Será?

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Nos assustamos ao ver o homem com uma arma na mão. Cristal pegou minha mão e me afastou o máximo que pode de perto do senhor. E ele por sua vez,percebendo como nos tinha deixado, guardou a arma em seu casaco e abriu um sorriso simpático. Olhei para Cristal,que fez o mesmo e em meio ao desconforto, sorrimos. Tudo o que desejávamos naquele exato momento,era sair daquele hospital maluco.

-Perdão moças por ter assustado vocês. Não foi a minha intenção. Permitam-me a apresentar, me chamo Gregório Tridsk. Trabalho com as forcas especiais de alguns países da Europa,nos quais não tenho permissão para divulgar.-,Gregório vai em direção a jovem que estava desacordada na cama .

- Me chamo Sophia e essa é a minha namorada. Desculpas aceitas,(sorrio).-,sou interrompida.

- Tudo bem moço. É aquela velha frase "Se eu te contar,vou ter que te matar"?! Sempre quis falar essa frase.-,Cristal já menos tensa tenta nos descontrair.

O senhor dá uma leve gargalhada e confirma a pergunta de Cristal.

-Voltando ao que eu ia dizer.. Fora o fato de alguém querer me matar,queria saber se podemos confiar em você.-,eu sabia do risco de confiar em um homem estranho e que portava uma arma,mas precisávamos de ajuda.

- Claro. Podem contar com a minha ajuda. Até porque se fosse com a minha pequena eu faria qualquer coisa para protegê-la.-,ele termina e segura a mao da moça.

-ótimo! Pode procurar meus pais ou a Dra.Julie? Eles precisam saber dos riscos que correm. Por favor.-,chegando mais perto dele,lhe pedi.

Ele assentiu e saiu. Cristal que encontrava-se sentada no sofá próximo a porta de saída permaneceu calada. Deve estar pensando em toda essa loucura. Então vou até a janela,que fica do lado esquerdo da cama da garota e olho a paisagem.

-Amor,estava aqui pensando.. Porque ele não perguntou quem eram seus pais? A Dra.Julie tudo bem porque ela é bastante conhecida,mas seus pais...-,a interrompo.

-Ah amor,certamente ele vai reconhecer um casal que deva estar a procura de sua filha, não acha?? Ele fez o favor de nos esconder aqui,vamos dar uma chance a ele..-,sou interrompida.

-Por favor não me machuquem... Eu já dei tudo o que ele precisa..-,a garota acorda de forma que nos assusta.

Ela parceria tão assustada quanto eu e Cristal em meio a toda aquela situação
.
-Não vamos machucar você. Calma moça.-,tento acalmá-lá,mas em vão.

-Ele vai nos matar. Ele vai nos matar!!-,ela diz repetidas vezes.

Cristal vem ao nosso encontro e segura a mão da garota. A olha fundo nos olhos e diz "Vai ficar tudo bem.",essas simples palavras fazem ela respirar fundo e se senta na cama. Estava tudo indo bem,ate a moça pegar na mão de Cristal e lhe dar um sorriso.

*Ciúmes?? Não.. Não.. Sim!!!-,penso e franzo a sobrancelha.

-Você pode fechar a porta? Por favor?-,ela me dirige a palavra.

Sem dizer nada,fiz o que ela havia pedido. Já que Cristal me obrigou com aquele olhar meigo.

-Vocês precisam me ajudar. Esse homem que diz ser meu pai,não é meu pai. Ele me sequestrou pra conseguir dinheiro da minha família e desde então eu sou submetida a uma pressão psicológica absurda. Por favor,me ajude a sair daqui.-,ela se volta pra Cristal,que por sua vez sorri.

-Eu sabia que tinha algo de errado naquele cara,eu te falei amor.-,cristal anda de um lado para o outro.

-Você disse sim. Vamos sair daqui antes que ele volte.-, vou em direção a cama e com a ajuda de Cristal consigo levantar a moça.

Abro a porta e saímos do quarto. Carregamos ela com um pouco de dificuldade,pois os seus sentidos não estavam bons o bastante para ela se mover sozinha. Conseguimos chegar ao corredor do meu quarto,mas fomos impedidas de prosseguir,pois havia um dos dois grandalhões na porta do meu quarto.

-Amor não podemos voltar pra lá.-,digo.-Vamos pra outro lugar.-,continuo.

Demos meia volta e entramos no corredor paralelo ao que estávamos. Conforme andávamos, a moça ia recuperando as forças. E isso nos ajudou a ir mais rápido para um lugar onde não sabíamos ao certo. Ao cruzarmos outro corredor, avistamos um dos grandalhões e o Gregório. Completamente desesperadas entramos no primeiro quarto que encontramos,na tentativa de nos esconder. Ao entramos, nos deparamos com algo estranho e que não diminuiu nem um pouco o nosso desespero. No quarto não havia mais do que 5 pessoas que estavam ao redor da cama e agora nos fitam. Ficamos todos em silêncio,nós pelo espanto e eles pela interrupção desnecessária.

Então um senhor começou a falar em uma lingua diferente e havia uma espécie de mini santuário com fotos do homem que estava deitado na cama. Nesse exato momento nos olhamos e só tínhamos um pensamento: sair daquele quarto.

-Ah.. E a propósito, me chamo Megie.-,ela diz sorrindo.

-Ótimo ambiente e hora pra se apresentar Megie.-,digo revirando os olhos.

Eu que estava mais próxima da maçaneta da porta,não pensei duas vezes ao abri-la e puxar Cristal pra fora dali. E mal conseguimos voltar a sanidade depois do que vimos,já fomos pegas de surpresa pelo Gregório e os dois grandalhões. E foram cada um pegando o que lhes importava. Megie foi arrastada para longe de nós. E os grandalhões fizeram o mesmo conosco. Nos levaram para o chefe deles. Que com toda a delicadeza do mundo, jogou Cristal na parede. E ele me puxou pelo vestido.

-Acabem com essa malcriada. Vocs vaí se arrepender pelo o que me fez.-,o homem diz ao puxar o cabelo de Cristal e a jogar pra cima dos dois homens.

Sem a menor chance de intervir,eles saem da sala.

-O que vão fazer com ela?-,perguto desesperada.

-Matar!-,ele diz e dá gargalhada.

-Matar ? Não podem fazer isso. Por favor não faz isso. Dou o que você quiser, só não machuca ela ela por favor!!!-digo enquanto tento soltar-me soa braços do homem.

Ele não se deu o trabalho de responder. Simplesmente me sentou a força em um sofá que estava no quarto. Cristal não saia da na mente. Só a possibilidade de tê-la perdido,acaba comigo. Até porque a culpa é minha,mesmo que indiretamente. Não sei exatamente o tempo que permanecemos ali. O homem ascendeu seu charuto,pegou uma garrafinha que continha alguma bebida alcoólica que estava em seu bolso e foi para a janela. Se não fosse a mínima claridade que entrava pela janela,já que lá fora a lua não tinha força suficiente pra iluminar o quarto,eu não conseguiria ver nada.

-Chefe você quer comer? Eu fico com ela.-,um dos grandalhões entra de surpresa.

-Onde está Cristal? O que você fez con ela?-,levantanso-me,lhe questiono.

-Essa já era.-,ele responde friamente.

Neste exato momento cai sentada no sofá. Parece que meus sentidos se desligaram por completo. E logo sinto lágrimas descendo pelo meu rosto.

-Deixa ela sozinha. Não vai escapar.-,o homem diz ao soltar seu charuto janela à fora e logo sai.

Porque eu sei.. Que é Amor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora