Vai chover,
Chuva que despencou pesada
Chuva, relâmpago,
Alma presa calada, olhando pela janela
Parada, sem graça, sem expectativa ou percepção
Adentra meio e razão, sem entender nada
Vendo a chuva gaguejar,
Até conseguir gritar, entre trovão e trovoada
A mente anseia agitada
Rosto cansado, debruçado na escrivaninha
O coração perplexo transforma as gotas em tristes recordações
O corpo sem vez, não obedece, não reconhece
Sede a vez
E o vento, respira,
Brisa leve que transpira
No seu rosto outra vez
Alma historiadora, singular
Desbrava o medo, tira o fôlego
Rouba o ar
Tão perdida, e sem rumo
Em busca de encantos que sumiram
Inocente, mirando a vista
Não se deu conta que todos partiram
Muito bem, que importa?
Que não lhe falte amor
Que Deus lhe ensinou a dar
E sonha a mente, que se vê fora de casa
Subindo a colina, correndo, pulando
Voando como águia
Encontrando o sucesso, a chance esperada
O sol esplêndido, a paz da madrugada
Alivio a mente encontra numa razão despedaçada
Rosto, olhos na imensidão
Que procuram solução
Ou talvez apenas,
Espera e planeja
Que a chuva permaneça,
Para adormecer de vez no tempo sem cor
E no embalo da dor
Corpo em pé
Os pés fixos enraizados
Num chão que pode não durar
Com alma, coração e mente sustentados
Quase sem conseguir segurar
Sofre o corpo, ferido e exausto
Parado, ignorando tudo,
Para não correr o risco de chorar.
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Relatos do meu subconsciente
PoetryUm tanto quanto delicadamente apresento-lhe poesias transparentes e textos do âmago do meu ser. Seja bem vindo(a) aos Relatos do meu subconsciente consciente.