CAPÍTULO 18.

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Pov: Liah.
Abro os olhos lentamente a espera de claridade, mas é em vão, pois tudo esta escuro e vazio, estou deitada em um chão que embora não tenha nenhum vestígio de sujeira esta frio, me levanto em meio a escuridão e me concentro para trazer a bênção de Nix e Érebos para fora para que consiga ver no escuro, mas não a nada para ver, é apenas um imenso vazio, tudo tão triste e solitário que mesmo não tendo motivo fico triste, o lugar passa tristeza, ando alguns passos em busca de algo, mas não a nada, tudo tão vazio que chego a ficar com duvidas de que realmente andei, dou mais alguns passos mas nada, tudo como antes, mas a cada passo que dou mas triste fico, não sei onde estou, será que estou morta?
Não, o mundo inferior é diferente, Tártaro me mostrou ele uma vez, ele é tudo menos vazio e silencioso.
-- Não garota estúpida, aqui não é o mundo inferior. - diz a voz que me causa arrepios. - E você não esta morta, pelo menos não ainda. - termina rindo diabolicamente.
Fico assustada e pego meu anel e logo o transformo em espada e fico alarmada, ele apenas ri, não consigo ve-lo, mas sei que está perto, ataco o nada com a espada, mas nada acontece, tudo fica como estava.
A voz ri ainda mas.
-- Você esta em meus domínios, não pode me ver e muito menos me tocar. - diz e sinto um tapa em meu rosto, ataco novamente mas nada acontece.
Ganho outro tapa e outro, não posso me defender e por onde corro a mão me persegue com tapas,recebo também alguns chutes e sinto minha cabeça doer com um golpe, caiu e nem tenho tempo para me levantar quando uma chuva de chutes me acertam, grito de dor e dou alguns golpes com vingadora, mas nunca acertando nada, ela passa livremente pelo vazio.
Do nada as agressões cessam, sinto meu corpo todo dolorido, começo a me levantar lentamente tentando ignorar a dor, assim que estou de pé um gemido de dor escapa por minha garganta, a voz ri.
-- Tão fraca. - diz entre risos. - Agora vejo o que ira acontecer a seu amado irmão. - diz e o lugar onde estou começa a se dissolver, se transformando em outro totalmente diferente, agora o lugar parece um calabouço, à vários objetos de torturas espelhados pelo salão, desde chicotes a adagas, bem no centro da sala uma figura esta de joelhos amarrado a um tronco, esta sem camisa e de costas para mim, deixando amostra suas costas, seus cabelos negros como sempre bagunçados estão sujos de sangue, o que faz meu coração acelerar, tento me aproximar mas meus pés estão presos por grossas correntes.
Derrepente o homem misterioso aparece trazendo com si um grande chicote, se posiciona atrás dele e com um sorriso de deboche para mim, bate com força nas costa do meu irmão fazendo com que um corte fundo seja aberto em suas costas, tento gritar para que ele pare mas minha voz não sai, tento correr para dete-lo, mas estou presa, meus olhos já estão inundados por lagrimas, minha garganta esta seca, meu coração acelerado, depois de mais algumas chicotadas ele para, deixando Percy com as costas toda rasgada e sangrando.
O homem se vira e com o mesmo sorriso de deboche começa a vir em minha direção, ele para em minha frente ainda sorrindo, o que me deixa com vontade de tirar esse seu sorriso com um soco, e toca meu rosto.
-- Assim que chegar, lhe mandarei um presente, o qual só você conseguira deter. - diz acariciando minha bochecha, ele se afasta alguns passos. - Tic tac tic tac o tempo esta acabando. - diz e com isso ele da uma chicotada em meu rosto, no lugar onde estava acariciando.

Acordo em um salto e gemo de dor ao firmar minha perna no chão, ela ainda esta doendo, foco na pequena força que tenho e com esforço consigo diminuir a dor, embora não toda, ainda estou muito fraca, olho envolta e vejo que estou em uma enfermaria, meu rosto também arde no local da chicotada, ruim, muito ruim.
-- Ei calma, esta tudo bem. - diz uma voz grossa atrás de mim.
Tomo um susto e mas uma vez salto para frente forçando o pé machucado, fazendo-o doer mais, quase caiu, mas uma mão firme e fria me segura, me arrepio, mas ignoro e me solto, me viro em direção da voz e me deparo com um garoto magro, pálido de olhos negros, cabelos da mesma cor, lindo, ele me olha fixamente, e por um momento fico perdida na intensidade do seu olhar, mas logo me lembro do sonho e sinto meu coração acelerar.
-- Percy. - digo e começo a olhar em redor, mas não o vejo, ele não esta aqui.
-- Esta na principia conversando com Jason e Reyna. - diz e se aproxima me estendendo a mão. - Eu sou Nico Di Ângelo.
Aperto sua mão rapidamente e me viro indo em direção a porta, ainda mancando, penso em usar as asas de Eros, mas não acho que os semideuses vão levar isso na boa, então apenas vou caminhando para fora com Nico me olhando de trás, ignoro e continuo andando tentando ignorar a dor.
Preciso achar meu irmão e ver com meus próprio olhos se ele esta bem, eu estou sentindo a dor no rosto, talvez ele esteja sentindo a dor na costa também, e estou preocupada com o tal presente do homem misterioso, ele disse que só eu conseguiria dete-lo, e isso não me pareceu bom, se for um monstro, será difícil lutar.
-- Ei, espera não pode sair. - diz o tal Nico me segurando pelo braço. - Esta ferida. - me lembra.
O olho com desgosto, preciso ver meu irmão e nem ele e nem ninguém me impedirá, tento me soltar mas ele não da brechas, me segura firme.
-- Eu preciso falar com ele, é urgente. - começo tentando fazer mudar de ideia.
Ele nega com a cabeça, eu vou bater nele, e não vai ser legal.
-- Liah. - ouço a voz do meu irmão me chamando.
Me viro novamente em direção a porta e vejo Percy a alguns metros me olhando preocupado enquanto um garoto loiro com um traje romano e capa roxa nas costas e uma garota morena vestida como o loiro estão a seu lado também me olhando.
Nico me solta, e antes que alguém diga algo corro mancando ate meu irmão e me jogo em seus braços.
-- Você esta bem? - pergunto chorando.
Ele me olha preocupado e assente com a cabeça, o abraço mas forte, para me certificar que ele realmente esta bem, ele retribue com a mesma intensidade, ficamos assim por alguns segundos.
-- Huhum. - ouço uma tosse forçada, olho para o garoto loiro que nos olha esquisito. - Sou Jason Grace, e essa ao meu lado e Reyna, somos pretores do acampamento. - diz se apresentando e me estende a mão e logo a aperto, repito o ato com a garota.
-- Liah. - digo apenas.
Desvio o olhar deles para olhar novamente para meu irmão que me olha preocupado, ele tem uma sombrancelha arqueada em questionamento.
-- Outro sonho? - pergunta serio.Apenas assinto com a cabeça e ele já pode imaginar o resto, então apenas chaqualha a cabeça em desgosto. - Irei mata-lo. - diz frio.
Engulo em seco, ele não pode desafiar o homem misterioso, ele é mas forte e mas antigo, não acho que ele terá chance, respiro fundo e nego com a cabeça, ele apenas me olha em desafio.
-- Sonhos? Que sonhos? - pergunta o garoto loiro, Jason, me olhando.
O olho fixamente, ele parece alguem que conheço, esses olhos azuis.
-- Filho de Júpiter? - pergunto do nada com desgosto.
Maravilha, mas um para a coleção de pessoas que não gostam de nós, ele não ficara contra o pai ficará?
-- Sim, como sabe? - me pergunta curioso.
