Capítulo 4

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Foi tudo o que ela disse e ele simplesmente lhe sorriu antes de vendar-lhe os olhos.

Impossibilitada de enxergar qualquer coisa, Dulce sentiu que seu coração disparara. Ficou imaginando como acabou presa naquela teia de sedução e perguntou-se o que sobraria dela no fim de tudo isto.

Sentiu Ucker recostá-la na escrivaninha de forma que ela ficou quase sentada. Usada um vestido preto, simples que lhe chegava no meio das coxas. Ele não lhe tocou, mas ela pôde sentir o nariz dele roçando a pele de seu pescoço, como um animal cheirando sua presa.

Ele deslizou os dedos em seus braços desnudos e acariciou-os de cima abaixo.

Sentiu que ela tremia. Encostou os lábios em seu ouvido.

-Te deixo com medo?

Ela suspirou, os lábios trêmulos mostravam-lhe a resposta.

- Sim.

Ele passou a língua por seu pescoço e ela apertou as mãos na escrivaninha.

- Te deixo excitada? - perguntou de novo com quase um sopro de voz.

Ela lambeu os lábios e ofegou.

- Sim.

- Perfeito. - ele disse e tomou seus lábios calmamente.

Ela sentiu as mãos dele subindo seu vestido, deslizando em sua pele. as mãos se apertaram mais à borda da escrivaninha.

Sentiu que era apenas um marionete nas mãos dele, quando viu que levantava os braços para facilitar-lhe a tarefa de despi-la.

Sentiu uma brisa suave acalentar seu corpo semi nu que agora era adornado apenas por um conjunto de lingerie delicado na cor preta.

Ucker deslizou o dedo pela renda do soutien, depois deixou este mesmo dedo escorregar entre o vale dos seus seios, atingindo o ventre levando-a a mais tremores.

Ele viu quando ela sufocou um gemido.

- Não se contenha - ele disse - Seu corpo é meu, deixe que ele me responda.

Ela arfou.

Ele ainda não a tocava e isso era quase a morte para ela. Seu corpo pedia que ele a atacasse, como um animal que espreita sua presa e depois a converte em carne morta.

Se Ucker a estava deixando louca sem tocá-la, imaginava o que aconteceria quando ele a tomasse.

Sentiu-o pegar em sua mão e lhe guiar para algum lugar. Depois, ainda guiada por ele, foi deitada em algo de madeira, que parecia grande o suficiente para acomodar metade do seu corpo.

Ucker começou a tocá-la.

Fazia gentilmente com as pontas dos dedos, apenas instigando a pele quente.

Evitando qualquer zona erógena e sexual.

Lentamente tomou-a pela mão e a fez sentar. Sentiu sua mão ser erguida até o tórax musculoso, agora devidamente despido.

Dulce sentiu cargas elétricas perpassarem seu corpo ao tocá-lo. Ele a incentivou a caminhar com as mãos por seu peito e ela pôde sentir a rigidez da carne.

O tronco do homem era forte e bem definido, os músculos eram rígidos e robustos. Ela não podia ver, mas podia imaginar a beleza anatômica pelos toques dos dedos.

- Isso Dulce, toque-me. Não há nada mais agradável do que o toque de mãos delicadas como as suas.

Isto a encorajou e ela juntou a outra mão ao trabalho.

Durante um bom tempo, aquilo se tornou um jogo de mãos. apenas toques furtivos de reconhecimento. Enquanto Ucker conseguia manter movimentos lentos e aleatórios, Dulce já ia com mais intensidade e desespero. Os toques dela eram exigentes, ela o apertava, o buscava com ânsia. Quando suas mãos chegaram à barra da calça dele ele a segurou.

- Calma - ele disse apenas.

- Não posso vê-lo, e você pode me ver. Não acha uma injustiça?.

- Abster-se de alguns sentidos pode lhe proporcionar mais prazer no ato. Tente. Abstenha-se de todos os sentidos que puder.

Ela calou-se.

Ucker a deitou de novo e ela o sentiu se afastar. Achou os poucos minutos que ele se afastou muito longos, mas esperou quieta.





Continua...

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2016 ⏰

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