Tu Voz Me Despierta

20

Dias tinham se passado, Poncho já havia falado com o proprietário da casa ao lado da dele e só esperavam Any pra assinar o contrato de compra, ela por sua vez estava eufórica, em dois dias receberia alta e Poncho, Mai e Ucker a acompanhariam até a casa nova.
Mas naquele dia, sentia falta de duas pessoas em especial.
Poncho: por que tá quietinha pequena? - verificando os batimentos cardíacos.
Any: saudade. - sorriu triste.
Poncho: de quem? - perguntou curioso...ou seria algo mais?
Any: de duas pessoas especiais pra mim. - segurou a mão dele - Pode me fazer um favor Ponchito.
Poncho riu: claro!
Any: eu preciso muito ligar pra uma pessoa.
Poncho: só um minuto. - buscou o telefone do outro lado do quarto - Pronto! Quer que eu saia?
Any sorriu: não, quero que fique e segure minha mão, me sinto mais confiante com você do meu lado.
Poncho sorriu e sentou na borda da cama segurando a mão dela.
Any: alô? - disse assim que atenderam.
XXX: Any, é você? - perguntou a pessoa do outro lado da linha reconhecendo a voz dela.
Any: senti tanta falta de ouvir sua voz! - os olhos cheios de lágrimas.
XXX: pois era só me ligar sua barbie de quinta! Eu nunca mudei meu número!
Any sorriu: história longa Dul, mas vou contar tudo pra você e pro Chris. - respirou fundo - Anota o endereço da minha nova casa, espero vocês lá em dois dias.
Dul: só vou porque tô curiosa sua praga sumida. - a voz falhando pelo choro - Senti sua falta também barbie.
Any passou o endereço e logo em seguida desligou e começou a chorar.
Poncho a puxou para os seus braços e apertou contra o seu peito, querendo que aquela dor saísse dela, porque não conseguia ver Any chorar e se sentir tão impotente.
Any roçou a bochecha contra o peito dele, acariciando as costas de Poncho, se perdendo no cheiro dele.
Poncho a afastou rindo: eu aqui oferecendo meu ombro amigo e tu se aproveitando de mim?
Any sorriu secando as lagrimas: não posso fazer nada, é mais forte que eu!
Poncho: se controla pequena!
Any: dificil tão perto de você. - falou sorrindo.
Poncho deu um beijo na testa dela e saiu para verificar outros pacientes. Já havia se acostumado com a sinceridade de Any em relação a ele...e por incrível que pareça, estava gostando. E muito.
Foi com um sorriso no rosto que trabalhou todo aquele dia e quando voltou pra casa acompanhado por Mai, foram arrumar os móveis que tinham comprado com autorização da Any para a casa nova.