— Posso saber o que diabos está acontecendo aqui? — tenho um sobressalto quando o homem ao meu lado fala firmemente.
Sarah se vira e arregala os olhos.
— Foi ele que começou. — aponta para o homem todo sujo.
O homem vira em seguida e me lembro dele. É aquele que comprou a virgindade da garota que foi à leilão comigo.
— Mentir é feio, princesa. — acusa tentando inutilmente se limpar com um lenço.
Ela o fuzila e cruza os braços no peito.
— Não fala comigo. — ralha.
Mordo o lábio inferior controlando o riso. Sinto um frio se instalar onde antes tinha uma mão espalmada. Masalom agita as duas mãos juntas enquanto questiona:
— Vocês têm quantos anos? Cinco?
Percebe-se que ele se diverte com a cena, apesar de reclamar e tentar fazer o papel de responsável.
— Você. — aponta para a irmã. — Trate de me arrumar outro suco de uva. — ela revira os olhos, mas some pisando duro. — E você, Horlom, vá tomar um banho.
— Eu não sou mais seu pau mandado, cara! Eu tenho vinte e seis anos. — afirma como se sua idade explicasse tudo.
— E eu sempre vou ser três anos mais velho. — retruca.
Mas Horlom continua comendo o pão fingindo não ouvir. Olho de soslaio para Masalom que sorri de lado.
— Tudo bem, se quiser se atrasar para a reunião da banda, eu não me oponho.
O homem suspira vencido, joga o pão no prato e sai pisando duro na mesma direção que Sarah seguiu minutos antes.
Masalom sorri vitorioso quando olha pra mim e exclama:
— Vamos comer? — assinto e ele desfila até a outra extremidade da maior mesa que já vi.
Esta possui mais de vinte cadeiras e sobre ela um banquete servido com tudo que se possa imaginar. Sigo seus passos e me surpreendo quando ele puxa a cadeira pra mim. Ainda me sentindo desconfortável em olhá-lo, afundo no acento de cabeça baixa.
Ouço sua gargalhada antes de ouvir:
— Você vai ficar assim toda vez que te beijar? — questiona e eu sinto meu rosto arder. — Gosto quando seu rosto adquire essa cor escalarte. — admite. — Pode se servir, boneca. Eu não mordo, a menos que você me peça para fazer. E se assim for, não vai ser assustador. Muito pelo contrário, garanto que vai ser prazeroso.
Cretino! Xingo em pensamentos, porém permaneço em silêncio e de cabeça baixa.
— Sério. Eu acho melhor você comer porque o dia vai ser cheio, boneca. Além disso, mandei preparar um café como o do seu país e você não vai me fazer esta desfeita. — desliza um prato com uma fatia de bolo, torrada, pão e salgados. Meu estômago se agita ao sentir o aroma delicioso. — Você prefere chá, café, leite ou suco? — pergunta e eu crio coragem para erguer o olhar.
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Na Amazon - Garota Traficada - Série Meu Monstro Mafioso - Livro 01
RomanceUma garota humilde, frágil, ingênua e amorosa não poderia cogitar ser vítima da crueldade humana. Nascida na favela, Savanah teve seu mundo abalado pela morte dos pais. Expulsa da casa em que morava por falta de pagamento das mensalidades do alu...
Capítulo 05 - Parte II
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