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Lilly com Dezenove anos e quatro meses....

O barulho incessante do celular despertou Lilly. Levaram uns bons segundos para ela perceber do que se tratava. Revirou-se na cama, esticou o braço e apalpou a mesinha de cabeceira guiada pela luz vibrante de seu celular.

02:58 Ethan

Deus! O Big a esta hora? ... só pode estar bêbado em uma das festas pós show de sua Banda! Pensou ela, ignorando a ligação e voltando a se ajeitar na cama.

Na terceira vez que o telefone voltou a tocar, resolveu atender. Não conseguiria voltar a dormir mesmo. Pelo menos não com o último Hit do ULTIMATE BET bombando em seu ouvido. Seu melhor amigo era um cara insistente.

"Eu te mato Ethan" Grunhiu

" É a Penne! " A tensão na voz grossa, fez seu sangue congelar. Sentou-se na cama ligando o abajur.

Lilly respirou fundo " O que foi? Aonde vocês estão? "

Um longo suspiro do outro lado da linha. "Mesma história de Nova York. " Que merda pensou ela. Isso tinha que parar 'Miami. Estamos em Miami. "

"Estou indo para o Aeroporto. Me passe tudo por texto Ok. "

"Obrigado. Eu ... ela conhece ela. "

"Eu sei ... eu sei...Ethan preciso de você calmo OK. Já já estou aí. "

Lilly nem se preocupou em pegar nada. Vestiu um jeans, uma camiseta básica, branca e a jaqueta de couro que estavam jogados sobre uma cadeira em seu quarto. Enquanto pulava, lutando para vestir um par de All Stars verde exército, mandou um texto para seu agente.

" Fred...Tive uma emergência. Estarei em Miami não sei quando volto. As telas para a galeria de Paris estão em meu ateliê. Xoxo "

De seu quarto na casa dos pais, em Los Angeles, á recepção do Jackson Memorial Hospital em Miami, ela levou seis horas e dezenove minutos.

Apoiada no balcão, tocou o celular e checou no nome falso, que usaram para internar para Penne. "Olá procuro pela paciente Ruby Taylor"

A enfermeira olhou para Lilly de cima a baixo. Focou a atenção em um aglomerado de fotógrafos e jornalistas. Franziu a sobrancelha e voltou a olhar no computador ignorando-a.

" Hey! Não sou repórter. Lilly Emanuelle Peterson" Disse firme. Fuçou na bolsa e entregou seu cartão do seguro social "Amiga de infância. "

"Que seja. " A mulher bufou e mexeu no computador " Quarto 315. " Informou em um sussurro. " Tem dois cães de guarda na porta. Não vão te deixar passar se for da imprensa. "

Lilly controlou o impulso de revirar os olhos, pegou seu documento, grudou a etiqueta com identificação em sua jaqueta, e correu para o elevador.

Achou o quarto de primeira, no longo e esverdeado corredor. Os dois caras enormes, sentados em cadeiras colocadas ao lado da porta, chamavam atenção.

" Oi sou amiga da Penne, o Ethan me chamou. Posso entrar? "

"Lilly né? "

" Eu mesma"

O Cara maior de cabelos pretos pela cintura, que se chamava Derek, abriu a porta e ela entrou devagarinho.

A luz do começo da manhã, passava pela persiana, iluminando o quarto. Um Bip suave e uma linha verde em movimento no monitor, mostravam que a loira com mechas rosadas, estava viva e dormindo. O coração apertado de Lilly, aliviou um pouco. Fora alguns eletrodos presos sob a bata do hospital e um IV perfurando a veia de sua mão, ela parecia bem e tranquila.