Capítulo 1

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Espero do fundo meu coração que vocês gostem.
Queria dedicar o primeiro capítulo a Giu e a April que foram meus anjinhos :)
desculpa qualquer erro e boa leitura!

(Louis)

Era mais uma quinta - feira normal na loja de discos onde eu trabalhava, as horas passavam devagar e eu já podia perceber que o movimento estava caindo, estava nevando e as pessoas já tinham começando a evitar sair de casa sem contar o trânsito que estava horrível. Olhei meu celular, era quase cinco da tarde, respirei fundo e soltei um suspiro, faltava apenas uma hora de expediente e logo ia embora, estava cansado e com fome, ouvi o barulho do sino da porta, indicando que tinha cliente, apenas levantei a cabeça e vi um cara alto, com cabelos que iam até os ombros com um óculos na cabeça evitando que os fios caíssem na frente do seu rosto, ele se dirigiu a sessão de rock clássico e eu o segui com os meus olhos, eu trabalhava nessa loja há três anos e nunca o tinha visto aqui, meu movimento foi interrompido quando o meu celular vibrou em minhas mãos indicando que havia chegado uma mensagem. Deslizei a tela para ver quem tinha mandado, embora soubesse exatamente quem seria:

De: Payno

"Ainda ta na loja?"

Para: Payno

" estou, daqui a pouco eu saio"

De: Payno

" vc não desistiu, não é mesmo?"

Para: Payno

"claro que não. Compra alguma coisa, to com fome"

De: Payno

"vc sempre ta com fome, Tommo. Deixa cmg"

Soltei um sorriso, Liam Payne era meu melhor amigo, estudamos juntos desde os 8 anos não tinha ninguém que me conhecesse melhor que ele. Payno ficou do meu lado em todos os momentos bons e maus, até me apoiou quando eu decidi contar para a minha mãe sobre a minha sexualidade, a principio ela relutou com a ideia de que eu não apareceria com uma namorada em nossa casa, mas depois de uns meses ela aprendeu a conviver, até que no meu aniversário de 18 anos ano passado ela resolveu que aceitaria a minha opção sem questionar.

- Oi, com licença?

Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz que parecia uma canção, levantei a cabeça e o cara de cabelos compridos estava parado na minha frente do outro lado do balcão.

- Oi, posso ajudar?

Eu disse com uma voz trêmula ou reparar que o mesmo tinha lindos olhos verdes, senti um arrepio subir da espinha até a nuca, o cara era realmente muito lindo, ele tinha uma boca maravilhosamente bem desenhada e eu pensei por um segundo que tinha morrido e que estava no céu, meus pensamentos foram novamente interrompidos quando ele fez um movimento com as mãos para me despertar desse meio transe que eu me encontrava.

- Perdão? Eu falei, um tanto atrapalhado pedindo a Deus que ele não me achasse um idiota por ter ficado encarando aqueles lábios rosados que ele tinha.

- Eu perguntei onde encontro os discos do David Bowie. O cara falou soltando um sorriso que deixou a mostra suas covinhas e eu juro que achei muito fofo, realmente aquele cara nunca tinha ido até a loja, eu lembraria desse sorriso, com certeza eu lembraria.

- Vendemos o último disco dele que tínhamos ontem. Eu respondi, e vi o seu sorriso se desfazer para uma fisionomia de chateação.

- Já andei em todas as lojas de discos dessa cidade e não encontrei, você conhece algum lugar que possivelmente tenha?

- Levando em conta que com a nossa loja apenas três vendem discos antigos, hum...daqui a duas quadras tem uma outra loja, talvez você encontre alguma coisa lá.

Verdes. Eu nunca conheci alguém que tivesse olhos tão verdes quando aquele cara.

- Hum...muito obrigada, Louis? Ele me disse meio confuso.

- É, isso...Louis. Como ele sabia meu nome?

De repente o sino da porta sendo aberta foi ouvido novamente, um rapaz de cabelo negros e com umas tatuagens veio em nossa direção, pela sua cara ele devia estar com raiva, o que se confirmou assim que ele abriu a boca e se dirigiu ao cara dos olhos verdes.

- Por que você está demorando tanto? Achou o tal disco?. - Que cara grosso eu pensei, ele falou com um tom alto como se estivesse brigando com o outro cara.

- Eu estava atrás do disco, Zayn...mas aqui também não tem.

O cara disse com uma voz como se implorasse desculpas ao outro cara que passava a mão no cabelo impaciente.

- Estamos atrás dessa porcaria exatamente há duas horas!. - Esbravejou o tal de Zayn e naquele momento eu já sabia que não gostava dele, primeiro porque ele estava gritando com o rapaz na minha frente e segundo porque ele estava chamando de porcaria o disco do David.

- Eu sei, eu sei que você está cansado, mas isso não é motivo para gritar comigo na frente das pessoas.

Ao ouvir isso que fingi que estava arrumando o balcão, já era bastante constrangedor ter dois caras brigando na minha frente, ainda mais com o outro evidenciando que eu estava prestando atenção na briga.

- Ok, desculpa...é só que...estou cansado, Harry. Vamos embora, olha só esse lugar...esse lugar não é para pessoas ... como nós, você entende? Já andamos em todas essas lojas, eu...eu não aguento mais.

" esse lugar"?? Esse lugar? Aquele cara só poderia estar brincando com a minha cara! Olha, a nossa loja não era luxuosa, eu confesso, mas se referir como se fosse um local imundo, isso já era demais. A minha vontade era de dar um soco naquele cara esnobe ele merecia, mas se eu fizesse isso provavelmente perderia meu emprego e isso eu não podia mesmo. Continuei mexendo em coisas aleatórias no balcão, rezando para que aqueles caras fossem embora logo. Pelas palavras que o tal Zayn usou, realmente eles não deviam frequentar essas lojas pelas redondezas, talvez seja por isso que nunca havia visto aquele par de olhos verdes. Harry. Harry era o nome dele, fingi arrumar minha blusa e minha placa de identificação caiu, a placa, por isso ele sabia meu nome, nossa...como eu era retardado.

- Eu acho que você não deveria falar essa tipo de coisa, hum...vamos sair daqui. Antes que as coisas piorem. E-e...Louis, obrigado. Desculpa, bem...qualquer coisa.

Harry me disse isso fitando o moreno de maneira quase imperceptível, menos para mim. Eu só assenti com a cabeça de forma positiva e vi os dois saindo porta a fora. O cansaço voltou a me consumir e esperei alguns minutos até o final do expediente chegar, eu havia prometido que iria com Liam num festival de música no parque que havia sido inaugurado naquela tarde e bem, como eu arrumava uma desculpa para não sair com Liam algumas vezes por preguiça dessa vez eu precisaria fazer um esforço, pois tínhamos combinado desde o inicio da semana que daríamos uma volta por lá, antes eu passaria na casa dele para tomar um banho e me trocar e comer alguma coisa, já que ele morava perto da loja. Saí de trás do balcão, arrumei as coisas, apaguei a luz, fechei toda a loja e fui até a casa do Liam, durante o percurso meus pensamentos iam do frio que estava fazendo ao par de olhos verdes que vi mais cedo. Provavelmente eu nunca mais veria Harry, ou seus olhos e muito menos suas covinhas, isso me deixou um pouco triste, apesar de não saber o que isso significava, afinal eu nem conhecia esse cara.

Don't let me goOnde histórias criam vida. Descubra agora