Sua filha já iria indagar a sua mãe, quem a deixaria tão feliz. E , então, uma mulher de cabelos loiros claros e olhos também claros, usando uma roupa muito chique, entrou e abraçou sua mãe. E depois entrou o que parecia ser o seu marido, um homem de cabelos loiros claros também e olhos gélidos, como tudo o que ele já tivesse vivido era resumido à infelicidade. Celeste foi ao encontro dos dois, que cumprimentaram ela e a neta educadamente. Alexandra e Narcissa eram amigas de longa data. Conheceram-se na escola, onde Narcissa conheceu seu marido, Lucius.

Elena olhou para o casal, um homem e uma mulher extremamente elegantes, que tinham uma postura corporal invejável a qualquer ser humano com olhos. Eram os seus tios. Não eram de sangue, mas gostava muito deles. Abraçou Narcissa, sem se importar com o olhar um pouco torto que Lucius dera. Apertou a mão dele e viu que ele abriu um pequeno sorriso. E, então, ele entrou, o garoto que Elena sentiu muita falta. Ele tinha um brilho frio nos olhos acinzentados, mas não tanto quanto os do pai. Olhou a casa inteira e parou o olhar na garota e se permitiu sorrir.

— Elena? — perguntou o garoto. Se fosse mesmo Elena, a sua Elena, ela havia mudado muito. Tanto na aparência quanto no olhar que ela carregava. Mas ele sabia que, apesar disso, era ela. E era isso que importava. Depois de cinco anos, finalmente estavam juntos novamente.

— Draco? — a menina perguntou surpresa. Não esperava logo pela manhã, que amanheceu um pouco quente de setembro, reencontrá-lo. O loiro assentiu, e ela correu para abraçá-lo. No caso, pulou em cima dele, tamanha era a saudade. A loira era alta como ele, então não teve dificuldade em pôr as mãos em volta do pescoço dele, que deu uma risada nasalada. – Senti saudades sua — falou, ainda apertada num abraço com ele. Draco tinha cheiro de lavanda e de bergamotas recém colhidas, Elena notou.

Ela não pode ver, mas ele abriu um sorriso sincero, talvez um dos únicos que ele já deu. As mulheres da casa sorriram, felizes em ver os dois abraçados. Em seguida, os deixaram sozinhos, e foram para a cozinha, onde havia uma deliciosa torta de morango à espera delas.

— Eu também — ela desfez o abraço, a fim de poder olhar em seus olhos e conversar com seu velho amigo. — Vai para Hogwarts também?

—Sim! —disse ela feliz, sorrindo involuntariamente. Sentia-se animada por poder, finalmente, estudar na famosa Hogwarts. Havia lido bastante sobre o lugar antes do dia, para que estivesse a par de muitas coisas sobre o castelo e seus habitantes.

Foram de mãos dadas até a cozinha, conversando, e comeram um pedaço da torta também. Os pais do loiro elogiaram a torta. Os Davies deviam tudo à elfo doméstica que trabalhava em sua casa, Tracey, que adorava fazer deliciosas comidas para seus donos. Todos na casa a tratavam bem, não era porque era um elfo que não merecia ser tratada dignamente.

— Onde está Harold? — perguntou Lucius, que era um dos fãs do homem. Elena revirou os olhos, e, felizmente, ninguém viu. O que seu avô tinha de inteligente, tinha de rabugento, mas não podia negar que ele tinha um talento para Poções excepcional. Harold vivia de uns tempos para cá só no seu escritório, e ninguém sabia o que ele fazia tantas horas por dia lá.

— Vive trancado no escritório dele. Só sai para comer, mal fala com a gente —queixa sua filha. Sentia falta do pai dela de antes, do pai dele antes de se tornar um cara ignorante. No entanto, percebia, também, que sua mãe se culpava pela mudança de comportamento do marido, mas não sabia o que poderia fazer para fazer Celeste se sentir bem consigo mesma.

— Vamos, gente? Está quase na hora! — falou Narcissa, olhando as horas em seu caro relógio folheado a ouro. Na verdade, nem era tão tarde assim, só queria aliviar a tensão que ficara ali. Alexandra olhou-a agradecida. Sabia que podia confiar na amiga para ter tato em situações como aquela.

Radioactive (Draco Malfoy Fanfiction)Where stories live. Discover now