Pela manhã, por sorte os danos não foram muito grandes, pelo menos não danos físicos, porque o resto da casa estava podre. Garrafas pelo chão, buracos na parede e não queria saber o que eles fizeram no banheiro.
Jean foi o primeiro a acordar com uma "fisgada" na orelha. O machucado estava enfaixado mas ainda doía. Foi se levantando e percebendo que estava tonto e com a cabeça latejando; havia dormido no chão da sala.
Foi andando pela casa até chegar na cozinha, nela viu que na pia estavam duas cabeças de Sedentos e outra no liquidificador, foi abrindo as portinhas onde ficava a comida para fazer o café mais forte que conseguisse; enquanto o fazia, Carlos se levantou e meio dormindo, meio assustado pediu:
- O que eu perdi? O que aconteceu? -
- Só a última coisa que nós deveríamos ter feito, quero ver nós limparmos isso. - Disse Jean tirando a cabeça de dentro do liquidificador. - E a tua cara tá toda pintada de canetão. -
- A tua também. -
- Sério? -
- Aham. -
Jean terminou de fazer o seu café e saiu à procura de Henrique para lhe acordar com alguns chutes. Ele estava na biblioteca dopado no chão, dormindo em cima de uma TV quebrada e pendurado no teto um Sedento sem canelas; foram cortadas até o joelho, e nos cotocos colocaram umas botas pretas. " Como fizeram isso? " pensou.
Para todos se reunirem demorou umas três horas e mais um bom tempo para ajeitar e limpar tudo razoavelmente; tiveram que matar os bandidos que haviam retornado como Sedentos e levar seus corpo pra fora, mas lembraram-se dos mais de duzentos zumbis do lado de fora.
Começaram a por o plano em ação. Enquanto Jean e Carlos chamavam a atenção dos zumbis para o lado de fora com suas motos, buzinas e apitos, João e Henrique manobravam os Jipes para frente do buraco. Gabriel estava dentro de casa arrumando mochilas com o equipamento necessário para a ronda que iriam fazer. Os motoqueiros tiveram que fazer toda uma volta pela mansão para não atraí-los novamente; quando voltaram entraram pelo portão da frente e o fecharam.
Só o abriram novamente quando foram saindo para vasculhar as áreas mais distantes. Os que iriam sair eram Henrique, João, Gabriel e Jean, o resto ficaria em casa. Levaram suas katanas, facas, uma besta, alguma comida e um revolver cada um; foram a pé para não chamar muita atenção.
- Voltem antes do anoitecer. - Disse Ellen. - Não quero nenhum de vocês morra. -
Todos concordaram e foram saindo, o tempo estava nublado e esbranquiçado, temiam que fosse chover. Avistaram um mercadinho, pensaram que podiam pegar alguns suprimentos; neste percurso não viram muitos Sedentos pelas ruas. Entraram no mercado e num instante um zumbi agarrara João pelo braço, mas teve o crânio flechado por Henrique.
Fecharam as portas para que mais nada entrasse ali. Passaram um tempo pegando enlatados e outras coisas,João estava na seção de vinhos e Whisky's.
Jean o viu e riu balançando a cabeça.
- "Que que é hóme?" Pra mim isso aqui agora é água. - Disse João com uma garrafa na mão.
- Mas isso aqui não é uma picada de mosquito. - Respondeu Jean apontando para a orelha enfaixada.
Pegaram o mais útil e saíram dali seguindo em frente.
Continuaram andando pelas ruas cheias de lixo, carros restos humanos e etc...Até que avistaram a cerca de duas quadras dali um outro mercadinho e um hospital.
- Vamos checar tudo! - disse Jean.
Todos concordaram meio burrentos, especificamente Gabriel, e partiram em direção aos estabelecimentos. Chegando lá Gabriel diz:
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SEDENTOS
HorrorHistória de um grupo de estudantes que são postos para sobreviver em um apocalipse zumbi frenético, tendo que lidar rapidamente com situações duvidosas e improváveis; com um toque de humor e apelação enfrentam seu destino com os recursos que adquire...