Capítulo 7

24.7K 1.7K 825
                                    

Minutos depois

- Nicolas meu prédio era naquela rua. - Falo cruzando os braços.

- Eu sei... - Ele diz sorrindo.

- Então faça o retorno. - Falei apontando para onde ele devia fazer o retorno. Ele riu  - Nicolas, se tá pensando em me sequestrar saiba que não vai receber dinheiro de resgate e vo...- Ele começar ri descontroladamente me interrompendo.

- Sophia, você não existe! - disse ainda aos risos. - Vou te levar para comer algo, marrenta.- diz se recompondo da crise de risos.

- Ah. - É o que consigo falar, não por causa que eu estava admiran..olhando o jeito que ele sorri, parece uma criança que acabara de sofrer um ataque de cócegas, pigarreio, internamente, e sim porque eu estava realmente com fome.

A ida até ao restaurante foi bem rápida. Toda hora que Nicolas lembrava da minha teoria que ele iria me sequestrar desatava em uma torrente de gargalhadas. Não tive problema em ouvi-las...

Chegamos em um restaurante modesto e com aquele ar aconchegante que eu sentia no restaurante do bairro onde eu morava no Brasil. Não havia muitas pessoas e perpetuava uma música ambiente bem agradável e calma. E só agora que sinto o cheiro maravilhoso de comida desse lugar que ouço minha barriga roncar. 

- O que irão pedir? - Um garçom pergunta logo quando nos acomodamos em nas cadeiras de uma mesa que fica um pouco no centro. 

- Eu quero essa torta de chocolate com calda de...- sou interrompida. Porque todos amam me interromper?

- Ela irá querer um prato com legumes, arroz, feijão e carne de churrasco, trás o mesmo para mim - Nicolas fala sério.

O fuzilo com o olhar e ele ri jogando a cabeça para trás.

- Você acha mesmo que vou deixar você comer besteiras ? - Fala bem sério.

- Acho! Eu que mando em mim, se não me falha a memória. - falo cruzando os braços.

E como se era de esperar veio o prato que ele pediu para mim, e o agradeço internamente por ter pedido esse prato ao invés do meu, porque minha barriga voltou a roncar quando ele chegou. Impossível alguém não ficar com água na boca olhando pra isso. 

Comemos em silêncio e quando acabamos ele consertou a coluna e abriu e fechou a boca umas três vezes parecendo querer dizer algo. Até que pede licença, se levanta e vai até o caixa pagar a conta. Demora uns cinco minutos e volta com a expressão mais revigorada e encorajada.

- Quer dar um passeio na Praça? - Ele me pergunta pondo a mãos no bolso e olhando para baixo.

- Tá bem, mas não posso demorar - Falo e ele logo em seguida dá um sorriso.

Perto do restaurante tem uma pracinha e começamos a caminhar por ela. E logo se instalou aquele silêncio que incomoda, então fiz a gentileza de quebrá-lo.

- Então...- Fixei meu olhar em algo aleatório. - er.. obrigada, pelo o que fez por mim hoje - digo corando na hora, mas está de noite, e dou graças por ele não me enxergar bem, já que só tem alguns postes na praça para clarear noite.

- Foi um prazer - O vejo dar um sorriso largo. O que me fez sorrir também.

Um silêncio constrangedor se instala de novo no ar. Até que vejo Nicolas estendendo sua mão para eu a segurar.

- Me daria a honra de uma dança com a bela lady? - Diz com um sorriso brincalhão no rosto.

- Irei pensar no seu caso, jovem camponês. - Entrei na brincadeira. - Já está tarde, plebeu. Me leve para o meu Castelo.- Sei que foi ridículo, mas eu não resisto quando começam a brincar de época medieval. Digo e me viro em direção ao carro, até que sinto ele puxar minha mão, fazendo com que eu colida com ele. Quando senti o seu corpo levo uma onda de choques, e coro como consequência, meu coração erra uma batida e no mesmo tempo sinto sua respiração ofegante.

Não Existe Acaso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora