Back To Life

1°

Quando cheguei ao sítio onde estava meu Audi RS7 Sportback preto,peguei as chaves e destranquei-o,entrei tirei o pacote colocando-o no porta-luvas,liguei meu carro e saí em disparada em direção ao prédio onde moro. Encontrando no caminho Remy que me esperava ja com o capacete e a moto ligada fazendo os tão familiares rongos da sua moto Suzuki Hayabusa preta.
Nao me importei sobre a velocidade,meu caminho está livre. E o dele também. Ambos temos gostos em comum. Troquei de macha e acelerei ainda mais. Como pensei ele rapidamente acelerou sua moto
ficando lado a lado comigo. A medida que passávamos pelos faróis lentamente fomos diminuindo a velocidade.
Quando chegamos onde vivo entrei com o carro,estacionei na minha vaga,Remy apareceu um tempo depois com sua moto roncando,estacionando ao lado do meu carro. Peguei meu pacote,sai do carro,tranquei-o. fomos para o elevador, um tempinho depois esse chegou. Entrei, Remy a seguir, nao tinha ninguém,não gosto de estar na presença de pessoas que não conheço,e odeio quando elas fazem contato físico comigo,ou quando me olham diretamente nos olhos. Ja meti em imensas brigas por causa disso,é claro que ganhei a maioria mas não saí ileso e meus oponentes ficaram pior que eu.
Apertei o botão para o 23° andar,o penúltimo do prédio.
Nesse andar apenas tinha uma véia,e o outro estava vazio.

-Hey bro vi uma Rapariga na escada do prédio,estava com uns pacotes e malas.- olhei-o,ele se encontrava olhando para cima,segui o seu olhar. Uma camera no teto do elevador, Remy assim como eu nunca gostou de ser observado,lembro que ele quebrou uma outra câmera nesse elevador. Ele ja estava irritado e tinha brigado com sua namorada,acabou perdendo a paciência quando a luz vermelha piscou e refletiu nele.
- O que isso tem a ver comigo ?- desviei o olhar e encarei a tabela de andares,5°andar.
-acho que irá para o seu andar,já que nao há outro livre. Ela parece ter quase a sua idade,talvez mais nova. Parece o tipo de adolescente rebelde.- parei de prestar atenção a suas palavras quando um flashback veio-me a cabeça.

Flashback on

Harry styles - 19

Caminhei até um café que esteja aberto,fazia frio esse horário da noite. Depois de andar por 5 minutos ou mais encontrei um. Encarei o letreiro acima das portas de entrada,estava em néon Coffes&Black.
Entrei,e o tal se encontrava quente,olhei ao redor: estava praticamente vazio com exceção de dois idosos e uma miúda por volta dos 17 anos ela vestia um moletom rosa com estampa  de um cavalo com chifre,calsas de ganga brancas e coturnos rosas,seu labios rosados e pequenos brilhavam daqui. Era delicada e bonita.
Sentei-me no fundo,a 3 mesas de distância dela.
Olhei para a mesa onde se encontrava um cardápio. Peguei-o e escolhi meu pedido, uma garçonete veio até a minha mesa com um caderninho nas mãos pedi um sundue e uma capuchinho.
-mais alguma coisa ?- perguntou ela num tom que penso que seria  provocante,teria sido se nao fosse pelo excesso de maquilhagem e o batom nos dentes.
-Não-  disse arrogantemente.Ela acenou e saiu,olhei para o lado em direção a seu rabo era grande mas ele balançava bué,como uma gelatina,senti uma queimaçao na lateral do meu rosto e rapidamente olhei para frente.
Lá estava ela,a garota demasiada delicada para ter 17 anos,olhos tao azuis quanto o céu e cabelos claros. Encarei-a até ela corar e desviar o olhar.
..
Levantei-me da mesa,indo para o balcão pagar. A miúda delicada estava de costas para min,não consegui deixar de reparar no seu rabo,era pequeno mas bem redondo. Fiquei ao lado dela, tirei o dinheiro do bolso para pagar a mesma garçonete que atendeu-me. Quando terminei ela saiu para atender outro cliente,girei sobre meus calcanhares,caminhando para a a porta de saída.
-Esquecestes disso- virei-me para tras e encarei a miuda delicada a minha frente,sua voz era linda, tão delicada quanto o físico. Ela abanou um papelzinho dobrado. Peguei-o e abri-o, era um número de telemóvel o mesmo que a garçonete deixou a minha frente.
Amassei-o e arremessei-o para o balcão. Ela seguiu com o olhar o papel voando e depois encarou minha mão ,corando ela desviou o olhar.
- Nome.- disse
-O quê ? - ela perguntou levantando o olhar para meus olhos que a fitavam com atenção.
-Seu nome- aproximei-me dela,ela podia dar uma bela foda.
-Lucy-sussurrou,fogo isso me fez cócegas na barriga.

-flashback off

Uma careta de dor se formou na minha cara,e penso que Remy notou isso.As portas do elevador se abriram,mas sei que nem mesmo isso me livrará dos questionamentos do Remy.Saí do elevador,andei pelo corredor até a ultima porta,peguei minhas chaves e destranquei minha porta,3 voltas. Entrei e fui direto a minha cozinha deixei minhas chaves e o pacote no balcão, no meio da cozinha,ouvi o som da porta de entrada se fechando.Abri a geladeira peguei leite, depois peguei um pacote de cereais no armário. Um saco de pão e presunto
Pousei no balcão e depois no armário mais alto peguei uma tijela depois uma colher.
Preparei meu pequeno almoço. Remy pegou outra tijela.
-Nao te importas ? Ainda bem tou faminto.- perguntou.
 
Comi tudo calmamente escorado no balcão. Depois que terminei e o Remy também os coloquei tudo no lava loiça e limpei a pequena bagunça. Peguei minhas coisas e fui para meu quarto. Com Remy atras de min. Sentei na minha cama,desembrulhei o pacote.
Tirei o pedaço de pano que cobria.
Pistola glock 380 preta. Minha favorita. Desde que tinha 9 anos amava armas principalmente pistolas,a primeira que eu tive fora com 13 anos,era uma .40 .
Apertei o botao ao lado da coronha,fazendo com que o cartucho saia,peguei a muniçao ao lado da minha cama no criado mudo,na gaveta onde esta com cadeado,inseri uma de cada vez no cartucho
Quando  o cartucho estava cheio  coloquei-o de volta.Click. Ao ouvir esse barulhinho,destravei a arma e puxei a corrediça do cano.
-O que foi a-
-Remy não!-interrompi-o antes de ele terminar.
-Qual é cara,sou seu melhor amigo,sabe que sempre estive e sempre vou manter minha bunda perto de ti. Somos irmãos,pode confiar em min.-Sabia que deveria sentir algo sobre essas palavras mas nao consegui. Nao o respondi e ele notou que eu nao ia dizer nada.
-Precisas esquecer ela cara. Ela se foi,ela quis isso. Vamos bro ja faz tempo,nao podes ficar assim para sempre. Eu posso te ajudar,tens que voltar para a vida cara. - Eu queria dizer algo,qualquer coisa,mas tanto quanto nao sentia nada,nao queria defendê-la. Sabia que fazia tempo,mas nao recuperei de todo. Ele tem razão,nao posso ficar assim,ela quem foi egoísta ao ponto de- Vem vamos ver se essa lindeza funciona.

Fomos para a sala de treino. É uma sala que o barulho de dentro nao possa ser ouvido do lado de fora. Entrei e fechei a porta,fui para o centro levantei o meu braço direito que segurava a pistola,mirei.
1,2,3 disparos exatamente no meio do alvo. Abaixei meu braço,e olhei ao redor,o saco de boxe,a esteira,meus pinos,tudo. É meu lugar favorito. Posso treinar o combate corpo a corpo e tambem minha mira. Travei minha arma e coloquei na minha cintura atrás.
-Isso faz-te mais forte,deixa-te tranquilo também. -Ele veio para a minha frente- precisas focar naquilo que te fazes bem,se vês apenas o lado mau,então irás cair sem paradas alguma.- mais uma vez,ele tinha razão,nao me admira que ainda estou vivo,somos como irmãos desde o jardim de infância,ele sempre  ajudou-me com minhas merdas.

Preciso focar nisso,preciso estar vivo,pois quem vai morrer primeiro nao sou eu.
E sim meus inimigos.