- Ela está bem... - sua voz continha um alívio absurdo e seus olhos marejaram por alguns instantes. - Está bastante assustada, mas, ela está bem. - Louis e Harry sorriram aliviados.

- Eu posso... Posso vê-la... Por favor? - o ômega perguntou aflito.

- Eu precisei seda-la, ela estava muito agitada, a qualquer momento ela vai pegar no sono, mas, podem ir vê-la sim. - Niall sorriu.

- Venha Louis... - a voz do cacheado foi ouvida e ele estendeu a mão, para que o menor segurasse.

Entraram juntos no quarto em que Amelia havia sido colocada. Ela estava deitada com os olhinhos verdes quase fechados. As roupas molhadas estavam estendidas em uma poltrona e ela já estava com o avental verde. O alfa se aproximou da cama e se sentou ao lado da pequena, o ômega continuou um pouco afastado, próximo a porta do quarto.

- Papai... - o rosto de Amelia entortou-se e ela grunhiu, chamando pelo pai em meio as lágrimas - Papai...

- Eu estou aqui amor... Eu estou aqui... - curvou-se, aproximando as mãos do rosto da filha, fazendo-a encara-lo com a expressão amedrontada.

- Papai, tá doendo... - ela reclamou, o choro agoniado e as lágrimas insistentes eram melhores do que perdê-la.

- Eu sei ursinha, eu sei... - aproximou os lábios da testa dela e beijou-a suavemente. - Mas já vai passar, sim? Já vai passar...

O ômega encarava o olhar reconfortante que o alfa dirigia à filha. Ele a amava tanto que saltava aos olhos de qualquer criatura. Sentiu uma ponta de inveja. Havia tanto amor naquele lugar, que, por consequência, ele sentia-se reconfortado também.

- Eu trouxe uma visita... - com a dificuldade proveniente da sedação, Amelia moveu o rosto, vendo o ômega parado ao seu lado.

- Oi Lou... - ela sorriu sonolenta.

- Você nos deu o maior susto, Ame... - o ômega se aproximou finalmente e segurou os frágeis dedinhos da mão direita com os seus.

- Eu estava... Eu queria falar com você... Mas, você já estava indo embora... - a pequena fez um beicinho como se estivesse prestes a chorar, mas, antes que pudesse completar a frase, acabou caindo em sono profundo no minuto seguinte.

- Está tudo bem agora... Ele não vai a lugar nenhum, filha. - beijou a testa de Amelia e virou-se para Louis.

- Perdão? - o ômega encarou Harry com a expressão confusa.

- Eu preciso de alguém pra cuidar da Amelia, você precisa de um emprego e um lugar pra ficar.

Os olhos do ômega marejaram instantaneamente. Ele levou as mãos aos lábios, tentando abafar o choro. Aquilo era inacreditável demais, coisas boas nunca aconteciam com ele, aquilo não podia ser verdade. Há algumas horas atrás ele não tinha para onde ir, provavelmente terminaria a noite na rua mais uma vez, e agora, bom, agora ele tinha para onde ir.

- Dr. Styles...

- Olha, a Amelia se apegou a você por alguma razão e ela deve ser boa. Eu vou contratar você como uma espécie de babá tudo bem? Até você conseguir dinheiro suficiente pra conseguir um lugar pra você e um outro emprego, algo melhor, pode ficar na minha casa.

O ômega abriu o maior sorriso que conseguiu, as ruguinhas em volta dos olhos e as bochechas erguidas, o rosto estava úmido, mas, pela primeira vez em muito tempo, as lágrimas eram de alegria. Sem pensar muito, Louis se aproximou do alfa, enrolando os braços em volta do tronco firme, abraçando-o apertado.

- Obrigado. Muito obrigado. O senhor não faz ideia do quanto está me ajudando, muito obrigado. - disse com os olhos fechados e o rosto encostado no peito ainda molhado de Harry.

How to save a life ~ ABO ~ l.sWhere stories live. Discover now