Emma

3 0 0
                                    

Não tem aquela garota que é trouxa em qualquer que seja o momento e nem percebe que está dando em cima de alguém falando que o sorriso é lindo? Então, está sou eu. Não sou popular, nem excluída, estou... sabe? Meio termo. Falo com absolutamente todo mundo e não tenho vergonha de quase nada, tipo, literalmente quase nada, só às vezes de falar em público. Para verem o nível da loucura, eu já liguei para um garoto de quem eu gosta e o chamei de gostoso, logo depois desliguei. Quem nunca fez algo parecido com isso?

Eu sei que não pendo duas vezes antes de agir, mas é aquele ditado... vamos fazer o que? Muitos dizem ( principalmente amigos próximos) que se eu não pagar vergonha, não sou eu.

Eu sou do tipo que sai gostando de qualquer um, mas no momento estou gostando apenas de três garotos. "Porra! Três garotos?". Eu sei mas eles são os mais gatos da escola. Max Patel, Mike Parsons e, é claro, Noah Baron.

Odeio a escola e ainda tenho que ficar presa nesse inferno seis horas por dia, cinco dias da semana e as merdas dos professores mandam deveres pra caramba. E é onde estou. Na escola, fazendo presença e pensando no que levar para a casa de verão da Jenny, porque graças à Deus é o último dia letivo do ano e vou amanhã cedo sair da loucura que está lá em casa e vou ficar na casa da minha melhor amiga Jenny e suas família nada problemática. Eles tem seus problemas mas são, pelo menos, normais. Vou ficar na piscina e comendo só coisa boa... melhora muito minha vida. Livre para fazer o que me vem à telha.

- Senhorita Allen, estou atrapalhando seu sonho?- A merda da professora de redação chamou minha atenção.

- Na verdade, você atrapalha meus sonhos todos os dias e ainda tenho que ver essa sua cara de cu três vezes por semana, sessenta e seis vezes por ano, tirando quando te vejo pelo corredor.- Murmurei com cara de sono, e detalhe, Max é da minha sala.

- O que? Fora de sala agora!- A senhora Maria ficou tão puta que ficou cor de lava fervente.

- Com prazer!- Levantei e fui até a porta, a abri e falei.- Ah! Quase esquecendo... vai tomar no olho obscuro do seu cu cabeludo sua velha rabugenta do caralho! Tchau pessoal!- E fui desfilando para a coordenação.
Eu simplesmente cheguei lá e falei “ Oi! Eu mandei Maria tomar no cu pela segunda vez”, ele me olhou e falou.
       – Não estou surpreso. Já esperava isso de você, ainda mais no último dia de aula.– Eu me sentei e olhei para ele com cara de tanto faz.
       – Qual o castigo chef?– Eu me acomodei na poltrona e olhei para o teto azul bebê.
      – O castigo é ficar duas horas depois da aula olhando para cara da Professora Maria Rosa.– Eu olhei para ele com um sorriso sarcástico.
       – Sabe que se ela me irritar e vai, eu vou mandar ela para muitos lugares. E ela vai acabar tendo um infarto ou trauma de mim, sabe disso, né?– Ele me olhou sério.
       - Esse é o castigo, ficar duas horas de férias na escola e olhando aquela mulher.
       - O castigo é meu ou dela?
       - Pode ir Emma! Fique fora de sala até a próxima aula, pelo bem da Senhora Maria.- Eu levantei e fui até a porta.
       - Vou ficar longe dela pelo meu bem, mas depois tenho que ficar com ela durante duas horas. Se eu ficar por duas horas eu provavelmente estarei morta.- E depois bati a porta.
       Eu coloquei o fone e peguei o celular, fiquei observando as músicas que eu tinha.
       Porra! Eu só tinha música bosta.
       Até eu encontrar uma música que não ouvia a anos e que eu amava muito. Amo “Firestone” do Kygo.
       Andei pelo corredor e, sem querer já querendo, esbarrei no Mike. Ai! Aquele garoto com cabelos escuros, pele bronzeada, com aquele corpaço, e os olhos verdes seduzentes. Sou apaixonada.
       - Me desculpe! Você está bem?- Eu nem tinha caído e ele se preocupou. Que fofo!
       - Estou bem melhor agora. Você é lindo.- Sou bem direta, falo na cara.
       - Ok! Valeu!- Eu fiquei até de boquiaberta.
       - Hhhhh... Tá! Tchau!- Fui andando e ele ia me seguir mas alguém o chamou e ele foi.
        Fiquei puta? Claro que fiquei puta, queria que ele me agarrasse me desse aquele beijo. Mas é aquele ditado, “Fazer o quê?”. Então quando fui fazer algo interessante, como ir ao banheiro, toca o caralho do sinal. Muito show! Aula de Inglês, filminho e pipoca, porque a professora só faz isso, ou filme ou filme.
        Entrei na sala e vi a minha amiga Jenny no meu lugar, já paquerando o Jony, que ridícula. Ainda por cima me mandou sentar no lugar dela que por coincidência era na frente de Max. Eu estava tipo foda-se pra vida, até.
        - Emma, você fez um favor por todos nós em mandar a Maria tomar no cu.- Ele meio que sussurrou na minha orelha e, eu claro, fiquei vermelha e virei para trás, tão rapidamente que nossos narizes se bateram e nossos lábios quase se encostaram. Aposto que a Alice, a piranha que rouba minhas paqueras, morreu de ciúme.
         - Eu sei.- Ele me olhou e eu, com certeza estava focada nos olhos azuis dele. Quem não estaria? Ele meio que te beija somente com o olhar. Imagina a sensação de beijar ele, deve ser orgasmático.
        - Você tem uma chance de perguntar uma única coisa para mim e eu serei muito sincero. Vai! Pergunta sua maior dúvida.- Mas que porra de caralho é esse, uma chance em um milhão. Eu pensei por um minuto e...
        - Você é gay?- Dei um sorriso sarcástico.
        - Sério Emma? Que merda de pergunta é essa!- Ele deu um sorriso sarcástico de quebrar corações .
        - Só responde.
        - Sim, claro!- Ele sorriu- Não, não sou.- ele deu duas piscadas sarcásticas.
        - Tem certeza?- Ele me olhou com um olhar que me derreteu e ele segurou meu pescoço e se inclinou para me beijar. Quando estávamos quase no finalmente, os lábios um centímetro longe um do outro.
        - Ainda acha que sou gay?.- Ele foi se afastando e me olhou com um olhar sarcástico.
        - Eu teria certeza se você fosse até o final.- Porra fiquei puta e sem graça ao mesmo tempo. Por um lado ele quase me beijou e por outro ele não me beijou, meio termo da porra. Ok, né.
        Jenny chegou e falou.
        - Beca chegou, vai para o seu lugar.- Ela meio que me expulsou dali. Eu como boa amiga sai e fui para o lugar, e claro que trocando vários olhares com Max.
        A aula finalmente acabou e eu fui forçada a ir para a detenção, mas eu ia escapar. Entre e vi a Senhora Maria já com a cara de cu de costume. Dei uma breve olhada na sala e vi o delinquente  do Noah. Eu tive a cara de pau de sentar no lado dele.
        Depois de uns trinta minutos a Senhora Maria estava dormindo e todos na sala planejando fugir, principalmente eu. A porta era foda porque fazia um barulho muito alto e Maria tinha um sono leve. Eu fui falar com o especialista em fuga Noah Baron.
         - Noah, você sabe um modo de fugir desse inferno?- Eu troquei de lugar e sentei na frente dele.
         - Óbvio Em.- Nós éramos colegas.- Vamos sair em cinco minutos quando a coordenação inteira está almoçando, ninguém passa pelo corredor. Vamos sair pela última janela que é grande.
         - É melhor ir agora devagar.
         - Vamos!- Ele foi na frente, abriu a janela com cautela e pulou.
         - Eu tenho osso, sabia?- Porra ele parece um ninja com parkour .
         - Pula e eu te pego. Confia em mim!- Como não me apaixonar.
         Eu atravessei a janela e pulei no colo dele. Ele me pegou de mau jeito e caímos. Eu em cima e ele em baixo. Nós nos olhamos e depois percebemos que fizemos barulho. Levantamos e corremos. Depois de passar pela porta principal seguimos caminhos diferentes.
          - Valeu, Noah!- Gritei e ele fez um sinal de ok com a mão.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Sep 05, 2018 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

HurricaneWhere stories live. Discover now