Capítulo dois

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Thomas e Dylan chegaram na escola cerca de meia hora mais tarde do que o esperado pelo menor simplesmente porque o moreno decidira parar em uma das diversas padarias espalhadas pela rua central da cidade para que pudesse comprar uma caixa com dez rosquinhas doces, sendo cinco de chocolate e cinco de doce de leite, seus sabores preferidos desde que tinham doze anos de idade. Segundo Dylan, ele havia acordado bem disposto e a fim de agradar o seu vizinho preferido com rosquinhas gordurosas. Os adolescentes levaram menos de dez minutos para devorar todas elas antes que pudessem voltar para dentro do carro e rumar novamente em direção à escola. A aula de Espanhol fora completamente perdida, e provavelmente a de Álgebra também, e para piorar, algo dentro de Sangster dizia que só chegariam a tempo para o primeiro intervalo da manhã, e isso fazia com que o rapaz de cabelos castanho claro se remexesse inquieto sobre o banco de couro bem cuidado do carro do maior enquanto sentia seu estomago embrulhar, não queria ser visto saindo de dentro do carro de Dylan O'Brien em plena segunda-feira, isso geraria murmúrios por toda a escola, murmúrios esses que o pobre adolescente queria evitar à todo custo durante aquela semana porque precisava muito que sua existência não fosse notada, e muito menos comentada, ao longo desses dias.

Era sempre assim, Dylan sempre tivera desses momentos em que ele ia atrás de Thomas na frente da escola inteira, durante um dos intervalos ou até mesmo sentava-se na mesa do almoço junto com o vizinho para conversas completamente aleatórias, e depois que ia embora, para longe de Sangster, a escola enlouquecia em picuinhas, os dois viravam o assunto mais comentado por cerca de três dias até que todos se acalmavam ou simplesmente achavam algo mais interessante sobre o que falar, e pareciam esquecer-se de que o cara mais popular da escola fora trocar palavras com o cara menos popular da escola. Apesar de tudo, Thomas e Dylan nunca foram inimigos, nem completamente amigos também, eram colegas. E ocasionalmente conversavam sobre videogames, filmes, música e coisas assim, além disso, conheciam um ao outo provavelmente melhor do que qualquer outra pessoa pelo simples fato de brincarem juntos desde seus três anos e compartilharem noites mal dormidas de conversas e reclamações, mas isso não os tornava melhores amigos nem nada assim, gostavam sim de estarem um na companhia do outro algumas vezes, mas não sempre.

E então, como se para aumentar ainda mais o nervosismo de Thomas, Dylan estacionou seu Audi no estacionamento da escola, que importunamente ficava ao lado do pátio aberto. Thomas olhou em volta, praticamente todos os estudantes estavam ali, os amigos do time de futebol de Dylan estavam reunidos ao redor de um Nissan Skyline azul estacionado duas vagas depois de onde O'Brien parara, ele também pode avistar seus amigos através do retrovisor do carro, Ki e Will estavam sentados próximos a uma enorme árvore localizada no centro do pátio, e as líderes de torcida pareciam querer procriar com eles ali mesmo sem se importar com nenhuma plateia ou coisa assim, seus olhos se comprimiram de raiva ao que ele notou o sorriso que hospedava-se nos lábios dos dois amigos, poderia parecer bobagem ou estupidez, mas Sangster morria de ciúmes de ambos. Na verdade, Sangster morria de ciúmes de tudo aquilo que gostava. Dylan percebeu o olhar raivoso que seu vizinho dava para seu retrovisor e decidiu-se por olhar também, afinal, era um curioso e gostaria de entender a mudança de humor repentina do outro já que, segundos atrás, ambos riam de uma piada idiota contada pelo moreno e agora Thomas parecia prestes a avançar raivosamente em alguém. Assim que seus olhos pararam no retrovisor ele deparou-se com a cena que parecia irritar Thomas mais e mais a cada segundo, Kaya, uma de suas amigas, ou quase isso, estava sentada no colo de Poulter, vestida em seu uniforme vermelho vivo de cheerleader, idêntico aos de suas amigas que os rodeavam, enquanto Katherine e Rosa pareciam disputar a atenção de Ki a todo custo, puxando seu decote cada vez mais para baixo ou subindo suas saias.

- Vadias! – Sangster resmungou baixinho, sentia-se profundamente irritado – chegando até mesmo a esquecer-se de toda a atenção que receberia assim que saísse do carro de O'Brien –, cruzou os braços abaixo do peitoral e deixou que uma careta amarga se formasse em seu rosto, fazendo com que Dylan explodisse em gargalhadas ao seu lado – Isso não tem graça seu idiota. – declarou ainda mais irritado do que antes, odiava que as pessoas rissem de si só porque sentia-se enciumado em relação aos amigos, para ele, aquilo não era nada além de comum. Diante disso, ele abriu a porta do carro e saiu a passos fortes e largos para o mais longe dali que conseguisse, sem se importar em fechar a porta do Audi de seu vizinho ou de caminhar até os amigos para cumprimentá-los. Sua pequena saída nada discreta chamou a atenção de grande parte dos adolescentes cheios de hormônios espalhados por todo o estacionamento e também pelo pátio, as conversas parecerem tornar-se murmúrios a cada passo apressado que Thomas dava em direção a entrada da escola, o garoto havia decidido que iria até o seu armário e depois disso direto para a sala, não queria ser obrigado a ver nem mais um minuto de seus amigos com as garotas mais rodadas da escola. Por Deus! Ki e Will não precisavam se sujeitar a aquilo, Thomas tinha certeza de que eles eram capazes de conseguir meninas melhores! Sangster percebeu que todos pareciam comentar sobre ele e sobre o fato de que acabara de sair do carro de Dylan O'Brien, isso faria com que o sossego desejado para a semana fosse quase impossível, mas não se importava muito com isso agora, não se importava porque estava irritado, e sua irritação conseguia ser maior do que a vontade de permanecer invisível até que o garoto novo que entrara na sua sala de artes na semana passada o notasse por quem ele era e não por quem as pessoas o diziam ser.

Já dentro do prédio escolar, Sangster desfilava distraído através dos corredores em direção ao seu armário até que teve seu caminho interrompido por uma latinha de refrigerante caída no chão, o adolescente pisou sobre a superfície roliça da latinha e desequilibrou-se, fazendo com que sua bunda fosse sem nenhum tipo de proteção, em direção ao chão duro e gelado. Ele fez uma careta desgostosa para sua falta de atenção enquanto os poucos alunos que passavam por ali riam discretamente da situação do pobre garoto, todos estavam acostumados demais com os tombos de Thomas para fazer daquilo um grande acontecimento, então ninguém pareceu dar muita importância para aquilo. Afinal, quando micos como aquele tornam-se comum, deixa de ser algo atrativo ou meramente engraçado. O adolescente começou a juntar algumas canetas que caíram para fora de sua mochila através do zíper que esquecera de fechar mais cedo quando viu alguém agachar-se na sua frente, começando a ajuda-lo com as canetas. Ele desviou o olhar para o garoto ajoelhado a sua frente e foi como se seu mundinho parasse por alguns segundos, ele arregalou os olhos e engasgou com a própria saliva ao que pode constatar que o garoto novo da sua sala de artes estava ali, agachado à sua frente, ajudando-o a juntar suas canetas coloridas espalhadas por todo o chão.

- Ei, garoto! Você está bem? – o rapaz de cabelos castanho claro perguntou risonho, tentando conter as gargalhadas diante à situação cômica – já que para ele, as quedas de Thomas Sangster ainda não eram algo comum – e deixando alguns tapinhas sobre um dos ombros de Thomas, como se aquilo fosse fazê-lo parar de tossir desesperado.

- Eu.. – Sangster pigarreou baixinho, tentando limpar a garganta antes que pudesse voltar a falar – Eu.. hm, eu estou bem, eu só... quero dizer, eu me engasguei. Eu estou bem. – gaguejou, fazendo com que o outro risse baixinho de sua confusão vergonhosa. O garoto musculoso entregou as canetas coloridas que juntara nas mãos de Thomas e o outro adolescente apressou-se em guarda-las de volta em sua mochila. Segundos depois, o menino ainda sem nome da aula de artes – vulgo crush secreto de Sangster –, já estava em pé, com uma das mãos estendidas na direção do menor, ajudando-o a se levantar do chão.

- Eu me chamo Daniel – o menino dos olhos azuis encantadores se apresentou.

- Thomas – ele respondeu baixinho.

O adolescente sentia as pontas dos dedos tremerem e o estomago embrulhar enquanto Daniel o encarava sorrindo, Thomas observara o outro adolescente à cerca de uma semana e agora ele estava ali, parado à sua frente, sorrindo em sua direção, como se Sangster fosse o garoto mais interessante para se conversar em toda a escola.

- E então, Thomas, para onde você estava indo agora? – quis saber.

- Para a sala de Inglês, duas aulas seguidas da minha matéria favorita! – declarou feliz, e Daniel estranhou o fato de não notar nenhuma ironia vinda do outro. Thomas sabia que as pessoas estranhavam o fato de ele gostar das aulas de Inglês, ainda mais porque o professor era extremamente exigente e irritante, mas ainda assim, Sangster sentia-se feliz em assisti-lo falar sobre os livros clássicos e regras gramaticais.

- Tudo bem, eu te acompanho até lá – o rapaz mais alto sorriu galanteador, indicando o caminho para que o garoto quase louro caminhasse à sua frente.

Thomas concordou timidamente com a cabeça e começou a caminhar, sendo acompanhado lado a lado por Daniel, ele sentia-se envergonhado e completamente sem assunto, mas só por estar na companhia do outro rapaz, sentia-se vinte vezes mais feliz do que quando acordara.

- Então, você está na mesma sala de artes que eu, não está? – Daniel perguntou, e tudo o que recebeu foi um murmúrio afirmativo do outro.

- Você mudou-se para cá recentemente? – Sangster tentou soar educado, por mais que se sentisse nervoso, esforçava-se ao máximo para não deixar que o outro percebesse.

- Só a escola, na verdade, eu vim de um colégio público, meus pais acharam que seria mais fácil entrar na faculdade se eu estudasse aqui – o adolescente deu de ombros – Então, eu tenho te visto nos corredores desde a semana passada, você conhece o Ki Hong, não conhece? – quis saber, sem deixar que o sorriso encantador saísse de seus lábios.

- Sim – Thomas afirmou.

- Você saberia me dizer se ele é.. hm, gay?

EU VOLTEEEEEEEEEEI, AGORA É PRA FICAR KJDNGKJSDNGKJDSN

TANTNANTNRNANRANRNN RUFEM OS TAMBORES E PREPAREM OS CORAÇÕES; PORQUE AS COISAS ESTÃO PRESTES A COMEÇAR A TOMAR UM RUMO DIFERENTE DO QUE ERA NA ANTIGA THE DUFF s2s2s2s2

Me perdoem pela demora e espero que gostem, b

The D.U.F.F. //Dylmasحيث تعيش القصص. اكتشف الآن