Capítulo 4

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CAPÍTULO 4

"Deja de plantar flores en jardines de personas que no van a regarlas."

No dia seguinte Maite chegou atrasada, mas escancarando felicidade. Eu abri um sorrisão quando a vi entrando na sala e ela - toda atrapalhada como é - saiu desesperada para sentar do meu lado, me deu um abraço forte e eu sorri.

- Tem alguém feliz por aqui hoje? - ela me solta e me olha sorrindo, toda boba.

- Ele te contou? - diz com expectativa.

- Sim, ele disse. - sorrio - Você faz ideia da felicidade que ele chegou em casa ontem. - ela vibra de êxtase - Ele está completamente apaixonado por você, amiga. De verdade. - a olho com carinho.

- Você acha mesmo? - seus olhos brilham - De coração? - diz empolgada.

- Nunca estive tão certa de algo na minha vida. - respondo com toda segurança.

- Anahi e Maite eu estou atrapalhando a conversa de vocês? Querem que eu saia da sala para deixar as mocinhas conversarem? - a professora diz rude.

- Se possível.. - ela diz baixo, debochada e eu chuto sua perna.

- Desculpa, professora. Não falaremos mais. - ela olha para mim e revira os olhos entediada e a professora volta a explicação.

No intervalo eu e Maite conversamos o tempo inteiro, ela me contou cada detalhe da última noite, de tudo que Mane lhe disse e de como ela se sentia, eu já sabia pelo Mane, mas ouvir a Maite contando e os surtos que ela dava em quando detalhava a noite para mim, são insuperáveis. Quando ela terminou de falar tudo, sorriu e me perguntou do Rodrigo. Disse que ela acabou falando demais e que queria saber como tinha sido nosso encontro. E eu disse que foi ótimo, que estamos melhores que nunca, mas não entrei em mais detalhes. E nem mencionei a briga com meu pai. Veja bem, Maite é minha irmã, minha melhor amiga e eu confio nela cegamente, mas sou muito reservada e antes de eu conseguir falar com alguém sobre algum problema meu, eu sozinha, tenho que entende-lo e tentar soluciona-lo. Talvez pelo fato de ter crescido tão sozinha e perdida, foi a forma que tive de me educar, eu apenas não sinto dentro de mim vontade de falar certos assuntos meus, no caso em questão, sobre sexo, pelo menos não ainda.

Quando eu chego em casa, fico pensativa, talvez Maite por estar passando pela mesma coisa que eu possa me ajudar. Pelo menos acredito que ela e Mane ainda não tenham transado, afinal, ela me contaria. Acho que é melhor eu conversar mesmo com ela sobre isso.. Mane entra na sala de jantar enquanto eu estou almoçando.

- Pirralha, falei com o papai hoje. - ele beija minha cabeça e se senta do meu lado enquanto Tereza lhe serve o almoço.

- Sobre o que? - pergunto olhando para ele e mastigando, sem lhe dar muita importância.

- Meu namoro com a Mai.. - quase cuspo a comida - Ei, calma! - ele ri.

- Você falou para ele? - digo em choque.

- Claro! - ele diz firme - Eu estou namorando com ela e namorando sério, quero que paremos de nos esconder, quero ter um futuro ao lado dela. - e eu me derreto sorrindo ouvindo ele falar assim da Mai - Quero que todos saibam disso e se não aceitarem, pelo menos estarão cientes. - ele começa a comer, sua expressão é tranquila, segura.

- O que ele disse? - beberico o suco de laranja e volto a comer.

- Ficou furioso! - ele bufa - Disse que já não basta você para cima e para baixo com "essa garotinha" - ele diz com desprezo - e agora eu também me envolvo com ela, que ele esperava mais de mim, que não me criou para isso.. - ele revira os olhos - Você sabe, esse papo dele.. - diz nervoso.

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