COMPLETO ATÉ DIA 24/06/17
Dou um pulo de susto, já que estava quase dormindo aqui no sofá esperando o tempo passar para sair até a escola. Meus irmãos querem falar comigo sobre alguma coisa.
Pego o causador o meu susto, o celular, e vejo duas mensagens diferentes: uma avisando que o meu cartão de crédito foi utilizado e outra da minha filha.
Luiza: Passagens compradas! \o/
Luiz: Percebi pela mensagem de uso do meu cartão de cartão.
Luiza: <3
Eu deveria perguntar do porquê ela ter usado o meu cartão ao invés do dela, mas se é para ela vir para cá, pagaria até o triplo do valor do euro.
Luiz: Me passa as datas para eu me programar aqui.
Luiza: O que tu anda aprontando para se programar com a minha visita?
Luiz: Coisas que os pais não devem falar com as filhas 3:)
Luiza: Ok, depois dessa nem quero saber mesmo. Bjs meu véio, em breve estaremos juntos de novo :*
Bloqueio a tela do telefone e coloco ele na guarda do sofá. Fecho os olhos e adormeço no sofá novamente. Nada melhor do que dormir no meio da tarde antes de uma noite inteira no pronto socorro correndo de um lado para o outro...
*.*
Saio de casa com bastante tempo de sobra para escutar os meus irmãos e chegar a tempo no plantão. Ligo o som do carro e começo a cantar a música que está rolando. Born This Way, da Lady Gaga.
Gosto dessa música, passa uma mensagem legal e agitada para se cantar dentro do carro. Estou feliz e isso aumenta mais ainda a minha empolgação para cantar essa música. Viva os vidros escuros do meu carro, ou todo mundo pensaria que eu sou um discípulo da Mother Monster e que estou saindo do armário nesse momento.
A Luiza voltará para casa! Depois de mais de três anos comigo sendo obrigado a enfrentar aeroportos e aviões para poder vê-la, finalmente ela virá para casa, como era o combinado desde o início dessa sua estadia na Europa. Pelo menos uma vez no ano ela deveria vir para cá e eu ir para lá depois de seis meses. Assim ficaríamos juntos duas vezes pelo ano, mas alguém andou esquecendo dessa parte do acordo.
Viajar é legal, mas eu gosto da minha casa, da minha cama e do meu país. Somos muito mais legais que os europeus, e a neve não é tão fantástica assim quanto pensam. Já conheço todos os pontos turísticos de lá, seja eles com sol, dia nublado, calor, frio e caindo o mundo em chuva. Nada se compara ao trânsito caótico no horário de pico, como eu estou agora, e os sons das buzinas educadas das pessoas que pensam que colando a mão ali, vão fazer o carro da frente se teletransportar para a suas casas. Fantástico isso.
A Luiza voltando tudo fica mais tranquilo. Aqui é a sua casa, ela se sente à vontade no seu quarto, o mesmo que ela deixou quando saiu de casa, conhece as ruas e os locais todos, não precisa de mim para ir em algum lugar, ela simplesmente pega o carro e vai. Ao contrário de mim que fico pior que uma mosca tonta sem saber colocar o nariz para fora de casa sem se perder.
Ainda me lembro da primeira vez que eu fui para o seu apartamento na Itália. Ela saiu para a aula e eu fiquei dentro de casa sem nada para fazer. Resolvi sair por contra própria e..... Bem eu reapareci no outro dia, depois de me perder e ter que ir dormir em um hotel e ligar para ela para saber como voltava para casa novamente.
ESTÁ A LER
Luiz
Romance"Mas o que importa, realmente, é que todos os eventos que aconteceram na minha vida me prepararam para o que eu sou hoje e serei amanhã. Confesso que não estou nenhum pouco pronto, mas o instinto de desafio fala mais alto. E eu mal posso esperar par...