Capítulo 1 - Um Espelho?

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P.O.V Jane

- Jane abortar missão. Agora! - Barry gritava no ponto eletrônico em meu ouvido aumentando mais ainda minha confusão.

Tudo parecia girar descontroladamente. Quase fazia lembrar daqueles brinquedos do parque de diversões quais eu nunca tive coragem suficiente de ir. Isso mesmo, a super-heroína nunca teve coragem de ir em um mero brinquedo ridículo de um parque que caía aos pedaços. 

Minha cabeça latejava como nunca, como se alguém nada agradável tivesse usado uma britadeira nela, ah claro, fizeram isso, só que ao invés de uma britadeira, foi apenas umas cem toneladas de areia jogadas contra mim. Você deve estar se perguntando o porquê de alguém jogar cem toneladas de areia em uma pessoa tão gente boa como Jane Waolken. Bem, começa pelo fato de eu ser Veneno, a heroína da roupa verde e um amor por proteger Clinton, e claro, meu oponente ser um cara que pode controlar a areia, meu querido amigo Jonathan Fyer, ou como ele mesmo se chama depois de um experimento ruim, Areia. Branca.

Queria eu abortar a maldita missão, que era acabar com o Areia Branca, seria mais fácil se eu não estivesse ensanguentada num beco a beira da morte. Dramático? Talvez.

Eu fazia todo esforço pra pelo ao menos gritar ou qualquer coisa. Eu sentia o cheiro do meu sangue misturado com um cheiro do lixo que estava em uma caçamba podre logo a minha frente, ratos passavam por ela e baratas, muitas baratas se aproveitavam do meu estado deplorável caminhando sob meu corpo quase sem vida. Tudo isso antes do meio dia, parabéns Jane, você se superou.

Nesses momentos as pessoas falam que a vida passa diante de nossos olhos. E sim, eu vi a pequena eu comemorando o aniversário de oito anos vestida de rainha má, sim, eu era a rainha má. Também vi o momento em que conheci o homem da minha vida no nosso "trabalho". Vi o momento que fui recrutada para o projeto Veneno e vi...

- Ai meu Deus! Você consegue me ouvir? - Eu me perguntei. Eu me perguntei? Acho que aquilo era um efeito da morte... Ou eu estava olhando pra um espelho, mas um espelho no meio da rua?

P.O.V Annie

- Titia, não quero estudar. - Do quarto onde estava deitada abraçando meu travesseiro como se fosse o DiCaprio eu ouvi Milla falar com Amanda. A pequena com certeza estava fazendo manha pra tia babona. De olhos fechados senti os raios solares das 7:00 da manhã esquentarem levemente meu rosto e iluminarem meu quarto.

Milla é minha filha, ela tem quatro anos e está desesperada com a mudança de Amanda, que por acaso é hoje. Amanda é minha melhor amiga que infelizmente se casou e está se mudando para morar com o meu malvado favorito, Josh Thomas. Aquele sim era diabólico, eu o odiava com todas as minhas forças, mas se a Amanda está feliz, eu fico feliz, mesmo odiando aquela desgraça de pessoa, não que ele seja do mal, mas eu o odeio meio que por instinto.

- Bom dia. - Falei com a voz mais sonolenta possível ao passar pela cozinha como um zumbi daquela série maravilhosa enviada pelos deuses. Meu rosto estava amassado com marcas do meu cobertor de listras, e meus olhos nem sequer abriam, o tipico de uma manhã normal aqui no inferno.

Ah sim, você não leu errado, aqui é o inferno. Não o inferno aonde as pessoas ruins vão queimar eternamente e blá blá blá.

Clinton já foi um lugar pacífico, mas então muitas pessoas ruins se transformaram em demônios com a ajuda da ciência, e então tudo se tornou um caos por aqui. Fomos abandonados pelo governo que falou que aquilo que não for humano e sair daqui será abatido. Bem amigável da parte deles.

Clinton vive em quarentena, o que é muito ruim quando se tem uma filha pequena. Eu iria embora daqui, mas fica complicado quando você é apenas uma mãe solteira que digamos, não tem muito apoio, sabe, condições monetárias.

ClintonOnde histórias criam vida. Descubra agora