Cap. 8 - Saudades

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_Violet_

  Acordei um pouco cedo e Chad já havia acordado. Desci as escadas e fui para a cozinha e ele estava fazendo panquecas, olhei para ele e ri, ele estava com um avental rosa e florido.

Chad - Bom dia - ele me olha e sorri

Eu - Bom dia - e retribuo o sorriso. Ele coloca as panquecas em um prato e as coloca em cima da bancada na minha frente e vai até o armário pegar calda de caramelo - Tá com uma cara mt boa... Agora só falta saber se o sabor é compatível - falo irônica e começo a rir

Chad - Ok então, vejamos se você aprova - ele cortou um pedaço e colocou na minha boca. Realmente... Estava a melhor coisa do mundo, há um bom tempo que não uma coisa tão boa.

Eu - Até que dá pro gasto - e ambos começamos a rir. Meu celular tocou e por algum motivo estava na mesa de centro da sala. Fui até ele e atendi - Alô, quem é? - o telefone fica mudo por alguns segundos, ouço apenas um chiado - Alô?!

Xx - É sério isso? - ouço uma voz rouca

Eu - Quem é?

Xx - Não acredito que prefere ficar com quem quase te matou do que com matou para te proteger... - "Charles..." pensei, não sei o que dizer... - Por quê? - lágrimas começam a rolar pelo meu rosto - Quando você mais precisou, quando seu pai quase te matou, foi pra ele que você ligou e ele foi correndo até você só para te proteger?! Aaah não... É verdade... Eles estava ocupado de mais tirando o SEU sangue das roupas dele, tinha me esquecido - eu estava chorando cada vez mais com cada palavra dele

Eu - JÁ CHEGA!! - ele para de falar e o chiado volta - Você acha mesmo, que depois daquilo você fez, pode simplesmente agir como se nada tivesse acontecido?!

Charles - Não, mas é a mesma coisa que você está fazendo. Ele te torturou junto com os amiguinhos dele e você está agindo como se ele não tivesse feito nada com você... - ele desliga o telefone. Sinto um enorme aperto no coração. Chad vem até minha e me abraça.

Chad - Quem era? - Charles tem razão... Ele esteve comigo quando eu mais precisei, não me deixou sozinha. Chad me torturou e eu estou agindo como se nada tivesse acontecido... - Hey, você tá bem? - eu me afasto dele e vou correndo para o quarto pegar minhas roupas, às visto e vou correndo para a porta para sair dali até que ele me segura pelo braço quando estou quase saindo - Aonde vai? O que aconteceu?!

Eu - Lugar nenhum - abro a porta e saio. Não sei para onde vou.

_Charles_

  "Depois de tudo que eu fiz por ela... Ela ainda tem coragem de fazer isso..."  me deito no colchão e começo a pensar em todas as coisas que já aconteceram comigo. Fico deitado por 1 ou 2 horas. Me levanto e saio da cabana. Chego em casa e meu pai não está, então vou para o meu quarto e troco de roupa para ir à alguma lanchonete comer alguma coisa

_Violet_

  Estou literalmente andando por quase toda a cidade enquanto mil pensamentos passam por minha cabeça e não me deixam em paz. Eu queria ver Charles e tentar entender porque ele age assim, mas estou com medo de mais para isso. Está muito tarde, e eu não tenho onde ficar. Queria conversar com Liza para saber o que eu deveria fazer. Pego um dinheiro que estava juntando e vou para um hotel bem barato e passo a noite lá

_Charles_

  Não sabia para onde ir e muito menos o que fazer. Estou sem fome então volto para casa e subo para o meu quarto. Ligo a teve e coloco em um canal qualquer, mas logo pego no sono e tenho o mesmo sonho

"estou dentro de uma casa fria e escura, mas não estou com medo. Ouço choros vindos do quarto, e tudo começa a se repetir. Vou correndo para impedir o que está prestes a acontecer comigo quando tinha oito anos, mas chego tarde como sempre, já está feito, nada pode mudar. Mas não acabou alí como de costume. No canto do quarto, atrás da porta, havia uma menina com a cabeça encaixada nos joelhos, tinha cabelos negros e ondulados. Tudo ficou escuro, agora havia apenas eu e ela, que agora está em pé bem na minha frente e estende a mão para mim. Eu seguro em sua mão e ela se vira de costas ainda segurando em minha mão e começa a me guiar. Ela Fica mais alta a cada 4 passos, fica cada vez mais magra e com os passos cada vez mais tímido. Ela me leva até uma arvore, a mesma que a minha se matou. Ela solta a minha mão e começa a andar para o outro lado, corro até ela e seguro seu braço

Strange Love - A Suicida E O PsicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora