A Torre do Dragão

O Rio Sagrado

Edwan ficou espantadíssimo com o tamanho de Garengard. Após ele ter entrado em Garengard os guardas das torres e dos portões estavam igualmente espantados com a sua presença.

À noite Edwan ficara num quarto junto aos quartos reais e quase tão bom como estes.

Durante três dias o passatempo do príncipe Edwan e da princesa Elen foi conversar. Andavam todo o tempo juntos a conversar. Kongrad via ali uma possível relação amorosa. Asengrad, que no início andava desconfiado, depressa esqueceu o caso, pois estava mais interessado nas explorações ao desconhecido.

Kongrad organizou mais uma reunião em volta da famosa mesa redonda. Estavam presentes Artharon, o príncipe Asengrad e Isendor. Edwan também foi convidado.

− As próximas explorações destinam-se a seguir o rio no sentido contrário ao da corrente, ou seja, no sentido inverso à Floresta Negra. − Anunciou o rei.

− Era interessante encontrar mais um reino como Arphor ou Garengard. − Opinou o jovem Edwan.

− Ou como o Reino do Gelo. − Acrescentou Artharon olhando para a mesa.

− Tu que vieste de tão longe não viste nenhum outro reino se não os de Garengard e de Arphor? − Perguntou Asengrad.

− Conheço apenas locais onde habitam outros seres que não são homens.

− Que seres são esses? − Questionou Asengrad.

− Uns, vocês já conhecem, os Doomtaurus. Existem também numa planície seres altos e verdes como os Doomtaurus, ou talvez até maiores, conhecidos por Ogres. O nome dado à planície é "Planície dos Ogres". Existem também outros seres que vivem numa floresta relativamente perto do meu antigo reino. São os Elfos. São seres que possuem uma grande inteligência, tal como nós homens. São em tudo muito parecidos connosco.

− Podem então vir a ser nossos aliados! − Exclamou Kongrad.

− Acho impossível. − Negou Artharon. − Apesar de serem seres de bem e que vivem em paz, os Elfos são seres místicos muito poderosos e utilizam uma linguagem completamente incompreensível o que nos impede de comunicarmos com eles.

− Lá por não sabermos falar élfico, isso não nos impede uma comunicação por gestos. − Insistia Kongrad.

− Continuo a achar impossível. Os Elfos defendem a sua floresta melhor do que alguém possa defender o seu reino. Ninguém se consegue aproximar o suficiente deles. Foi já uma sorte ter conseguido ver a cara de um deles.

− Pensaremos nisso depois. − Concluiu Kongrad. − Amanhã partiremos para as novas explorações.

− Eu irei não é verdade? − Perguntou Asengrad.

− Todos os presentes nesta sala irão, incluindo eu.

− Mas e então a Elen? − Perguntou Asengrad, lembrando-se de que seu pai tinha dito que ia ficar com ela da próxima vez que fossem a uma exploração.

Esta questão chamou também a atenção de Edwan.

− A minha filha compreenderá.

− Eu posso ficar com ela. − Sugeriu Edwan.

− Não. − Negou Kongrad. − Tu virás connosco. Agora vai com Isendor anunciar esta decisão aos outros.

Elen ia a sair do quarto quando Edwan e Isendor iam a passar. O olhar de Edwan não agradou à Elen. Esta foi ter com seu pai que estava ainda na sala de reuniões. Pelo caminho cruzou-se com seu irmão e com Artharon. Ao chegar à sala perguntou ao seu pai: