Capítulo 12

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Já se passaram cinco meses desde que me mudei com a Yuna para a cidade humana mais longínqua do laboratório para despistar os agentes do Laboratório, no entanto, parece que passaram poucas semanas com as imensas coisas que tenho tido para fazer, embora não esteja no palácio, isso não significa que não tenha de: lidar com alguma papelada de assuntos políticos e económicos do País das Raposas e por vezes realizar alguns acordos entre outras espécies e a minha, infelizmente também tenho tido aulas de etiqueta e de dança nas quais a Yuna me irá acompanhar quando for mais velha.
O meu pai escolheu uma mansão na parte rica da cidade  que tem um óptimo sistema de segurança para nos proteger, mas mesmo assim falta aqui algo, eu e a Yuna passamos muito tempo isoladas, porque é um grande risco saírmos as duas sozinhas.
E depois, temos o Andrew, ele sacrificou-se pelos meus filhos e agora está como está. O meu pai disse-me que ele está a melhorar rápido mas não se sabe quando é que ele vai ter alta.
Quanto á Yunari.... Os cabelos dela agora são loiros tão pálidos que parecem brancos. Fiquei muito espantada, quando reparei nisso e tem os olhos agora azuis claros e brilhantes  e uma personalidade espantosa: determinada mas calma, e raramente chora logo as minhas noites são bem aproveitadas.
Benefícios. Também me falta o meu bebé. Mas sei que me vou reencontrar com ele no futuro e é isso que importa. Agora estou no jardim a brincar com minha filha. Ela ama espaços abertos. Até que ouço um carro a chegar e alguém a tocar á campainha, até agora , nenhum alarme tocou o que me leva a pensar que não é alguém perigoso.
Depois, ouço a porta da frente a abrir e sinto os meus nervos a mexerem comigo. Pego silenciosamente na Yuna, e ando cautelosamente até à entrada, onde consigo ouvir movimentos impacientes.
Quando lá chego, olho pela porta para observar uma pessoa muito minha conhecida: Andrew.
Um sorriso espalha-se pelo meu rosto e dirijo-me a ele e grito:
- Andrew! Tu estás aqui! Mas como? Eu falei ontem com o meu pai... E tu ainda estavas hospitalizado.
Andrew começa a coçar a parte de trás da cabeça e desvia o olhar, uma atitude que demonstra bastante nervosismo.
- Bem... Eu queria fazer uma surpresa. Tu Sabes... Estás sozinha com a Yuna, uma visita surpresa ia alegrar mais do que avisar previamente.
- Não importa. Ainda bem que já estás bom.
Fiz-lhe a visita guiada pela mansão, e surpreendentemente a Yuna pediu para ir ao colo de Andrew(embora eu já estivesse à espera)
Ela aninhou-se nele como se o adorasse muito, como se ele fosse da família, como se ele fosse o pai dela, é uma pena que o dela seja um monstro pior que eu.
Sorri involuntariamente, talvez por nenhum motivo aparente.
Andrew olhou para mim e pergunta:
- O que se passa? Tenho alguma coisa na cara?
- Hum? Ah! Nada! É só porque parece que ela acha que és o verdadeiro pai dela...
- E não posso ser? Pai é aquele que ama e cuida mesmo que não hajam laços de sangue, é aquele que protege a felicidade acima de tudo, é um amigo mas ao mesmo tempo um guarda, que eu saiba ,o William não é capaz disso. Na minha opinião, a Yuna não deveria de saber da existência dele por enquanto.
Parei para pensar na resposta. O que é que eu digo?

Editado a  11/01/2017
Eheh!  Mais um capítulo!!!! Espero que tenham gostado
Hugs and Kisses, Goth <3

O monstro em mimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora