Estava alimentando as galinhas, bem apressada, porque queria tomar banho antes do Jonatas vir almoçar. Mas fui surpreendida com ele nas minhas costas me abraçando. Fiquei um pouco dura, porque eu estava numa posição bem comprometedora.

Senti a "ferramenta" dele na minha bunda e fiquei tensa, excitada e muito envergonhada. Ele me puxou para um beijo e me prendeu contra a parede do chiqueiro.



Beijou meu pescoço, suas mãos agarraram minha bunda. Fiquei sem ar. Nos últimos dias ele tinha estado muito... Levado.

— Jonatas, eu disse pra você que a gente não tem que esperá. Mas assim e aqui não.

Ele se recompôs.

— Claro que assim não, nem aqui, desculpa, você me deixa louco, vamos esperar sim, só falta um mês pro nosso casamento, você merece todo o respeito. Ainda mais...

Já sabendo onde aquela conversa iria dar, o interrompi. — Vamo.

Eu sorri para tranquiliza-lo, segurei em sua mão e fomos para dentro.

Tomei um banho, no banheiro, mas costumava tomar de mangueira mesmo no quintal, só que, como Jonatas estava, não o queria provocar. Depois fui ajudar minha mãe a servir o almoço.

Na nossa casa, éramos, eu, meu pai, minha mãe e meu irmão de 10 anos. Era tudo muito simples, pra não dizer pobre mesmo, e só havia dois quartos, que eu dividia com meu irmão. Mas, um terceiro estava sendo construído e quase pronto, para eu e Jonatas quando nos casássemos.

Minha família era tudo que eu tinha de mais precioso. Me emocionava só de pensar neles. Em tudo que eles tinham feito por mim e depois por Alê. Meus pais eram como o amanhecer de esperança depois de uma noite escura e sem brilho. Eram meus heróis.

— Eu não gosto de você — meu irmão soltou essa pérola para o meu noivo.

— Alessandro! — meu pai o repreendeu.

— Mas por que meu amor? — minha mãe perguntou, sempre mais paciente e carinhosa.

— Minha irmã fica muito menininha quando ele está — todos riram. Mas era verdade. Não sei o que acontecia quando Jonatas estava, mas eu ficava tímida, não costumava ser assim.

E meu irmão sentia falta de nossas molecagens; subir em árvores, tomar banho de mangueira na rua, fazer casa de árvores, nadar no riacho. Há quase um ano que eu namorava com Jonatas e meu irmão sentia ciúmes, porque o tempo que eu tinha livre dedicava a ele.

— Peça desculpa ao rapaz — meu pai ordenou e Alê saiu correndo. Meu pai era rigoroso, mas era o melhor pai do mundo. Às vezes ele queria se fazer passar por mais rigoroso do que aquilo que era. Mas eu sabia que aquilo era tudo uma capa. Ninguém melhor do que eu conhecia o coração de ouro que aquele homem possuía.

— Deixa ele, gente — falei —, ele só tá com ciúme. Vo atrás dele.

— Vai lá amor — meu namorado me apoiou. Eu sorri para ele, adorava seu caráter, ele tentava fazer sempre o correto. Fui atrás do meu irmão, sabia bem onde ele estava.

Alê estava em cima da nossa casa de árvore. Subi.

— Vai com seu noivo, vai.

— Ai Alê, desse jeito você me dexa triste — ele fez bico. — Você sempre vai sê meu preferido. Você é meu irmãozinho.

— Você nem brinca mais comigo, parece uma garota agora — ri.

— Mas eu sô uma garota, as veis pode não parecê, mas sô.

— Você sabe o que quero dizer. E eu já te ensinei, Camila, é as vezes — fiz uma continência para meu irmão general/professor.

Ao contrário de mim, Alê estudava. Mas com ele as coisas tinham sido diferentes...

— O que acha da gente i no riacho tomá um bain? — ele ficou pensativo. — Vou chegá primeiro que você. — Desci da árvore com um pulo e corri pra onde estavam nossas bicicletas. Um minuto depois ele já estava subindo na dele.

A gente nadava no riacho, ele já fazia parte das terras do senhor Dantas, mas ele não se importava. Eu estava só de calcinha e sutiã, era mais fácil para nadar. Meu irmão fez questão de mostrar que nada mais rápido, mas também, magricela do jeito que era.

Ele, de repente, desapareceu no meio da água, ele costumava fazer sempre isso, depois aparecia do outro lado.

Nadei mais um pouco e depois saí.

— Vamo Alê, tenho muito serviço — gritei.

Quando estava caminhando sobre as pedras para buscar minha roupa, bati de frente com um peito poderoso.

Olhei para cima e encontrei o azul de seu olhar. Ele estava me olhando de um jeito... não do mesmo jeito que me olhou quando me viu na cidade, ali, apesar de impassível, dava para sentir a hostilidade, agora, apesar da ainda impassividade, dava para sentir o desejo, eu conseguia ver isso até num homem que tentasse disfarçá-lo. Era uma defesa.

Ele segurou em minhas costas e me pressionou contra ele. Pude sentir sua rigidez contra minha barriga e tentei me afastar, mas ele me segurou forte.

— Me solta.

— Não é isso que quer, senão não teria vindo pra cá me provocar.

— Você é loco, não vim aqui te provocá e sim nadá.

— Essas terras são do meu avô.

— Ele dexa... — Me lembrei do meu irmão que não saiu da água e não parei de olhar para lá.

— Seu noivinho estava aí com você? — Hmm! Ele pensava que eu estava com meu noivo na água. E como ele sabia que eu tinha um noivo? Talvez seu avô. — Você venceu, não é o tipo de mulher com quem costumo... Mas vou abrir uma excessão pra você.

— Não tô intendeno.

— Vou te dar uma chance. Mas só uma noite. Como eu disse, você não faz meu tipo.

Eu compro (Disponível até 29/05)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora