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Isabelly

Eu acordei no meio da madrugada quando senti minha cama molhar, minha barriga doía e eu sentia fortes pontadas na barriga, gritei por ajuda e minha mãe e a dora logo correram.

- Mana, é agora? — eu assenti cerrando os punhos contra a dor.

- É AGORA! — minha mãe gritou e as mesmas me levaram até a sala, a dora veio com a bolsa do Lucas junto da minha e então chamou um táxi pelo telefone, já que o uber poderia demorar alguns minutos.

Dei entrada no hospital exatamente às quatro e quarenta da manhã, fui levada para uma sala onde a médica observou minha dilatação, e então ela sorriu.

- Tão rápido assim? É agora, mamãe. — ela me olhou e sorriu, eu apenas forcei um sorriso e então ela me levou novamente para o corredor, assim que passei pelo corredor ele estava lá, correu em minha direção e então segurou minha mão.

- Senhor, não temos tempo para isso, precisamos ir para a sala de parto. — a enfermeira falou.

- E..le é o pai. — eu falei com os olhos fechados e então ela concordou pedindo que ele fosse vestir as roupas adequadas, não pude ver sua reação, mas sei o quanto ele ficou surpreso.

Ela me colocou sentada numa cadeira mega desconfortável, onde eu tinha a impressão que até minha alma a médica estava vendo, ela me pedia para fazer força e quanto mais eu tentava, parecia que minhas forças acabavam.

- Você consegue, meu bem. Pelo Lucas, vamos? — eu assenti e continuei a forçar.

- De novo! — a médica pediu e eu fiz.

- Eu não vou conseguir, tá muito difícil. — eu gritava enquanto chorava de dor, eu sentia minha pele rasgar lentamente.

- Seu bebê tá vindo, força!

E então eu ouvi o choro do meu príncipe, naquele momento, só existia eu e ele, o mundo havia sido paralisado, toda dor havia ido embora e eu só conseguia me sentir maravilhada ao ouvir o mesmo chorar. A médica me entregou o mesmo, todo cheio de sangue e restos da placenta, mas que ainda sim era a coisa mais linda que eu vi em toda a minha vida, eu beijei sua testa e em seguida o Samuel fez o mesmo. A enfermeira o pegou para limpa-lo e eu já tive vontade de chorar, queria o meu pequeno comigo, sem nenhum intervalo.

Rápido ela voltou, ele estava vestido com a roupinha que minha mãe havia escolhido, e o mesmo dormia tranquilamente. Eu olhei o Samuel que parecia hipnotizado o olhando e então toquei seu rosto, ele sorriu e selou nossos lábios.

- Agora vamos ter que levá-lo para sala dos bebês para que você fique pronta para as visitas e para amamentar seu bebê, tudo bem? — a enfermeira falou e eu assenti.

- E ah, pode vir junto, papai. — o Samuel me olhou e eu assenti, ele deu um sorriso de orelha a orelha e então a seguiu.

Eu ainda sentia dor, ainda estava inchada. Mas não conseguia acreditar naquilo que estava acontecendo, era tudo muito lindo e mágico. As enfermeiras me ajudaram a trocar de roupa e então me deixaram deitada, logo o Samuel entrou.

- Porra Isa.. ele é lindo, ele é muito lindo. Eu tô completamente apaixonado por esse garoto. — ele sentou na poltrona do acompanhante e segurou a minha mão.

- Eu sei, meu amor. Ele é perfeito, o meu principezinho, isso tudo tá sendo mágico, nem tive a capacidade de sonhar com isso, é muito mais do que eu pude sonhar. — ele ia responder e foi interrompido pela porta sendo aberta e a enfermeira entrar com um bercinho onde estava meu pacotinho.

- Licença, papais. Trouxe o garotão para passar um tempo com a mamãe e conhecer o leite dela, mais tarde venho buscar ele e o pai para fazer os exames do pézinho, da mãozinha e afins. Como você não pode ir, Isabelly, vou trazer a certidão para você aqui. — eu assenti.

Eu o peguei no colo e o mesmo ainda dormia tranquilamente como um anjo.

Abaixei a alça do vestido e então o coloquei perto do peito, não sabia o que eu estava fazendo, mas parece que ele sabia o que fazer

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Abaixei a alça do vestido e então o coloquei perto do peito, não sabia o que eu estava fazendo, mas parece que ele sabia o que fazer. Logo encontrou meu seio e então sugou me causando uma mistura de dor e paixão, aquele momento era único, nosso momento.

Logo a enfermeira veio buscar ele e o Samuel foi junto para que fizessem os exames, eu me sentia vazia quando meu neném precisava ir embora. Mas logo eles voltaram, e então ele avisou que minha mãe estava entrando.

- Filha! — ela entrou no quarto e veio em minha direção com os olhos cheios de lágrimas e beijou minha testa.

- Eu tô explodindo de felicidade, mãe.. não consigo acreditar — eu a respondi e então direcionei os olhos para o Lucas no colo do Samuel e então ela paralisou.

- Meu neto, meu netinho.. filha, como ele é lindo. Parece tanto com você. — ela o pegou no colo e ficou babando o mesmo.

- Ó, tô indo pra a Isadora ver o moleque belê? — o Samuel falou e eu assenti, ele me deu um beijo e então saiu. Pouco tempo depois a Dora entrou no quarto dando chilique.

- Meu deuso, iti malia titia, que coisa mais fofa. Nossa, agradeço pelo meu sobrinho não nascer com cara de joelho. — ela raptou ele do colo da minha mãe e beijou sua mãozinha.

A dora logo foi embora, o Samuel passou para nos dar um boa noite e foi trabalhar, estávamos apenas eu, minha mãe e o Lucas.

- Você viu como seu pai ficou bobo? — minha mãe perguntou.

- Sim..eu sabia que ele queria muito o neto, mas não sabia que seria tanto assim.

- Ele é um bom homem..ele é muito maravilhoso.

E foi ali, naquelas palavras que todas as peças do meu quebra cabeça mental havia se encaixado, a forma que ela falou dele foi o suficiente para saber o motivo de toda aquela amizade e aquele sumiço, mas a minha mãe já não é mais nenhuma adolescente, quando for a hora certa, quando tudo for concreto, eu vou saber.

Meu Melhor ErroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora