Jenna acabara de tomar o café da manhã, ao lado de Vince, que fez uma bagunça no cadeirão e ao redor dele, o que não era nenhum problema para sua mãe, afinal, ele estava em pleno desenvolvimento, ela sabia que todas aquelas artes faziam parte do processo.

No entanto, a brincadeira resultou em roupa suja, por isso, ela subiu com o menino para o quarto, limpou a sujeira do seu rosto, das mãos e abaixo do pescoço, em seguida, vestiu-o com um conjuntinho azul e penteou mais uma vez seu cabelo.

— Pronto, meu amor! Você está lindo! — falou acariciando sua face, ao que o menino lhe sorriu feliz.

Jenna o pegou no colo para abraçá-lo, mas antes que o fizesse, a campainha tocou. Com Vincent nos braços, ela desceu até a sala e o pôs sentado no chão, onde haviam alguns blocos coloridos de brinquedos, com os quais o menino começou a brincar. Assim, ela foi abrir a porta.

— Você aqui!? — disse fechando a cara.

— Bom dia, Jenna! — Sorriu-lhe Richard, que segurava em uma das mãos um buquê grande, com flores de cores variadas, e na outra mão, um embrulho grande com desenhos de carrinhos. — Desculpe vir sem avisar, mas receio que se o fizesse, você não me receberia! — explicou sorrindo.

— O que quer? — perguntou ainda incomodada.

— Falar com você, na verdade, desfazer essa má impressão que tem de mim, por causa do infeliz acontecimento de ontem.

— Por que se preocupa com isso? Basta que arque com o estrago que seu funcionário fez em meu carro, que não terá problemas comigo!

— Ex-funcionário, na verdade. Depois do que houve, não podia mantê-lo, não posso arriscar que ele coloque outra pessoa em perigo.

— Fico feliz em saber! — falou cruzando os braços.

— Olhe, não me leve a mal, mas lhe trouxe isso como parte de um sincero pedido de desculpas da minha parte — disse estendendo-lhe o buquê.

— Senhor Wilson, não precisa disso!

— Me chame de Richard, por favor. Sabe, realmente fiquei bastante chateado depois de tudo que aconteceu, penso no que poderia ter acontecido e no quanto a situação foi estressante para você, quero então que não me faça essa desfeita, por favor, pegue! — Ofereceu o buquê mais uma vez.

Embora relutante, Jenna apanhou o lindo buquê.

— Esse é para o seu campeão! — Richard estendeu-lhe o embrulho de Vincent, o que Jenna apanhou sorrindo.

— Obrigada, mas realmente...

— Jenna... posso te chamar de Jenna? — Ela assentiu com a cabeça. — Por fim, quero te convidar para jantar comigo essa noite, Jenna. Vamos conversar e tenho certeza que vou mudar a sua opinião sobre mim!

— Richard, por favor, pare! Realmente não precisa disso. — Olhou para os presentes que agora segurava, e em seguida, para ele. — Já entendi que você se chateou com o que houve ontem e fico muito feliz que tenha se importado, até já o demitiu e não se negou a arcar com sua responsabilidade. Tenho certeza que isso é o suficiente! Aceito essas flores e esse presente para meu filho, mas chega por aqui, não precisa me chamar para jantar, ok?

— Jenna, infelizmente para mim, não é o suficiente, quero mesmo que você apague a impressão ruim sobre mim e isso só vai acontecer se tivermos a oportunidade de conversamos, sabe... de forma descontraída, como amigos!

— Richard, não existe nenhuma impressão ruim sobre você! Ontem eu me estressei e sei que me exaltei, mas é como você mesmo disse, em pensar no que poderia ter acontecido, pois eu estava com meu filho no carro... enfim... mas não tem que fazer nada disso, você nem estava lá quando aconteceu e não estava dirigindo aquela van, a verdade, é que não tem nenhuma culpa do que aconteceu! Desculpe se eu fiz parecer que tinha!

O Ceifador de Anjos: Antes da ColeçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora