Keep On Dreaming, Don't Stop Breathing

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Louis segura a mão de Harry firmemente contra a sua, olhando rapidamente em volta. Ele não queria, mas está com medo. Troy entrou em contato com eles e marcou de encontra-los nesse bar, e não houve ameaças, mas houve até mesmo uma promessa de que isso não é uma emboscada – e isso é o que mais lhe dá medo.

Ele não disse o motivo desse encontro, apenas que era algo que os interessaria. Harry não respondeu de imediato, na verdade ele ficou parado olhando para o nada com o celular ainda em sua mão, e então Louis o pegou dele. Ele também não soube o que dizer, mas finalizou a chamada dizendo que o retornaria. E agora eles estão ali.

Mas eles não são bobos, eles estão preparados se isso for uma emboscada. Debaixo de seus casacos grossos há o colete a prova de balas e pistolas no cós de seus jeans. E dessa vez Louis está aqui, e Harry não está de acordo com isso, mas ele não liga. Ele não confia em Troy e não seria Harry quem o iria impedir de algo.

Louis olha ao redor, o local cheio de mulheres seminuas dançando sobre os palcos com barras e andando ao redor, homens que variam de meia idade a universitários. Não é seu local favorito a vir com Harry, e o mesmo também não parece muito feliz com isso, mas é o que eles têm que fazer e controlar os ciúmes que eles sentem agora. Eles logo localizam Troy, sentado numa mesa num canto com os mesmos dois homens alto que estavam com ele no sequestro de Louis e uma mulher em seu colo.

Sem uma palavra eles se aproximam e se sentam, trocando breves acenos e esperam Troy se pronunciar, tensos em suas cadeiras, prontos para qualquer movimento errado.

- Olá rapazes. – Troy os cumprimenta, dando um tapinha na mulher sentada sobre si, dispensando-a, e quando ele está longe o suficiente, ele volta a falar. – Fico feliz que vieram.

Louis encara Troy – seu pai. Ele não o viu desde o sequestro, e a ideia de ele ser seu pai ainda não se fixou para si, e nem irá. Ele não consegue associar o homem a sua frente, que nos últimos meses transformou sua vida num inferno sem muito esforço, como o homem que é seu pai biológico. Felizmente sua mãe fugiu dele, e Louis é grato a Des por ter a ajudado, mesmo que seus interesses fossem totalmente errados, porque Louis não poderia imaginar a si mesmo hoje se fosse criado sob a custódia desse homem – pela primeira vez ele considera o fato de que se ele fosse criado por Troy, hoje ele poderia ser inimigo de Harry, pegando as dores de seu pai traído e indo atrás de vingança, e ele não suporta nem considerar uma realidade onde ele e Harry não sejam o que eles são agora.

- Vá direto ao ponto. – Zayn responde, seco.

- Impaciente, não? Assim como Yaser, devo acrescentar. – Troy diz, seu sotaque menos forte, sinalizando para um garçom e perdendo o modo que os olhos de Zayn brilham com raiva. – Mas não tenhamos pressa, o tempo está sempre ao favor dos espertos, certo?

Troy ri, tomando um gole de seu conhaque enquanto seus olhos passam demoradamente por cada um dos cinco homens na mesa. Louis se senta tenso quando ele olha para Harry, que segura seu olhar, seus olhos sem deixar transparecer nada, e logo ele leva sua mão até a coxa dele, apertando-a, tocando-o, como que para mostrar a si mesmo que ele está ali e faria tudo. Por fim, Troy desvia-se para Louis, o último deles sentado à sua frente. Eles não têm nada em comum, e Louis é totalmente satisfeito por ter herdado muito mais características de sua mãe. Mas enquanto eles se encaram, os olhos azuis quase idênticos, não há dúvidas que pai e filho estão em situações opostas, e o grau de parentesco não tem qualquer influência nisso.

O garçom chega e colocam sobre a mesa uma bandeja de bebidas variadas, e Louis desvia seu olhar, levando suas mãos e pegando o primeiro copo de bebida que ele tem acesso, sendo seguido pelos outros. Nenhum deles irá beber, obviamente.

Poison • l.s. au!criminalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora