa Ariana. - Me sento ao lado de Melissa. - Aqui parece bem animado. Só me traga um prato e vamos ver se Lissa cozinha mesmo tão bem quanto estão dizendo.

Melissa sorri tímida, mas aliviada, Ariana me serve, os outros continuam comendo.

─Perfeito! - Digo depois de experimentar.

─Obrigada. E obrigada pelos presentes, a Thaís me entregou.

─Gostou?

─Muito. Foi gentil, obrigada. - Ela fica tímida, tão linda corada de vergonha.

Paixões Gregas - Um Amor como Vingança (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora