No deserto sou mais que vencedor

Parte 3 - Conheça a história do escritor

Somos guiados pelos nossos sonhos, buscamos uma liberdade que nem mesmo sabemos se existe. Tenho hoje 40 anos, busco servir a Deus em verdade e fidelidade, mas não posso dizer que sou 100% justo, ou que consigo seguir o que diz a palavra de Deus em 100% de seus mandamentos. Creio que seja humanamente impossível conseguir alcançar está perfeição.

Somente JESUS CRISTO alcançou esta perfeição, longe de querer fazer está comparação com minha pessoa, pois tenho muitas falhas em quanto homem, filho, pai, marido e servo de Deus. Com tudo, percebo que tenho conseguido me aproximar do centro da vontade de Deus, sei que Ele me Ama da forma que sou e a cada dia tenho pedido para que Ele me molde segundo a vontade dEle. Nisto, creio Eu, esteja o segredo das minhas vitórias aos pés do Senhor.

Deus nos Ama e nos aceita da forma que somos. Mas, a partir do momento que nos aprofundamos neste viver com Deus, temos que nos libertar de nós mesmo, devemos buscar nos colocar no centro da vontade de Deus, e pouco a pouco nos deixando ser contagiado pela necessidade de não errarmos mais; de querer amar ao próximo e fazer o que for necessário para conseguirmos chamar a atenção de Deus para nossas necessidades.

Quando Ele olha para nossas necessidades, sentimos uma presença transformadora e tudo que era difícil, torna-se fácil, os medos e as aflições tornam-se alegria e conquistas.

"Tudo no tempo de Deus."

Creiam, hoje é fácil falar do Amor de Deus, não o amor passageiro, mas o Amor verdadeiro de Deus para com seus filhos. Minha vida não está 100% resolvida, mas minhas vitórias superam em quilômetros as minhas dificuldades em viver o dia a dia.

Nasci e fui criado em um lar católico, minha mãe muito religiosa, fazia questão que Eu fosse a missa aos domingos, que participasse da catequese, fizesse 1ª comunhão, crisma, enfim, que me envolvesse com as coisas da igreja.

Dentro do possível, tentava fazer os gostos dela, mas confesso que, não seguia todas as suas vontades. Pois, ir à igreja e ficar sentado ouvindo o Padre, me dava sono, não conseguia ficar na catequese, quase sempre fugia, tanto que não completei os estudos da 1ª comunhão e nem da crisma, já com os meus 15 anos é que fiz a 1ª comunhão.

Teve uma missa com o Bispo da diocese e vendo todos os meus amigos de branco para comunhão, tomei a decisão e fui à sacristia e procurei o Bispo e contei que não tinha feito os estudos da catequese, mas que, queria fazer a 1ª comunhão e a crisma, então Ele fez algumas perguntas e respondi a todas. Lembro-me que uma das perguntas foi: "_Quem foi Jesus Cristo?"

Respondi do meu jeito e Ele mandou que fosse trocar de roupa, que Ele iria dar a 1ª comunhão e me crismaria também. Fiz tudo o que minha mãe queria, Ela estava muito alegre.

Na minha juventude, tive muito envolvimento com a religião católica, foi presidente de grupo de jovem, cantor, auxiliar do padre na realização da missa, fazia leituras, seguia a risca todos os rituais da oração do terço, era um dos responsáveis pela ornamentação da rua para a procissão de Corpus Christi; andava com santinhos na carteira para proteção, em fim, posso dizer que estava vivendo a fé católica.

Nesta época, ainda muito novo (15 para 18 anos), não tinha ainda uma concepção verdadeira do servir à Deus, mas, tudo começou a mudar através de um acontecimento muito marcante para minha família e principalmente para mim.

Certo dia recebemos um telefonema no posto telefônico da cidade, era um aviso de acidente com dois de meus irmão (somos uma família de 10 irmãos, hoje somos 9, pois um foi morar com Deus), Eles andavam pelos lados do Estado do Pará à procura de garimpo de ouro e após não terem obtido sucesso, na volta para o Estado de Goiás, tiveram um acidente com o caminhão que transportava todo o maquinário de garimpagem e os trabalhadores que viajavam com Eles, neste acidente, varias vidas foram levadas.