- Mas isso não faz sentido! Somos suas esposas. É claro que eles poderiam vir até nós para fazer sexo sempre que quiserem! – Rose rejeita, balançando a cabeça com descrença.

- Sério? – eu saio do meu assento e ando passos largos até onde ela está confusa e ainda não convencida.

Dou um passo mais perto do que seria confortável pra ela, mas isso é o que eu preciso dela, que ela fique desconfortável. Preciso que ela perceba onde sua culpa se encontra, pra que ela não tenha motivos pra desconfiar de mim. Eu preciso que ela precise de mim.

Arranho o seu queixo com as pontas dos meus dedos, acariciando a pele do queixo até a sua orelha. Ela se move ao meu toque, absorvendo o meu carinho como se estivesse fria e faminta e sei que de alguma maneira, ela está. Ela está faminta por atenção, por carinho e fria por ser deixada sozinha e sem amor. E estes são sentimentos que eu entendo. Pois estes são os sentimentos que eu tenho explorado pra fazer de mim um homem muito rico.

- Rose. – minha voz um pouco mais de um sussurro, baixa e rouca:

- Você o vê pelo que ele é. Você o vê além do dinheiro, dos seus carros, da sua fama. Você o vê despido e nu de tudo isto e isso o assusta. Então, ao invés de encarar sua covardia, ele fode pequenas idiotas burras para fazê-lo se sentir como um homem maior. Mas você quer isso também não é?

Eu vejo os movimentos do seu pescoço esbelto, enquanto ela engole à seco, antes de responder:

- Não... Sim. Claro que sim.

- Então o que você tem que fazer? Você tem que ser a sua pequena idiota burra, tem que ser a prostituta, a sua musa. Você tem que fazê-lo se sentir como se estivesse no topo do mundo quando ele está com você.

- Então você quer que ela se rebaixe ao mesmo nível das outras?

Eu olho pra cima, tirando minha mão de Rose, liberando ela de seu pequeno transe. Louis está de pé, seus olhos arregalados e seus lábios franzidos. Mesmo com a irritação clara em seu rosto, uma sensação serpenteia até minhas coxas com a visão dele e trinco meus dentes, mordendo meus lábios para liberar os sentimentos espontâneos.

- De certa forma, sim. – respondo me afastando de Rose, eu quase sinto vergonha, como se não devesse estar tocando essa outra mulher.

- Vocês são quem conduzem o navio, Sr. Malik. Vocês são os mestres das marionetes e para fim de manter um lar feliz, vocês devem deixar o homem acreditar que ele é quem dá as ordens.

- Não é o bastante carregarmos o seu nome e deixar eles ditarem o nosso futuro? E agora temos que fingir ser idiotas apenas para que nossos maridos não se sintam intimidados em nos procurar? – Louis zomba.

Eu quero dizer a ele como ele está certo em se sentir indignado, mas isso seria uma total oposição do que sei e acredito.

- Mais ou menos, Sr. Malik.

- Isso é besteira! Você e eu sabemos disso. Mas diga-me Harry Styles, as garotas e garotos idiotas te excitam? Você gosta de rir dos alunos a cada palavra sua? A estupidez te excita?- ele me desafia, na esperança de me fazer comer minhas próprias palavras.

Eu olho fixamente pra ele, inabalável e totalmente no controle. Bem... Quase, menos a rigidez na parte da frente das minhas calças e sem quebrar o contato visual eu passo para trás da minha mesa para esconder a minha ereção.

- Não, Louis, eles não excitam. Mas como você apontou semana passada, eu não sou parte do seu mundo, lembra? Não preciso de idiotas burros pra me excitar.

Eu solto pra ele um olhar zombador, desafiando-o a contestar a minha afirmação, mas odiando o jeito que ele está, pois de alguma forma prova a mim mesmo que ele não pertence a mim. Quem é ele para mim afinal? Ele é um cliente. Um dono de casa solitário, um cheque, uma calça Tommy Hilfiger e nada mais, nada menos.

TAINT [sexual education] l.sWhere stories live. Discover now