Gemma encarou o irmão, que lhe deu um sorriso sem dentes.

*

- Pare de mexer nesse celular e aproveita a festa – Zayn caminhava até Louis com os copos.

- Eleanor está me mandando mensagens, ela está a caminho de Tokyo à trabalho. Ela parece tão contente.

- É, sua garota está com a corda toda. Até demais...

- O que quer dizer? – tirou a atenção de seu celular.

- Ah, ela está tendo mais sucesso que a Perrie que está aí na indústria faz um tempão.

- Eu não sabia disso.

- Por favor, não comente com a Pezz. Prometi que não iria falar nada.

Louis imaginava: Zayn não era nada bom em manter segredos. Por fim, ele não sabia se aquela festa estava entediante ou era o seu desânimo o impossibilitando de curtir. O pequeno até tentou não pensar, mas era quase impossível bloquear as lembranças daquele dia.

A forma como Harry sabia onde tocar, o toque dos lábios doces dele nos seus, o jeito em que o garoto o deixou fervendo com alguns amassos. Louis repreendia-se toda vez que ficava revivendo aquele breve momento. Mas era inevitável, mesmo com todas as armas que lutava, era inevitável. Fugir disso era como apagar fogo com gasolina. Ele temia, e o pior era que sabia exatamente pelo que temia.

Uma voz grossa o tirou de seus pensamentos.

- Ei, você. É você, é ele – um homem alto e forte apontou para os meninos no bar da boate.

- O que o segurança quer com a gente? – Louis perguntou.

Zayn largou sua bebida e quase tremia.

- Ele não é segurança. Vamos sair daqui.

- O que?

Zayn puxou o outro até que saíssem da boate, porém os homens que estavam atrás os alcançaram rapidamente.

- Achou que ia escapar de mim, não é? Seu caloteiro do caralho.

- Vamos acabar com eles logo – disse um dos homens.

*

Harry aceitou que uma noite do pijama com as duas garotas era sim muito gay, mas o deixaria feliz fugir um pouco das preocupações e estresse; e também não havia mal algum em ficar um pouco em casa. Era como nos velhos tempos, ele lembrou.

- Vocês ainda não cansaram desse filme? – resmungou, sentado no sofá ao lado de Gemma e Nadine.

- Cale a boca – falou sua irmã. – Está na melhor parte.

- Eu não suporto Frozen.

- O QUE? – as duas encararam o menino, indignadas e ofendidas.

- Então por que tem lágrimas nos seus olhos? – perguntou Nad.

- Não tem lágrima nenhuma – secou rapidamente.

O toque do seu celular o tirou daquele momento constrangedor, ele agradeceu por isso. Porém não pode acreditar no nome que apareceu na tela: Louser.

Era tarde da noite, o que ele queria? Pensou. Por um momento hesitou em atender, mas logo se lembrou que o pequeno agora era seu jogo. E Harry nunca perdia um jogo.

Harry: A que devo a honra de sua ligação?

Louis: Harry, eu... fica calmo Zayn, eu preciso...

Harry: É melhor que seja breve porque estou tendo uma festa do pijama com as minhas garotas e não tenho tempo para você.

Louis: Haz, por favor, eu preciso de ajuda. Preciso que alguém venha nos buscar, levaram o nosso carro...

Blowaster (Larry Stylinson)Where stories live. Discover now