"Querida Amber, meus dias na Inglaterra estão sendo duradouros, parece que a hora nunca passa, sempre esse visual um pouco frio de mais comparado a Phoenix. Me sinto como um pinguim!
Os rapazes me indicaram um novo trabalho, um que trás mais dinheiro, um negócio de vendas. Voltarei para buscar você e os garotos, minha querida. Prometo.Um grande beijo, de seu querido James."
O que teria impedido James de enviar a carta? Assim, Amber, suposta mãe adotiva de Zayn, não morreria de saudades com permite transpor em cada carta que lhe envia.
"James, o Zayn faz falta aqui, você também faz falta... Tudo o que posso fazer é enviar essas cartas inúteis que nunca haverão de ser lidas. Por que você saiu assim? Tudo o que quero é você, meu filho, tudo o que quero é vocês dois, aqui, comigo!"
"Suma da minha vida Amber, eu já estou com o garoto, já sei que não sou pai dele, mas vou suportá-lo, ele não me trás muitos problemas. E mesmo não aguentando olhá-lo, ele está aqui. Só não quero mais que você me envia essas malditas cartas!"
O que? Zayn não é filho do James?
- Célia, eu... - a voz do Zayn correu o quarto. Célia apanhou as cartas com rapidez tentando pôr no lugar, mas já era tarde demais. - O que está fazendo? Quem te deu permissão de mexer nisso, garota? - Zayn apanhou os papéis de suas mãos, a raiva lhe trazia um certo rubor às maçãs pálidas de seu rosto.
Célia deixou ele pegar as cartas sem reclamar, mas as perguntas já fazem ninhos e moradas em sua cabecinha.
- Nunca. Mais. Pegue. Nas. Minhas. Coisas. - falou pausadamente, jogando, loucamente, sem cuidado algum, as cartas na gaveta, algumas pulavam para fora e Zayn as apanhava enfurecido.
- Quem são "Eles"? - Célia encolheu-se na cadeira, fechando os olhos com medo do que Zayn iria fazer.
- O quê? Você leu essas... - respirou fundo, erguendo-se. - Nunca mais toque, nem fale sobre essas cartas! Me ouviu?
Célia assentiu com a cabeça, mas sua boca não pareceu gostar da regalia.
- Porque sua mãe escondeu que você não era filho do Ja...
Zayn se aproximou em passos largos, estendendo as mãos, cobrindo a boca de Célia. A voz firme e acusadora, carregada de raiva:
- Eu disse para não falar! - um dedo foi apontado a seu rosto, Célia tremeu.
Zayn, mais uma vez, respirou fundo, tirando as mãos do rosto de uma Célia amedrontada e trêmula.
- Me responde uma única coisa.
- Menina chata! Argh! - engoliu a bola em sua garganta, estava prestes a explodir. - Tá, o que você quer saber?
Célia agradeceu por não ter levado um tapa. Ajeitou-se na cadeira, organizando as palavras.
- Porque você apanhou de seu próprio tio? - sibilou, quase esperando aquele tapa.
Sentando-se na beirada da cama, Zayn passou mas mãos no rosto, indo até os cabelos. Sua respiração forte e alta fez Célia estremecer mais uma vez.
- Minha mãe não podia ter mais filhos, bem foi isso que o médico disse, o Pitter lhe tinha quase levado a vida. - Zayn falava em tom calmo, visando uma miragem, ao lado da cama. - Meu... pai, estava prestes a deixá-lá - houve uma repulsa ao usar a palavra pai, Célia não perguntou o porquê. - Foi aí que ela teve a brilhante idéia de me levar, na verdade uma amiga me levou, acegurando que eu teria as mesmas características dos dois, ela um tanto árabe - sorriu -, olho castanhos, cabelos escuros, mas ele tinha olhos claros, pele rosada e cabelos loiros... Com o tempo, ficou perceptível que eu não carregava nenhuma semelhança dele, e isso aconteceu na pior hora.
Célia observava em silêncio Zayn contar sua história que parece estar apenas no início.
- James, logo que descobriu, começou a me deixar de lado, mesmo me trazendo para cá e dito que me amava assim como a mãe - suspirou. - Como uma simples diferença pode mudar tanto uma pessoa? Mesmo assim, nunca me contaram que são mais país verdadeiros. Meu pai abandonou Amber e seu filho legítimo, passando a me maltratar. Foi aí que me meti em seus negócios, essa é minha única utilidade, quer dizer... Ultimamente nem mesmo nisso eu sirvo.
- Que negócios?
- A venda de... - ele olhou para cima, para os olhos curiosos e quase marejados de Célia. - A boate. Virei o filho bastardo, o burro de cargas que leva suas encomendas...
Célia cerrou os olhos.
- Não é só isso, né? - sibilou Célia, olhando-o.
Zayn a observou se aproximar, ela parecia prestes a fazer a pergunta crucial, mas apenas sentou-se a seu lado e olhou-o no fundo dos olhos.
- Não, não vou te contar o resto - disse. Célia acompanhou seus olhos e passou os dedos por suas bochechas coradas. Sabe que ele guarda coisas além do que disse, sua dor é maior que aquilo, seus olhos lhe entregam.
- Tudo bem - ela afastou seus dos olhos, e beijou-o com delicadeza, uma espécie de recompensa a qual Zayn não entendeu. - Vou saber de tudo.
***
Zayn havia partido outra vez, o trabalho na "boate" parece lhe roubar muito tempo.
Célia já estava cansada daquilo tudo, talvez estar apaixonada por um cara todo errado - com olhos que lhe convencem de que esta tudo correto - não traga toda aquela adrenalina que achou que receberia.
Toda aquela história do passado nada sombrio de Zayn, a deixou afoita, mas a fez pensar no quanto estava errando para com os pais.
Saiu do prédio, tateando a rua com os olhos, nas mãos o dinheiro que estava dentro de um jarro ao lado da escrivaninha, para o táxi, na mente o que conseguia reunir de desculpas, para os pais.
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Heey "eingeeuuuls"
Prometi uma histórinha melancólica para Zayn, dei uma fatia do que estar por vir.
Desculpem minha demora, pelamordosdeus. A escola está me roubando todas as horas vagas que eu tinha no dia! Que horror!
Maaas, sempre acho um tempinho para ver o que está rolando por aqui e fazer uma capa nova '-' - estou viciada em fazer capas kkkkk ❤
Bom, vou tentar não demorar muito dessa vez - tomara que dê certo!
Aaah, aqui uma das fics que eu amo, da minha querida amiga @BuddahFor_Kath SCRAWL, Atraída Pelo Perigo, espero que gostem tanto quanto eu ☺
Beijão de algodão doce amores (^o^)
- SSMissing ⚡
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MORE THAN WRONG
Ação"As drogas em seu corpo causaram isso. Era noite, e a noite não deveria ter chegado ao fim. Vamos, pegue um pouco da minha vida... Beba-a sem pressa e enlouqueça como fez da primeira vez." Por conta de sua família tradicional e religiosa, com dific...
- Correspondida -
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