Capítulo 05 - Parte II

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   — Posso saber o que diabos está acontecendo aqui? — tenho um sobressalto quando o homem ao meu lado fala firmemente.

  Sarah se vira e arregala os olhos.

   — Foi ele que começou. — aponta para o homem todo sujo.

   O homem vira em seguida e me lembro dele. É aquele que comprou a virgindade da garota que foi à leilão comigo.

    — Mentir é feio, princesa. — acusa tentando inutilmente se limpar com um lenço.

   Ela o fuzila e cruza os braços no peito.

   — Não fala comigo. — ralha.

   Mordo o lábio inferior controlando o riso. Sinto um frio se instalar onde antes tinha uma mão espalmada. Masalom agita as duas mãos juntas enquanto questiona:

   — Vocês têm quantos anos? Cinco?

Percebe-se que ele se diverte com a cena, apesar de reclamar e tentar fazer o papel de responsável.

   — Você. — aponta para a irmã. — Trate de me arrumar outro suco de uva. — ela revira os olhos, mas some pisando duro. — E você, Horlom, vá tomar um banho.

  — Eu não sou mais seu pau mandado, cara! Eu tenho vinte e seis anos. —  afirma como se sua idade explicasse tudo.

   — E eu sempre vou ser três anos mais velho.  — retruca.

  Mas Horlom continua comendo o pão fingindo não ouvir. Olho de soslaio para Masalom que sorri de lado.

    — Tudo bem, se quiser se atrasar para a reunião da banda, eu não me oponho.

   O homem suspira vencido, joga o pão no prato e sai pisando duro na mesma direção que Sarah seguiu minutos antes.

   Masalom sorri vitorioso quando olha pra mim e exclama:

    — Vamos comer? — assinto e ele desfila até a outra extremidade da maior mesa que já vi.

   Esta possui mais de vinte cadeiras e sobre ela um banquete servido com tudo que se possa imaginar. Sigo seus passos e me surpreendo quando ele puxa a cadeira pra mim. Ainda me sentindo desconfortável em olhá-lo, afundo no acento de cabeça baixa.

   Ouço sua gargalhada antes de ouvir:

   — Você vai ficar assim toda vez que te beijar?  — questiona e eu sinto meu rosto arder. —  Gosto quando seu rosto adquire essa cor escalarte. — admite. — Pode se servir, boneca. Eu não mordo, a menos que você me peça para fazer. E se assim for, não vai ser assustador. Muito pelo contrário, garanto que vai ser prazeroso.

   Cretino! Xingo em pensamentos, porém permaneço em silêncio e de cabeça baixa.

    — Sério. Eu acho melhor você comer porque o dia vai ser cheio, boneca. Além disso, mandei preparar um café como o do seu país e você não vai me fazer esta desfeita. — desliza um prato com uma fatia de bolo, torrada, pão e salgados. Meu estômago se agita ao sentir o aroma delicioso.  — Você prefere chá, café, leite ou suco? — pergunta e eu crio coragem para erguer o olhar.

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