Torço o nariz com uma careta.
-- Seu pai não gosta de nós. - digo como quem não quer nada.
Ele começa a passar o olho de mim para Percy freneticamente, esta sendo fácil desviar o foco dele dos meus sonhos, a garota, Reyna, me olha com atenção, como se soubesse que estou apenas o distraindo, a encaro com o rosto sem emoção não revelando nada, Percy segura minha mão e me lança um olhar de reprovação, mas sei que esta sorrindo por dentro.
-- Porque ele não gosta de vocês? - pergunta Jason não percebendo nada.
Dou de ombros como se não fosse importante, mas ele me encara esperando uma resposta que não estou disposta a dar, então Percy toma a frente.
-- Liah foi grossa com ele, ai ele ficou com o coração partido. - diz sorrindo minimamente. - E claro, ele tem medo de perder seu precioso trono. - termina com desgosto.
Zeus se preocupa com coisas tão banais, o que iriamos querer no Olimpo? Ouvir discussões? Isso nós já temos de sobra em casa. E fico feliz por Percy não ter comentado o pequeno incidente no nosso nascimento, não precisamos de uma chuva de perguntas em cima de nós.
-- E como estão vivos? - pergunta Nico atrás de mim, tinha me esquecido dele.
Me viro e o vejo me encarando, retribuo o olhar mas logo o desvio. Filho de Plutão provavelmente.
-- Com a ajuda de Poseidon, Meu pai Caos, minha mãe Ordem, e é claro, meu irmão mas velho Tártaro. - digo fazendo todos arregalarem os olhos em espanto. - Eles sabem fazer um show. - digo com ironia ao lembrar da nossa conversa com todos os deuses do Olimpo, a cara deles foi ilaria ao ver meus pais e Tártaro.
Mas antes que alguem pudesse dizer algo uma grande explosão é ouvida fazendo todos se assustarem, nos olhamos e sinto meu coração bater forte com a lembrança. - Assim que chegar, lhe mandarei um presente, o qual só você conseguirá deter. - me lembro das palavras do homem misterioso com o coração apertado, acho que a partir de hoje não vou mas gostar de presentes.
-- O que..? - pergunta Jason confuso.
Reyna nega com a cabeça dizendo que não sabe e faz sinal com a cabeça para que ele a siga, e então os dois saem correndo em direção ao barulho, mas não vai adiantar, seja lá o que for só eu poderei deter.
Olho para os dois garotos que ficaram, eles parecem em duvida quanto ao que fazer, começo a pensar em uma solução rápida, não vou conseguir lutar fraca como estou, olho para Percy e vejo o presente de Athena e Poseidon brilhar em seu pescoço, o que faz com que eu tenha uma ideia, Athena deve estar me ajudando, de novo.
-- Onde esta minha bolsa? - pergunto do nada.
Os dois garotos me olham e apontam pada dentro da enfermaria, ótimo, preciso chegar ate ela, começo andar para dentro ignorando a dor.
-- O que esta fazendo? - Percy pergunta.
-- Preciso pegar minha bolsa. - diho ainda de costa para ele, andando.
-- Não sei porque mas acho que sei o que quer, então fique aqui que eu trago sua bolsa para você. - fala Percy e corre para dentro da enfermaria, Nico me olha sem entender mas não diz nada, o que agradeço, Percy volta logo em seguida trazendo minha bolsa consigo.
Ele abre o bolso maior, e tira meu colar o erguendo com duvida, deve esta se perguntando o porque de ele esta ali, o pego de sua mão rapidamente, mas não é isso que quero, não agora. Ele volta a procurar enquanto tento colocar meu colar, posso precisar dele, Nico se aproxima de mim, e gentilmente ma ajuda a coloca-lo.
-- Aqui. - fala Percy e me joga um cantil de néctar.
Bebo um grande gole, não precisamos nos preocupar em começar a arder em chamas se tomar muita bebida dos deuses, somos filhos de dois deuses, e abençoados por muitos primordiais então temos alguma resistência. Nico me olha como se eu fosso começar a virar fogo a qualquer momento, apenas ignoro.
-- Precisamos ajuda-los. - Digo devolvendo o cantil para Percy, ele bebê um pouco e o devolve na bolsa. - Seja lá o que for, eles não vão conseguir vencer. - digo e corro em direção ao barulho sem esperar resposta, mas sei que eles estão logo atrás de mim.
Corremos até ver um grande numero de semideuses apavorados, o que me preocupa, não é qualquer coisa que assusta um exército, ainda mais um exercito de semideuses romanos.
Pensei que seria difícil passar por esse monte de soldados, mas esta sendo bem fácil, assim que nos aproximamos eles se afastam facilitando nossa passagem, ao chegar onde o que esta os assustando se encontra, percebo o motivo de seu pavor, a criatura é imensa, cerca de dois metros de altura, tem presas afiadas e seu veneno é mortal. Um Drakon.
Jason esta atacando a fera por cima, ele voa, deve ser algum dos poderes dos filhos de Júpiter e Zeus, enquanto Reyna ataca por terra em cima de um pegasos, Frank esta atirando flechas nele, mas não vai adiantar, é preciso acertar o coração, Hazel esta lançando algum tipo de pedras nele, parecem ser pedras preciosas, e a outros que não conheço tentando acertar o monstro por baixo, mas eles não vão conseguir derrota-lo, ele é meu presente.
-- Presente interessante. - murmuro enquanto engulo em seco, estou com tanto medo quanto qualquer outro semideus aqui.
-- Presente? - Percy e Nico perguntam juntos.
Afirmo com a cabeça e digo que explicarei outra hora. Olho para a criatura a minha frente imaginando como mata-la, vejo o Drakon jogar seu veneno em Reyna, ela se desvia por pouco, hora de agir.
-- Só eu posso mata-lo. - digo olhando para meu irmão, ele esta pronto para perguntar mas o corto antes. - Me de cobertura.
Digo e faço minha armadura aparecer e Percy faz o mesmo, os semideuses ao redor arfam apavorados, não os culpo, dois estranhos com armaduras negras e capas sinistras não se vê todo dia.
Me viro e corro em direção ao Drakon, minha perna não doi mas o que facilita muito minha vida, Reyna fica surpresa ao me ver e olha estranho para minhas roupas, desviando seu olhar do Drakon, um erro terrível, o Drakon lança seu veneno nela, mas por sorte consigo empurrar ela e o pagasos para gora do caminho, olho para ele que me olha com atenção, uma barulho alto é ouvido e o Drakon desvia o olhar de mim, aproveito a distração e pulo em suas pernas começado a escala-lo, usando tudo que aprendi com meus pais e irmãos, em poucos segundos já estou em cima do monstro que parece não gostar do meu posto, vejo Percy fazer barulho com sua espada mas o Drakon esta concentrado de mais em tentar me tirar deu suas costas, ele começa a se mecher rapidamente tentando me derrubar, escorrego de suas costas mas consigo me segurar na lateral de seu corpo, e mesmo entre movimentos e tentativas de me tirar de perto de si com a pata, consigo escalar até a frente de seu corpo, vingadora quase cai, mas consigo segurar , quando estou em seu peito, aponto minha espada e com ela perfuro seu coração, fazendo com que ele comece a se desintegrar, caiu de costas no chão e dou graças a Caos por estar de armadura, Percy vem ate mim preocupado e me estende a mão, me levanto e assim que estou de pé vejo todos nos olhando.
Que inconveniente.
-- Acho que nos precisamos conversar seriamente. - fala Jason com uma expressão seria.

Gente, desculpas pelos erros, e essa semana tem mas cap.

Os Filhos De Caos.(Percy Jackson)Where stories live. Discover now